PONTES CONVERSACIONAIS

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Quando encontrar quem conheceu mais cedo, você pode empregar uma ponte conversacional.
Isso consiste em usar porções de uma conversa anterior. Essas pontes podem ser comentários, piadas, gestos ou outros detalhes característicos à conversa anterior. Usar uma ponte conversacional envia a sutil mensagem de que você não é um recém-chegado ao círculo de amigos da pessoa. V ocê agora é uma pessoa familiar, com interesses em comum. Pontes conversacionais também permitem apanhar o processo de construção da amizade de onde parou no final da última conversa. Isso, por sua vez, permite avançar sem precisar começar do zero.

DICAS DE COMPORTAMENTO DOS PÉS QUANDO UMA PESSOA ESTÁ SOZINHA

Se você encontrar uma pessoa sozinha e seus pés estiverem voltados para a saída, existe uma boa chance de que ela esteja pensando em ir embora. Isso lhe dará uma abertura para abordar essa pessoa. Envie sinais amistosos ao se aproximar e então faça uma declaração empática (que será discutida no próximo capítulo) como “Oh, vejo que você está pronto para ir embora” ou “Oh, você está achando a festa chata”. V ocê pode usar uma afirmação dessas porque está apenas descrevendo a postura física observada, o que reflete os sentimentos do indivíduo. Ou pode se aproximar e simplesmente dizer “Oh, vejo que você está sozinho hoje.
O que você acha deste lugar (ou evento)?”. Com sorte, a pessoa irá responder à sua pergunta, e você poderá usar essa resposta para continuar a conversa e ver como as coisas progridem.

DE VAGA-LUME A AMIGO: O PRÓXIMO PASSO

Fazer um amigo ou inimigo começa no primeiro momento do contato, geralmente visual, e segue em frente a partir daí. Este capítulo se concentrou quase exclusivamente nos sinais não verbais que enviamos aos outros e no impacto que possuem nas relações pessoais. Uma vez que as pessoas geralmente nos veem antes de nos ouvir, nossos sinais não verbais são como o “trailer” de um filme, dando ao espectador um conhecimento prévio daquilo que pode esperar da atração principal e ajudando-os a decidir se vale a pena aceitar ou não nossa amizade

NÃO SE GABE DESSA ATENÇÃO!

Se você usar seus sinais amistosos de um jeito eficaz, conseguirá preparar o terreno para uma interação bem-sucedida. Ganhar a atenção de uma pessoa e, ao mesmo tempo, encorajá-la a enxergá-lo positivamente é um primeiro passo crucial para se fazer um amigo, mas você precisa ter cuidado para não se gabar dessa atenção. Enviar sinais amistosos (ou inimigos) requer prática. Inconscientemente, as pessoas são muito boas em transmitir essas comunicações não verbais. Entretanto, agora que leu sobre esses sinais e está ciente deles, você começará a notar outras pessoas os enviando e recebendo e, de tempos em tempos, perceberá a si mesmo sinalizando aos outros.
Para imitar conscientemente os mesmos sinais que você envia inconscientemente com facilidade e autenticidade, você deve superar o efeito passarela. Esse efeito acontece quando você faz algo discretamente e, por estar fazendo um esforço consciente para influenciar o comportamento de uma pessoa, você começa a achar que todos estão percebendo o que você está tentando fazer. Isso, por sua vez, dificulta fazer seu comportamento parecer natural e apropriado, resultando numa incapacidade de desempenhar suas ações convincentemente. O resultado: elas não serão críveis.
Um exemplo envolve alguém que mente. O mentiroso pensa que seu interlocutor pode perceber a mentira, mesmo quando ele está totalmente alheio ao embuste. Isso, por sua vez, faz com que o mentiroso apresente dicas verbais e não verbais que acabam indicando sua mentira, permitindo ao interlocutor detectar a intenção ou, no mínimo, se tornar desconfiado.
A mesma coisa acontece quando você tenta pela primeira vez simular sinais amistosos conscientemente. V ocê passou a vida inteira fazendo isso; porém, nas primeiras vezes em que abordar as pessoas e conscientemente tentar inclinar a cabeça e exibir movimentos da sobrancelha, pensará que elas sabem que você é socialmente desajeitado. O efeito passarela acabará dominando-o. Isso o faz “forçar” o comportamento – suas inclinações de cabeça e movimento das sobrancelhas se tornam estranhos –, e então suas intenções são reveladas, deixando você como vítima de sua própria profecia… E com uma tentativa fracassada de fazer amizade. Para evitar o efeito passarela, primeiro é preciso saber de sua existência.
Agora você sabe.

manual de persuasão do FbiWhere stories live. Discover now