Raposa Selvagem

Capítulo 9

Após Patrick o examinar ele dormiu até o outro dia, Luck ficou no só pé da cama atento a cada respiração e movimento de Lucas, pensava como o tio podia ser cruel ou a raiva que sentiu para ter chegado ao ponto de machucar o próprio filho e o caçar como se fosse um animal.

-Filho, vá descansar- Sabrat entrou no quarto e caminhou até o filho- Lucas estava muito cansado e machucado, precisa descansar e se recuperar.

-Mas pai, não entra na minha cabeça como Arthur pode fazer isso- Luck levantou-se da cadeira dando lugar ao pai.

-Luck, os homens fazem coisas desesperadoras por poder, Arthur sempre foi um homem ganancioso daqueles que está disposto a tudo por poder- e olhando para o sobrinho que estava com o rosto e o peito enfaixados- até mesmo machucar deste modo o próprio filho, seja lá o que ele queria nos contar, Arthur queria muito o impedir.

Sabrat sentou na cadeira com a mão no rosto com pesar, e Luck sabia o que se passava em sua mente. Decidiu se retirar precisava pensar melhor.

-Luck... tio... - Lucas falou divagar soltando as palavras com dificuldade.

 -Lucas!-Luck que estava quase fechando a port atrás de si, voltando-se para a cama.

-Lucas você acordou?- gritou Ofélia da porta do quarto surpreendendo a todos com seu grito, sobressaltando Luck e Sabrat- você está bem meu filho?

-Tia...- ele disse meio grogue olhando para a tia, levantando-se para sentar nas almofadas que sua tia ajeitava em sua costas- bom ver a senhora.

-Que bom que acordou meu Lucas, ficamos preocupados com você- Ofélia o olhava com ternura e preocupação- mas acho que precisa conversar com seu tio e seu primo, depois conversamos meu amor- a rainha apertou com carinho a mão de Lucas e olhando para seu filho e marido falou por fim- tentem não o fazer falar demais, seu corpo está fraco e falar exige força dele não se esqueça.

A soberana se levantou e saiu, umas das quais Ofélia mais entendia era sobre medicina e ferimentos diante do que havia aprendido com sua família, mais precisamente com sua tia avó, que se chamava Flora, o mesmo nome de sua irmã. Ofélia era uma mulher forte e guerreira, apesar de esconder atras de uma mascara de normas e deveres de uma dama da corte, uma rainha de pulso firme e cabeça no lugar, mas delicada e doce encantando qualquer um.

-Sim meu amor- Sabrat falou quando notou a olhada do ombro de sua esposa- Lucas, sente melhor?

-Sim tio, me sinto- ele olhou para o tio e o para Luck com uma expressão confusa- preciso falar seriamente com ambos.

-Sim, mas começando pelo fato do porque esta todo machucado desse jeito- Luck disparou.

-Luck- indagou Sabrat.

-Não tio, foi meu pai que me bateu-falou Lucas com pesar-por ameaçar contar sobre a conversa que ouvi entre ele, Collin e Louis a vocês, ele havia ameaçado minha mãe. Se eu contasse tudo ele faria algo com minha mãe então fiz de tudo para a proteger, mas quando vi vocês, vi minha tia Ofélia, não queria mais, queria contar a vocês. Falei para ele na frente de minha mãe e dos dois cães que ficam sempre em seu encalço que contaria tudo a você Sabrat, mas ele cumpriu o que disse, pegando minha mãe pelo braço e a arrastando pelo salão, mas eu corri até ele e a arranquei de suas mãos- Lucas parou por um momento analisando suas mãos enfaixadas e vermelhas e em meio ao olhar de desconcerto de Sabrat e Luck- mas Louis me segurou e Colin levou minha mãe até seus cômodos e meu pai gritou que iria prende-la lá, minha mãe gritava para ele não me machucar, implorava. Meu pai me bateu sozinho, sem a ajuda de seus homens, com um porrete e depois me arrastou e me jogou no meu quarto, estando inteiro dolorido e machucado e disse que se tentasse voltar a o desafiar iria me deixar pior, entre a vida e a morte.