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Um mês se passou, e os rumores do novo morador da mansão começaram a rondar o vilarejo.

" Dizem que o proprietário é um velho horroroso!"

" E ainda, ele está se escondendo, porque matou muitas pessoas"

" Não, a verdade é que ele mantém dentro da mansão, seus experimentos"

Isso e mais outros bizarros comentários, a feira estava cada vez mais interessada em saber mais sobre o morador misterioso.

- Anastásia, e você? Qual sua opinião sobre isso? Constance tinha ido junto com a jovem fazer compras.

- Ah, bem... Eu acho que o senhor que mora lá, na verdade só quer sossego. Só isso. Nada de ficção. Nem nada. Anastásia estava escolhendo maçãs.

- Hum. Isso não é muito animado. Prefiro a história que ele é um inventor maluco. A senhora deu uma gargalhada.

- Bem... Não podemos negar nenhuma das alternativas, já que ele é um mistério não? Anastásia guardava as maçãs na cesta.

Já sozinha Anastásia tinha contado suas moedas, as poucas que ela conseguia com muito custo. No total eram dez moedas, que poderiam ser se muita ajuda, talvez ela compraria um novo vestido.

" Não, algo assim chama a atenção de minha madrasta, se ela ver, irá questionar" a jovem estava observando cada banca da feira.

Talvez eu guarde para a próxima, afinal não estava com cabeça para fazer compras, e olha a hora, já estava atrasada.

- Anastásia, que demora! Innes olhava furiosa para a jovem.

- Des... desculpa!! Aqui seus óleos, creme de rosa e a máscara de argila. Anastásia entregou os itens e correu para a cozinha.

O almoço estava quase pronto, quando Martine correu animada e gritando.

- Veja mãe, o que achei numa caixa lá em cima no quarto. A jovem estava com um colar em ouro, tinha nela pequenas pedras azuis e um pingente uma delicada flor.

- Oh. Vejo que encontrou o colar de Desirée, ela sempre se gabava por ter ganho de Theodore. Innes pegou o colar nas mãos, aquele item a deixava irritada.

Anastásia tinha terminado tudo, e estava indo chamar para o jantar, quando viu o colar nas mãos da madrasta.

" Não... Não é possível, é o colar da mamãe" a jovem correu e ficou observando a joia.

- Quer saber ... Acho que pode dar um bom dinheiro essa velharia, olha nem é tão bonito, um pouco brega na verdade. Innes olhava o colar e o balançava.

Anastásia fervia de raiva, se ela fosse sensata daria aquele colar para ela, o colar pertencia a sua mãe!

- Por favor, aqui... Eu... Posso pagar mais quando tiver... Ou posso pagar com serviço, eu... Eu juro, eu faço o que a senhora mandar, eu faço. Por favor não a venda. Anastásia tinha entregado as dez moedas a madrasta, e suplicado por não vender a joia.

Innes observou o desespero da jovem, realmente era patética, dez moedas valeriam por aquele colar? Nunca!
Mas ficou tentada em ter a jovem em suas mãos, se ela quisesse, ela poderia fazer o que bem entender a Anastásia.

- Certo..., mas, com uma condição. Você vai ficar me devendo, e quando eu quiser posso cobrar por esse favor, digamos assim... Innes olhou a jovem que estava angustiada.

- Sim, qualquer coisa, eu farei. Madrasta, o que pedir. Anastásia pegou o colar e sorriu.

" Algo que eu possa me lembrar, minha mãe, eu ... Consegui" Anastásia guardou o colar em seu bolso.

- Mãe, por que você deu o colar pra Anastásia? Ela nem tem onde usar... Poderia ter me dado. Martine cruzou os braços.

- Minha filha, só dei aquilo por um tempo a Anastásia. Já já eu pego de volta. Só quero ter algo para usar, caso eu necessite dela. Innes acalmou a filha.

O jantar tinha acabado, Anastásia arrumou tudo e estava em sua cama, observava o colar e as fotos e o desenho que ficavam juntos a sua cama, ao fechar os olhos a jovem imaginava diversas situações, uma princesa sendo resgatada por um belo príncipe.

" É só ficção... nada mais, porém eu gostaria de acreditar" Anastásia suspirou, e adormeceu. 

Olhe com seu coraçãoWhere stories live. Discover now