•Capítulo Três•

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Assim que Giuseppe saiu da cobertura eu me levantei. Tínhamos tido a tão esperada conversa de reconciliação e eu estava muito feliz por tudo ter voltado como era antes.

Mas queria fazer o teste e ver se estava mesmo grávida,não queria esperar mais nenhum segundo.

Enrico me olhou confuso e eu sorri para ele.

— Vou no banheiro. Por que não esquenta a lasanha que eu fiz ontem?

— Tá bom. — ele se levantou e beijou a minha testa.

Dei um tapa na sua bunda dura quando ele passou na minha frente,rindo.

Corri para a escada e subi o mais rápido que pude. Entrei em nosso quarto e peguei a minha bolsa em cima da mesinha de canto,tirando o teste lá de dentro.

Entrei no banheiro e tranquei a porta.

— Okay,Pietra. — Murmurei para mim mesma subindo a camisa super grande que eu pegara de Enrico. — Você consegue.

Peguei o palitinho e depois de um momento tentando,fiz xixi nele e o coloquei na pia enquanto ia lavar a mão. Engoli em seco quando nenhum risquinho apareceu.

Sequei a mão na toalha e voltei para olhar o palitinho de novo.

— Ah!..— comecei a gritar quando vi o resultado,mas me calei e arregalei os olhos,olhando para os lados. — Meu deus..

Dois risquinhos! Dois risquinhooosss!!

— Yes! — fiz uma dancinha da vitória ali,no meio do banheiro.

Estou grávida. Estou. Grávida!

— Pietra!? Você está bem? — Enrico perguntou do outro lado da porta, praticamente a esmurrando. — Por que você trancou a porta?

— Ah. E-e. Eu já vou sair.

— Você está passando mal de novo? Abra essa porta ou eu vou quebrar essa porra!

Enrolei o teste em papel higiênico e enfiei a caixinha no fundo da lixeira. Dei mais uma rápida lavada nas minhas mãos e corri para destrancar a porta. Nem um segundo depois Enrico já estava em cima de mim me inspecionando.

— Ouvi você gritar,você está bem? — perguntou,suas mãos grandes e tatuadas segurando o meu rosto.

— Eu vi uma barata. Não foi nada. — tirei suas mãos do meu rosto e passei por ele rindo.

— Barata? — perguntou perplexo. — Mas aqui não tem barata.

Levantei uma sombrancelha,lhe lançando aquele olhar de "duh".

— Não é porque você mora em uma cobertura que você está livre das baratas.

— Mesmo assim. Eu sei que aqui não tem baratas.

Joguei as mãos para o ar.

— Tudo bem. Tinha um homem acenando com uma lanterna do prédio ao lado direto na nossa janela. Acredito que ele me viu nua,sabe,da cintura para baixo. — Enrico ficou sério,seus olhos brilhando com crueldade enquanto ele corria para a janela e olhava para o prédio do lado do nosso.

Não consegui me conter, e comecei a gargalhar,nada elegante.

— Meu deus. — falei entre risos. — Eu não acredito que você acreditou!

Me encostei na parede no banheiro segurando a barriga enquanto ria.

Enrico olhou para mim. Não tinha nenhum sinal de sorriso no seu rosto.

O Bebê do Capo | Spin-off de Gaiola DouradaWhere stories live. Discover now