08

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       Castiel notou que Dean estava um pouco perdido assim que abriu as portas da sua casa, era grande e ele precisou chamar atenção do mais novo.

— Dean? Tudo bem?

— Aqui é bem grande e se eu me perder? — Resmungou o mais novo olhando ao redor.

— Exagerado, só me chamar. Aliás vamos subir que tenho que te apresentar seu quarto.

           O Novak guiou o Winchester até o andar superior onde lhe apresentou o quarto em que este ficaria, aliás era bem ao lado do que pertencia ao dono da casa.

— Você deve estar cansado não é? — Castiel perguntou dando um sorriso de canto.

— Um pouquinho. — Dean confessou timidamente.

— Eu quero que você vá tomar um banho, vista uma roupa quente e desça, vou fazer algo para que possamos comer e conversar. Tudo bem? — O mais velho pediu indo até o banheiro e acendendo a luz.

           Depois que retornou o de olhos verdes concordou com a cabeça.

— Palavras baby.

— Sim senhor. — Dean concordou movendo levemente sua cabeça para cima e para baixo.

— Ótimo, tem toalhas no armário e sabonetes também. Fique a vontade, estarei lá embaixo. — Castiel explicou e apontou para o banheiro.

               Dean adentrou mais o quarto que agora era seu e viu tudo arrumadinho, porém a cama faltava algo pois não parecia tão confortável para ele. Pegou sua mochila e retirou um conjunto de moletom, abriu a porta do quarto notando que o corredor estava vazio, então voltou e seguiu até o banheiro trancando a porta. Este era praticamente do tamanho do quarto do seu quitinete, abriu o armário retirando de lá um sabonete e uma toalha felpuda, assim que se despiu foi para o chuveiro o ligando. A água estava tão quente e convidativa, fazia tempo que não tomava um banho tão tranquilo quanto aquele, até que se lembrou que teria que conversar com o anfitrião.

           Enxugou-se lentamente e vestiu sua roupa, pendurou a toalha e retornou para seu quarto, tomou os cobertores e fez uma espécie de círculo sobre a cama, depositou o travesseiro em um dos lados e colocou Isaac, seu lobinho de pelúcia, que era seu amigo inseparável. Deixou o quarto e desceu as escadas, estaria perdido naquele longo ambiente, chamou pelo proprietário que não demorou a anunciar sua presença do cômodo próximo.

— Entre Dee. Espero que goste de macarronada e almôndegas.

            Castiel serviu os dois e foram para a mesa na sala de jantar, Dean saboreava a refeição e entoava alguns murmurinhos de satisfação.

— Então baby, para fazer isso funcionar precisamos conversar um pouco. — O de olhos azuis avisou depois que terminaram de comer.

— O que precisa saber senhor? — Dean indagou enquanto limpava sua boca no guardanapo.

— Quero saber sobre você, os seus gostos, o que gosta, o que não gosta, o que quer, o que não quer, coisas básicas. — O Novak sugeriu juntando os pratos para depois levar para a cozinha.

— Bem, meu nome é Dean Winchester, tenho 22 anos, sou do Kansas, trabalho em uma oficina mecânica e tenho fetiche em petplay, mas não exatamente o puro do BDSM, eu gosto como se fosse algo que é parte de mim e que eu possa ser a todo tempo. Aliás sou um cachorrinho, um filhote e as vezes posso ser muito bagunceiro. — Dean pontuou alguns detalhes.

            Castiel ouvia tudo atentamente e sentia adoração, queria apertar o de cabelos mais claros até que ele explodisse.

— Eu gosto de coleiras, bolinhas, ossinhos, pelúcias, carinho, brincar, mas não gosto da corrente, não gosto do cone da vergonha, nem da gaiola. — O Winchester pontuou nos seus dedos.

— Gosta de quando faço isso? — O de olhos azuis indagou fazendo carinho na cabeça do Winchester.

— Gosto muito senhor. — Dean concordou deitando a cabeça na palma da mão de Castiel buscando mais carinho.

— Ainda bem, mas por favor pare de me chamar de senhor, use outras palavras talvez mestre, dono, Cassie, Cass, não fale senhor, parece que está no exército.

— Sim, Cass. — Dean concordou sem notar que estava quase dormindo com o afago que recebia.

           De fato ele dormiu, sequer notou que Castiel o ajudou a chegar no quarto e o deitar na sua bagunça confortável. O problema foi acordar no meio da noite assustado por mais um pesadelo.

Dog's lifeWhere stories live. Discover now