•Capítulo Quatro•

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Pietra e eu entramos na cobertura bufando de cansaço. Com a tentativa dos russos de pegar ela e Mariá hoje não tinha tido tempo para conversar com ela sobre a gravidez.

Dianna,a cadela que eu dei para Pietra,latia descontrolada nos fundos da cobertura.

— Ela deve estar com fome. Vou lá colocar ração pra ela. — Pietra disse se virando para ir para a área dos fundos.

Um estranho pânico começou a subir pela minha garganta. E se Dianna pulasse nela na intenção de brincar e a jogasse no chão,pior,e se isso prejudicasse o bebê?

Me enfiei na frente dela e segurei seus ombros.

— Não,deixa que eu coloco ração pra ela. Vai descansar.

Pietra levantou uma sombrancelha questionadora. Eu quase nunca colocava ração para Dianna porque eu não tinha e não tenho até hoje, paciência com aquela cadela,mas era para a segurança de Pietra e do bebê.

— Tem certeza? Você não vai matar a minha cachorra? — ri com seu tom desconfiado.

— Sim. Não se preocupe,tome um banho e relaxe.

Ela concordou, seu cenho franzido e se afastou,olhando para trás vez ou outra antes de subir a escada. Esperei ela sumir de vista e suspirei pesadamente.

Tirei o meu paletó e o deixei no sofá,então fui cuidar da bendita cadela.

Assim que cheguei na área de tanque atrás da cobertura,fui recebido por latidos e as patas fortes de Dianna nas minhas pernas. Agora me arrependia de ter dado um Pit Bull para Pietra,era um risco,ainda mais quando o bebê estivesse aqui com a gente.

Mas Pietra pegou um amor tão grande pela cadela que ela não aceitaria se eu voltasse atrás da minha decisão de dar a cachorra um novo lar,longe da cobertura de preferência.

— Ei garota. — cumprimentei acariciando a cabeça de pêlos curtos e pretos de Dianna. — Está com fome?

Ela lambeu a minha mão,então pulou de um lado para o outro.

Fui até o pequeno armário que tinha ali e peguei o saco de ração,enchendo a vasilha dela até a borda. Troquei a água também e verifiquei se a cama dela estava em bom estado,porra,até o cocô da cadela eu catei e joguei no lixo que mantínhamos ali pra isso.

Deixei Dianna lá comendo e saí da área,me certificando de trancar a porta pra ela não entrar na cobertura. Fui para a cozinha e peguei uma garrafa de cerveja na geladeira. A abri na borda da bancada e tomei um gole,indo para a escada. Desabotoei os primeiros botões da minha camisa e afrouxei a gravata,a tirando pela minha cabeça.

Abri a porta do quarto e entrei,jogando a gravata em um canto,e coloquei a cerveja em cima da mesinha nos pés da cama.

Pietra saiu do banheiro enrolada em uma toalha branca felpuda,seus cabelos loiros presos em um coque no alto da cabeça.

Seus olhos azuis me observaram atentamente. “Oh,ela quer transar”. Eu conhecia bem esse olhar no rosto da minha mulher,nos últimos meses ela estava insaciável. Será que era por causa da gravidez?

Me lembrei da semana passada,quando a peguei seminua,vestida apenas com uma fina calcinha de renda,comendo abacaxi com leite condensado e Sazón,e pior,ela parecia estar gostando daquela mistureba nojenta.

Ela balançou a cabeça e foi para o closet,e é claro,eu fui atrás dela. Senti meu pau endurecendo na calça quando a peguei nua,a toalha uma poça aos seus pés. Ela estendeu a mão para uma das minhas camisetas no cabide,mas no segundo seguinte eu já estava atrás dela,pressionando meu pau na sua bunda redonda.

O Bebê do Capo | Spin-off de Gaiola DouradaWhere stories live. Discover now