Prólogo

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"Você não pode salvar os outros até que você primeiro salve a si mesmo."
— Cidade dos Ossos - Os Instrumentos Mortais.

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STILES STILINSKI

STILES STILINSKI

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Está chovendo.
E embora eu evitasse os tempos chuvosos desde que Allison morreu pela espada de um dos Onis que o Nogitsune que me possuiu controlava, eu não conseguia me livrar dos dias de chuva com a nova estação e muito menos com o nervosismo que vinha junto com isso, mesmo que também tenha chovido durante os últimos três meses é muito diferente agora.

Uma vez que paro o jipe no estacionamento da escola, desligo o motor e observo a chuva bater no painel do carro e não posso deixar de torcer as mãos com todo meu nervosismo. O som da chuva no carro me lembra o grito de Lydia quando a espada atravessou Allison, meu corpo inconsciente jogado no chão e acordado ao mesmo tempo, meu coração ainda dói com tudo que passou.

Deito a cabeça no volante e corro os dedos por meu cabelo, ouvindo a chuva ficar mais fraca, mas nunca parar, uma leve batida no vidro da janela me faz erguer a cabeça para ver meu intruso e encaro os olhos escuros de Scott antes de me inclinar para destravar a porta e deixa-lo entrar para se sentar ao meu lado em silêncio.
A presença do meu melhor amigo de infância é estranha a alguns meses, o silêncio desconfortante passou a ser pesado e doloroso com o tempo, mas era isso ou o afastamento de todos. Nenhum deles falavam do Nogitsune ou do que causei estando possuído por ele, assim como nenhum de nós quer admitir que sou parcialmente culpado pelo que aconteceu mesmo que não tenha sido inteiramente eu a fazer.

— Você está bem ? - Pergunta Scott, rompendo o silêncio acima da chuva.

— Bem. - Minto batendo os dedos no volante e olhando de canto para ele. — Você ?

— Também.

— Bom, isso é bom. - Balbucio.

Silêncio.
Não ergo o olhar para Scott, embora acredite que ele saiba diferencia minha verdade da mentira a algum tempo mesmo sendo um lobo, meu coração não acelerava mais e mentir estar bem se tornou um passatempo em frente ao espelho.
Vejo Malia e Kira entrar na escola com pressa para fugir da chuva, Scott suspira ao meu lado e não me vejo querer quebrar o silêncio para dizer algo legal ou espertinho.

Eu havia machucado ele e Kira.
Mordo o interior da bochecha, engolindo o bolor que se forma em minha garganta, a ardência queima minhas retinas e esfrego a manga do meu casaco grosso em meus olhos marejados.

Movo a cabeça para a janela ao meu lado e cruzo os braços, o reflexo embaçado do vidro mostra as olheiras acumuladas das noites que fiquei em claro após os pesadelos chegarem até mim, minha pele mais pálida e os lábios rachados. Eu havia perdido peso, as maçãs em meu rosto mostram isso, meus ossos se sobressaem na pele quando tiro a camisa para tomar banho, entretanto, quando preciso fazer isso na escola eu espero todos saírem ou pego o último boxer.

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