Capítulo 7

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Já havia passado uma semana desde a festa, Ferguson sua mulher e seus homens por fim foram embora dois dias depois da festa, o que finalmente fez com que Angel relaxasse, Louis sempre tentara criar situações para ficar sozinho com ela, mas todas sem sucesso. Ela se sentia incomodada com o olhar tão intenso que o jogava sobre ela sempre a havia no pátio, mal sabia o homem que essa raiva fazia Angel treinar com mais voracidade e força do que antes.

Durante todo esse tempo ela não falara com Luck desde da festa, mas o mesmo se esforçava para saber do porque Arthur falara com tanta confiança que sua amiga seria de Louis, o que ele tem em mente agora, ele pensava. E mais ainda pensava no comportamento do primo, Lucas possuía uma frieza desde novo, para lidar com despedidas ele era o melhor, mas apesar da timidez Lucas sempre conversava de modo descontraído com Luck, mas agora estava sempre calado e evitava falar com o primo sempre que pretendia falar com ele o pai Arthur o olhava de um jeito sombrio e o sorriso de Lucas logo murchava e dava lugar a uma expressão medrosa ou indecifrável, Lucas não era assim.

-Pai, notou como Lucas esta estranho?-Luck falou fechando um livro enquanto estava no grande salão com seu pai.

-Sim notei- disse Sabrat sentando numa grande cadeira- Lucas anda com um olhar depressivo e assustado, antes pensei que fosse por conta da noiva dele Mary que morreu, mas é algo além disso. Notou que sempre que o garoto ia conversar com você ou comigo o pai o olhava de forma sombria, do mesmo modo que olharia para um inimigo em meio a uma batalha?   

-Notei e achei isso muito estranho- Luck andava de um lado para o outro do grande aposento- geralmente tio Arthur sempre o olhou de forma orgulhosa por conta dos feitos que sempre realizou ou pela inteligência dele, mas dessa vez não- ele virou dando um giro- parecia que Lucas era prisioneiro ou algo assim.

-Com licença senhor?- James, um dos conselheiros mais íntimos do rei, chegou a soleira da entrada do aposento-mandou me chamar Sabrat?

-Sim James entre- ele apontou para uma cadeira e James se sentou- estávamos conversando sobre o comportamento de Lucas na festa e durante a estadia dele aqui.

-Ah sim, devo admitir que também estranhei muito o comportamento do garoto que era sempre tão alegre e gostava de conversar- falou James com um ar preocupado

-Arthur estava mais convencido do que o normal, e sempre com aquele misterioso do Louis-Sabrat disse olhando ao redor passando a mão no queixo.

-Não confio nele-Luck falou abrindo de novo o livro- mas tem alguém que pode nos dizer algo

-Como assim Luck?-Sabrat virou-se para ele com um ar interrogativo.

-Angel, esqueceu que ela é observadora, principalmente quando se trata do olhar das pessoas- ele andou para perto do pai e se sentou ao seu lado- ela tem sensibilidade para interpretar o olhar dos outros.

-Mas Luck- James o interrompeu- ela não conversou com ele em nenhum momento e menos ainda com Arthur, nem mesmo notei se ela os olhou alguma unica vez.

-Ele esta certo James- Sabrat fez sinal para um criado que estava la e pediu para que ele fosse chamar Angel - Angel é como a mãe, Eleonor sempre foi assim. Der acordo com Brutan ela era sensível o suficiente para se incomodar com o sentimento dos outros, era como se ela sentisse o mesmo.

-Uma espécie de empatia forte contra as pessoas- Luck se pronunciou.

-Majestade? -Angel estava parada na soleira e fez uma breve mensura-perdão não estar vestida adequadamente- ela dizia com a cabeça abaixada olhando para as calças de couro que vestia.

-Está tudo bem Angel pode entrar- Sabrat fez um movimento com a mão sinalizando para ela entrar e se juntar a eles- Angel, quando os Ferguson estavam aqui você teve algum tipo de conversa com Lucas ou com Arthur?

Raposa SelvagemWhere stories live. Discover now