17.

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Anastásia tinha sentado no chão do quarto, não queria sujar a cama, estava imunda... O vestido de sua mãe tinha ficado até diferente, já que estava a alguns dias sem tomar banho.

A jovem se assustou quando ouviu alguém bater na porta.

- Posso entrar? Com licença... Phoebe com cuidado entrou no quarto.

E se deparou com uma jovem encolhida abraçando as pernas e cobrindo o rosto.

- Olá! O que você está fazendo? Querida? Tá tudo bem, eu não vou fazer nada a você. Phoebe cuidadosamente se aproximou da jovem.

Anastásia olhou timidamente para a mulher, e a reconheceu.

- Oh... Você! A jovem que me ajudou. Céus... Por que está tremendo? Phoebe se agachou e olhou nos olhos de Anastásia.

- Você! Eu lembro de você... A artista. Anastásia falou baixinho.

- Sim, sou eu. Isso só pode ser obra do destino, não é? Phoebe sorriu.

Anastásia ficou em silêncio. O destino era tão inútil, não era nada bondoso com ela, não era nada bom.

- Hey... Por que você não está na cama? O chão é duro. Não acha? Você parece cansada. Phoebe gentilmente tocou no ombro da jovem, que desviou do toque.

- Eu... Estou suja. Não quero dar trabalho. Anastásia sussurrou.

Phoebe percebeu que a jovem estava com diversas marcas pelo braço e dava pra ver que seu pé estava um pouco inchado.

- Há um banheiro aqui no quarto, veja... É uma suíte! Você quer que eu prepare um banho para você? Phoebe indicou a porta do banheiro para a jovem.

- Não .... Não precisa, eu... Eu posso fazer sozinha. Me desculpa... Eu, eu... Estou com medo. Anastásia finalmente desabou em lágrimas.

- Medo? Porque? Ninguém te fará mal. Você está segura aqui. Phoebe se segurou para não abraçar a jovem.

- Eu... Não tenho dinheiro, eu não posso pagar de volta o dinheiro que gastaram comigo. Mas eu posso trabalhar eu posso não ser um estorvo. Anastásia não queria ser um peso morto.

- Oh querida... Não se preocupe. Você é moradora daqui. Não é uma empregada. Venha, eu vou te preparar o banho. Phoebe falou gentilmente.

Anastásia tinha se assustado com o tamanho do banheiro, ele era enorme! A banheira era tão bonita, a decoração toda em mármore branco, aquilo era coisa de realeza.

- Porque está parada aí, olha eu preparei o banho, a água tá bem quentinha. E aqui estão os sais e os outros itens para você usar. Aqui, uma toalha e um robe. Phoebe sorriu.

- Porque você está aqui? Você... Mora aqui? Anastásia estava curiosa.

- Oh, não... Eu estou aqui com meu marido e filha pois estão reformando a minha casa em Paris. O dono da mansão é nosso amigo. E estamos quase de partida. Agora apresse-se a água vai esfriar. Phoebe se retirou do banheiro.

A água estava tão quentinha, Anastásia tinha perdido a noção de como era bom um banho quente. Ela se lavou e usou todo os sais de banho. Realmente aquilo era cheiroso.

- Obrigada... Anastásia saiu com o robe do banheiro.

- Que isso! Oh querida... Eu sinto muito por estarmos nos vendo novamente em uma situação tão complicada... Eu sinto muito mesmo. Phoebe observou o rosto triste da jovem.

- Eu acho que devo obedecer a quem me comprou, não é? Eu... Vou obedecer ao meu dono e serei útil. Anastásia não sabia o que esperar daquilo.

- Dono? Minha querida, você não pertence a ninguém, aquilo que aconteceu foi uma desventura. Acredite, ninguém aqui estava querendo comprar ninguém. Você é moradora daqui. Phoebe tentou tranquilizar a jovem.

- Sinto muito pela minha madrasta. Anastásia estava ficando um pouco zonza.

- Querida, você está ficando branca, aqui vamos nos deitar. Phoebe percebeu que a jovem estava cambaleando.

- Muito Obrigada senhora. Anastásia estava vendo tudo rodar em sua volta.

- Senhora? Por favor me chame de Phoebe, e você qual seu nome? A mulher estava cobrindo a jovem.

- Anastásia, senhora. A jovem estava perdendo os sentidos.

Phoebe percebeu que a jovem tinha desmaiado, e correu para chamar seu marido.

- Anastásia, ela desmaiou! Phoebe estava com fôlego.

- Anastásia? Persa olhou confuso.

- Sim ...sim... A jovem... ela, simplesmente apagou. Phoebe estava nervosa.

- Perfeito... Mais isso agora. Espere que mandarei chamar um médico. Persa correu para alguém chamar por ajuda.

O médico do vilarejo demorou a chegar, tinha se passado duas horas e agora o senhor estava examinando a jovem.

- E aí doutor, o que houve? Phoebe estava abraçada em o marido.

- A jovem está realmente mal, não sei como começar a contar. Primeiro o machucado no pé mal curado, diversos roxos no corpo, anemia e está realmente abaixo do peso ideal. O médico estava receitando por alguns remédios.

- Céus... Ela realmente deve ter passado por dificuldades. Phoebe se aproximou da jovem, que estava ainda adormecida.

- Se ela seguir o que eu receitei, logo ela irá se recompor. Por favor cuidem para que ela siga à risca tudo. O médico se despediu e partiu.

- Ótimo... Agora eu tenho que cuidar dela. Erik apareceu segundos depois do médico partir.

Olhe com seu coraçãoWhere stories live. Discover now