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DIA 03 (Terça-feira)

            Aquela manhã tinha sido um tanto quanto diferente, Dean acordou antes de Castiel e desceu para a cozinha, preparou um café da manhã para o mais velho, afinal ele gostaria disso, não é? Todavia o Novak foi acordado por uma ligação de seu irmão Gabriel exigindo sua presença naquele momento na sua casa antes de ir para o trabalho, isso resultou em um Castiel saindo às pressas de sua casa sem dar total atenção a seu cãozinho, sequer o devolveu sua coleira.

             Ser ignorado daquele jeito fez a insegurança bater na cara de Dean, será se Castiel já tinha se arrependido de ter o leiloado? Ele era muito grudento? O problema era sua aparência? Ou era o fato de não ser sexy? Ele não era bom o suficiente? Eles fez algo errado? O filhote apenas seguiu para o quarto do de olhos azuis, engrenhou-se pela cama dele pegando seu travesseiro e chorando por não se sentir bom.

           Em outro canto da cidade Castiel xingava Gabriel por ter o feito ir na casa dele simplesmente para ajudar a pegar Sam no flagra com Pamela Barnes, mas tudo que acabaram descobrindo era que Samuel estava encomendando alianças e que certamente o Novak mais novo seria pedido em casamento, o que estragou a surpresa para este.

— Você é um babaca Gabe! Sequer me deixou ver meu filhote direito hoje, ele fez um café da manhã maravilhoso para mim e nem pude desfrutar direito. Ainda deixei o coitado de castigo, ele deve estar nervoso. — Castiel resmungou deixando o irmão na casa dele.

— Obrigado Cassie, te amo também. — O irmão agradeceu fazendo seu típico drama.

— De nada e pare de implicar com seu futuro noivo, ele te ama. Gato arisco!

           Gabriel revirou os olhos e bateu a porta na cara do irmão que riu antes de ir embora para sua casa. Quando lá chegou encontrou tudo arrumado, pegou a coleira no armário, procurou pelo Winchester e não o viu em nenhuma parte, com exceção do seu quarto. Entrou no cômodo e viu seu cachorrinho deitado agarrado com o seu travesseiro, ele dormia, mas era possível ver os rastros das lágrimas que mancharam seu lindo rosto.

         Castiel sentiu-se culpado por cada uma delas, deitou-se ao lado do mais novo e cuidadosamente traçou seus polegares pelo rosto do outro, notando pequenas sardas que antes não vira entre as maiores, Dean Winchester era perfeito... perfeito para Castiel Novak. Este puxou o garoto para seus braços fazendo-o acordar com o movimento, mas sequer se mexeu.

— Desculpe meu filhotinho, eu sei que está tristonho. Olha eu gostei do que fez para mim, tá bom? Eu tive um probleminha com meu irmão, porém já resolvemos. Agora eu vou trabalhar, mas venho na hora do almoço e mais tarde podemos brincar no quintal, o dia parece que vai ser fresco.

            Dean se ajoelhou na cama sendo seguido por Castiel que mostrou a coleira e colocou no de olhos verdes. Este sorriu e se jogou em seu dono o abraçando, depois sorriu sapeca e lambeu a bochecha do Novak.

— Que nojo Dean! 

— Au! — O Winchester latiu e saiu girando pela cama feliz.

— Vamos trocar as lambidas por beijos ou mordidas de leve, pode ser? Tipo esse aqui. — Castiel pediu pegando Dean de surpresa ao beijar a bochecha dele e morder suavemente.

            Dean corou dos pés à cabeça, parecia que formigava o local que foi beijado e mordido tinha uma sensação boa que ocupava seu interior. Quanto tempo leva para se apaixonar? Dean não sabia, todavia já sabia que estava gostando do moreno.

         Castiel sorriu e foi se arrumar para trabalhar, durante esse tempo que esteve fora, Dean aproveitou para resolver algumas pendências e ligar para Charlie, que quis saber sobre cada detalhe. Ele ainda descobriu que a ruiva estava com Dorothy e quando ela começou a dar os detalhes sórdidos Dean desligou, mas não sem antes ouvir a amiga dizer que ele já devia ter dado um beijo no moreno a muito tempo.

      Ele brincou, dormiu, perturbou a empregada que as vezes ralhava com ele, ela era compreensiva e entendeu o que o jovem de cabelos castanhos claros sentia, inclusive dava alguns cookies para ele quando ele a obedecia. Ficou no tédio, consertou a pia do banheiro que o irritava por sempre ficar pingando, latiu para alguns pardais que assentavam na grande da janela e por fim, tentava despedaçar o resto do que sobrará de um urso de pelúcia. Quando deu o horário de Castiel chegar em casa, o cachorrinho ficou doido olhando para tudo que era janela para ver se o dono tinha chegado, optou por se deitar no tapete da porta, o que se mostrou ser uma péssima ideia posto que Castiel abriu a porta rápido demais acertando a cabeça do cãozinho que passou um bom tempo choramingando no colo do dono por estar com um galo na testa.

            Na hora do almoço Cass não errou novamente, colocou a comida de Dean em um pote e suco em outro, ao seu lado abaixo da mesa.

— Cuidado para não se levantar rápido demais e tornar a machucar a cabeça. — Avisou para evitara novos acidentes.

— Sim mestre. — Dean falou sem prestar atenção nas palavras, as quais sempre roubavam um sorriso do moreno.

— Tão precioso esse filhote. — O mais velho sussurrou antes de voltar a comer.

          Como o tempo ficou frio naquele dia eles não brincaram não quintal, mas isso não quer dizer que não se divertiram muito.

Dog's lifeWhere stories live. Discover now