[00] Prólogo

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#JujubasEKingKong

O PRÓLOGO >NÃO< É LINEAR COM O CAPÍTULO 1 E OS DEMAIS CAPÍTULOS! Ele é como se fosse o pontapé para uma coisa que vai acontecer no clímax da estória

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O PRÓLOGO >NÃO< É LINEAR COM O CAPÍTULO 1 E OS DEMAIS CAPÍTULOS! Ele é como se fosse o pontapé para uma coisa que vai acontecer no clímax da estória. A intenção é despertar a curiosidade do leitor. 

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Perguntava-me como tudo havia tomado aquele rumo. 

Desde sempre tive apreço por comandar, e todos respeitaram isso, mas ele não. Isso me instigou.

A forma que ele me analisava sem dizer nada e a mania ridícula de me provocar sem ao menos se esforçar, fosse com palavras, ações ou olhares. 

Por anos o odiei, mas quando meus lumes passaram a captar pequenas atitudes suas, como quando passava a língua pelos lábios ressecados, o sorriso matreiro e o olhar sagaz que me vidrava; simplesmente neguei por todos os santos, mas não resisti. 

Indo além do carnal, me apaixonei pelo seu sorriso, perguntando-me como alguém conseguia sorrir mesmo tendo passado por tanta coisa. E mesmo assim Jungkook, você sempre estava disposto sorrir para todos ao seu redor. 

Após aqueles três dias, as coisas mudaram e eu já não lhe odiava mais. Depois de nossa discussão mais cedo no elevador, nada parecia fazer mais sentido. Sabia que você escondia algo, Jungkook, mas não fazia ideia da imensidão do que poderia ser.

Isso me tirava do conforto, não saber o que você tanto escondia. Por esse motivo, tudo que fazia me incomodava.

— Por qual razão precisa ter regras para tudo? — esbravejei lhe apontando o dedo. — Por que você é assim?!

— E porque você não pode simplesmente obedecê-las sem contestar uma única vez, Jimin? — se levantou apoiando as mãos na mesa.

Claramente não estávamos falando sobre trabalho, e sim, mais uma vez, trazendo nossos problemas pessoais para o profissional.

— Porque não fazem sentido, não 'pra mim — claramente não me referia sobre regras, e Jungkook bem sabia disso.

— Eu sou o chefe, caso não tenha notado. — proferiu rude, logo em seguida um sorrisinho desprendeu de seus lábios.  — O que? Isso te deixa irritado, não é? — saiu de trás da mesa. — Por que não assume que queria estar aqui, no meu lugar? — andou em minha direção, enquanto eu recuava nos passos.

— Sinceramente? Sim, queria. — olhei no fundo dos lumes negros e ele arqueou uma das sobrancelhas — Sabe porque, Jungkook? Por que eu sou melhor do que você. — sorri quando seu maxilar travou e os músculos tencionaram. — Agora me diga, porque você não admite que não vê a hora que eu abaixe a cabeça para você. O que você quer é alguém do seu lado que não faça perguntas sobre a sua vida e simplesmente acate tudo que pedir. Mas eu não sou assim, sabe que não! Nunca irei ser. — tremi quando seus olhos se fecharam, como se procurasse uma paz interior, um minuto de silêncio; precisava acalmar os ânimos. 

Quando suas mãos agarraram meu maxilar, recordei dos toques, do cheiro entorpecente, das palavras roucas sussurradas que agora valiam como juras ao vento, ditas apenas no calor do momento. 

— Tem noção do quanto é difícil para mim tudo isso? — rosnou me olhando claramente chateado —  Queria que não fosse assim, queria não ser o que eu sou e poder ficar com você — segredou. 

Seus dedos passaram pelo cabelo e sua expressão entregava tristeza. — Em outras circunstâncias, agora mesmo te jogaria naquela mesa tendo certeza que imploraria para não sairmos mais de lá. — seus dedos deslizaram do maxilar para meus lábios, e o polegar foi enfiado entre os lábios. — Ah, Jimin... — suspirou — Não posso, não consigo. — se afastou.

Não conseguia compreender como as coisas na mente de Jungkook funcionavam. Percebia seus olhares em mim, notava quando prestava atenção demais quando eu falava. Mas veja bem, quando se é um pouco, bem pouco mesmo, paranoico, você acha que não é para você que estão olhando, que nunca te olhariam de forma cobiça, desejável. 

Será que ele estava apenas curtindo com a minha cara esse tempo todo?

— O que eu não entenderia? — procurei seus olhos e pedi. — Me diz — estava cansado de segredos, queria respostas. — Jungkook, não existe um relacionamento sem conversa, confiança e confidência. Por que não fala comigo?!

— Você sabe que a minha vida pessoal é um empecilho entre nós. — umedeceu os lábios — Sem contar que eu não sirvo para você, Jimin. — franzi o cenho — Como disse, você jamais entenderia. — fechou os olhos e os abriu novamente, passando o polegar úmido pela minha boca, observando ali avidamente. Havia algo mais, alguma coisa que Jungkook parecia disposto a esconder, porém eu iria descobrir. 

Quando perceber que alguém está tentando lhe enganar não saía gritando ou correndo, meramente sorria como se acreditasse e se deixe levar para ver até onde vai, pois uma hora ou outra acredite, caro leitor, você irá descobrir. 

Nenhuma verdade fica oculta por muito tempo.

— Me mostra. — sussurrei o pedido, beijando seu polegar com calma.

— Do que 'tá falando? — me fitou atônito.

— Não é você quem decide se serve ou não para mim, Jeon. Então apenas me mostre. —  proferi um pouco mais alto, diante seu olhar atento. — Agora.

A COR MAIS QUENTE | JIKOOKOnde as histórias ganham vida. Descobre agora