[30] Kizuato

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ATENÇÃO: Esse capítulo pode conter gatilhos por conter alusão a violência doméstica. Nenhuma violência física será narrada explicitamente, deixarei tudo implícito. Também contém menção a dependência emocional. Tudo foi narrado e revisado de forma responsável, mas mesmo assim, por favor, se em algum momento da leitura você se sentir mal, pare imediatamente.

O cap é narrado pelo Tae, segundo o que ele sente e o que ele passou, coisa pela qual eu passei também, então peço, por favor, respeito. Se você não gosta desse tipo de conteúdo, apenas pare de ler, não precisa vir me avisar que vai dropar a fic ( como muitos têm feito), porque isso tem me machucado muito. Eu só quero poder contar a minha história do jeito que eu planejei contar.

Obrigada.

Obrigada

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🌟🐯

#CoisaDeSelvagem

Existência. Como você definiria a sua?

Alguns são definidos pelo o que são, outros pelo que fazem e tem quem é definido pelo que fez. Eu acreditava que era definido pelo o que me fizeram.

Eu sou uma cicatriz.

Eu sou dor em cada canto da minha existência, em cada olhar que me fora dirigido. Cada palavra de meu pai carregada de rancor e cada vez que ele ergueu a mão para mim, eu ganhei uma cicatriz e fui definido por ela, assim acreditava.

Quando se é uma cicatriz, você perde a vontade da vida. É como se não existisse cores por mais que você busque.

Eu queria ser Taehyung. Ser o cara que gosta de música, que vai na casa de seus amigos comer pipoca e ver filme repetido, queria ser o amor de alguém. Queria ser bem mais do que eu era naquele instante.

Eu queria sair da caverna, queria a luz.

Sempre acreditei em Deus e pedia a ele todos os dias por luz; por liberdade. Queria adorar seu nome de coração sincero, mas todas vez que meu pai me obrigava a ficar de joelhos, tudo o que eu sentia era mágoa.

Mas eu estava enganado sobre uma coisa: eu não precisava desejar luz, porque eu já tinha.

Kim Seokjin e Park Jimin, eles eram minha luz. Os únicos que não me viam como uma cicatriz.

Me sentia eu mesmo quando me tornei amigo deles, me sentia Kim Taehyung. Mas isso mudou depois daquele dia. Com Jimin, tudo mudou.

Em instantes, meu melhor amigo passou a me ver como uma cicatriz também. Mas não uma cicatriz ambulante, e sim, uma cicatriz que doía nele mesmo.

Eu era uma ferida em Jimin.

E apesar de todos os nossos esforços, eu sabia que sempre doeria nele.

Operação: ConquisTae • JJK • PJMOnde as histórias ganham vida. Descobre agora