Raposa Selvagem

Capítulo 8

Angel ainda andando rapidamente pelo corredor não tirava aqueles olhos verdes penetrantes de sua mente.

-O que eu estou pensando, é Luck,o mesmo garoto que convivi minha vida inteira meu irmão de coração- e então coçando o cabelo que estava se soltando do rabo de cavalo- ou, será que- ela soltou o cabelo e voltou a o amarrar com a tira de couro rindo de si mesma- claro que não, não pode ele é um príncipe e logo se tornara rei não posso me deixar influenciar por isso é pura bobagem.

Chegando na sala de armas viu seu pai conversando com um ferreiro enquanto analisava uma espada grande e brilhante e quando a viu ofereceu-lhe um breve sorriso enquanto Angel se aproximava, ela chegou até ele e deu-lhe o recado do rei logo Brutan colocou a espada nas mãos do ferreiro e foi rapidamente ao encontro do rei. Angel o seguiu e estranhou a urgência que seu pai aparentava no olhar e no jeito de andar. Mas ela se esgueirou atrás de seu pai para ouvir atrás da porta a conversa entre o rei ,James e seu pai, não, foi para seu quarto pegar a capa e ir pro bosque precisava pensar em como podia ajudar, desconfiava de Lucas, sentia repulsa ao lembrar de Louis e também medo diante do que poderia vir a descobrir. Chegando no bosque andava por meio das arvores de maneira cuidadosa, mesmo conhecendo aquele bosque os perigos ainda podiam se esconder facilmente, mas não chamavam ela de Raposa Selvagem pelo cabelo ou por possuir a confiança de Estrela mas sim por ela conseguir agir como uma raposa, com destreza, cuidado e silenciosamente. 

-Estrela- ela avistou a pequena cauda cintilando a luz do sol em meio as folhas verde-escuro e as flores violeta- venha aqui.

Ela riu ao perseguir a raposa, até que notou que a mesma a levara até uma clareira escondida aonde apenas pequenas frechas de sol iluminavam a grama e as flores no chão, e pequenas gotas de aguá se dispersavam por entre as folhas das arvores que escondiam aquele lugar como se fossem um portal, os galhos as interligavam como se fossem um portal em formato de arco. Era um lugar onde a perfeição da natureza se reunia e se unira se alto protegendo.

-Que lindo Estrela- a garota estava boquiaberta diante de tal visão- sabe Estrela, tenho que pensar em tudo, em Lucas principalmente será que o rei Arthur faria algum mal a seu próprio herdeiro e o mais velho?- Angel sentou-se encostando-se numa arvore olhando Estrela rolar na grama- Não Lucas é o primogênito, mas se ele for quebrar o juramento e queimar sua parte da tapeçaria declarando guerra ja séria perdido, Edimburgo é forme o suficiente. Apenas se estiver planejando uma emboscada ou algum outro tipo de plano.

Angel pensava em muitas possibilidade que poderiam ocorrer, Arthur era astuto, o suficiente para pensar em maneiras habilidosas para atacar ou concretizar seja lá o que tivesse em mente.

Luck ,depois da breve despedida com Angel, ficou em seu quarto pensando em como daria com cuidado o próximo passo, mas não conseguia tirar da cabeça os olhos profundos, que pareciam poder desvendar seu mais secretos pensamentos, de Angel "por Deus preciso pensar em como poderei arrancar alguma informação de Lucas e não ficar pensando em Angel" ele repetia para si mesmo, mesmo sabendo que estava difícil. 

Ambos passaram maior parte da tarde pensando, Luck cegou a conclusão que seria menos suspeito se ele enviasse uma carta por um mensageiro a Lucas alegando uma visita ou algum convite para uma caçada. Sabia que Lucas sempre fazia viagens sozinho tanto para visitar Edimburgo quanto para outros lugares longe de seu reino, seria suspeito se ele recusasse o pedido de seu primo tão querido. Foi o que fez, sentou em sua mesa e começo a escrever a carta, usando a desculpa que ele faria uma caçada e que ansiava pela presença do primo consigo, queria poder acompanhar o mensageiro de longe mas não podia, visto que seu pai pedira para ele não se entrometer, mas era de seu reino que estavam falando, o mesmo que ele viria a governar um dia não tinha como não se entrometer. Após terminar a carta, olhou para o medalhão com uma pedra verde dada por sua tia Flora, disposto na mesa que em sua frente.