36- Não Vai Beber?

2.8K 283 510
                                    

19h. E preparados para o começo do fuzuê? Ahhahahahaha já ri tanto com esse capítulo.

Boa leitura e até amanhã ♥️

(...)

Era exatamente 17:26 quando entraram em dois ubers diferentes, em direção a São Conrado. Entraram juntas no condomínio e subiram para o último andar, onde Bianca abriu a porta com um pouco de dificuldade por causa da bebedeira e deixou que as meninas entrassem primeiro.

- Que porra de apartamento grande é esse? - Mariana fez uma careta. - Eu não sabia que você era rica.

Bianca riu e revirou os olhos.

- Não sou, ou não era, sei lá. Foi herança dos meus avós como única neta mulher deles - deu de ombros. - Precisei começar a vender cosméticos na faculdade para ajudar nas despesas. Sabe quanto custa só o condomínio dessa cobertura?

- E por que você não aluga e pega um lugar menor? Isso aqui tem o quê, dois andares?

- Três, no terraço tem uma piscina com área livre.

- Você está me zoando? - Gizelly também estava incrédula. - E por que você mora aqui sozinha?

Ela deu de ombros.

- Acabei me acostumando e aqui é bem calmo também. Talvez eu compre outro mais barato e alugue esse. Com o dinheiro do aluguel, consigo pagar as prestações do outro.

- Já falei sobre isso com você - Marcela, que já conhecia a casa como a palma da mão, virou as costas para as meninas. - Vou tomar um banho para tirar a areia e o sal do corpo.

- Dentro do armário tem roupa sua, eu acho - Bianca disse. Atrás das meninas, Gizelly revirou os olhos. - Vem, vou mostrar a casa para vocês e depois podemos ficar no terraço. A água da piscina é aquecida, tem toalhas e churrasqueira para assarmos algumas coisas.

- Meu Deus, por que você não convidou a gente antes? - Ivy ria ao dizer, também maravilhada com o lugar.

Primeiro Bianca mostrou o primeiro andar, onde havia uma sala tão grande com sofás e uma mesa de centro que em um lado também havia uma mesa de jantar, de modo que dali também desse para assistir a televisão gigante. Além da varanda, tinha uma cozinha toda equipada e dois quartos, um dela - em que a Marcela tomava banho - e um para hóspedes. No andar de cima era outra sala também com uma varanda enorme, mas estava claro que aquela área era para quem estivesse curtindo a piscina. Na parte de trás havia um banheiro unissex todo perfeitamente arquitetado e ao lado vestiário com tudo que as pessoas que saíam da piscina precisavam. Por último, subindo as escadas para o terceiro andar, logo dava de cara para uma piscina de canto que tinha uma única raia, mas era comprida o suficiente para dar pelo menos dez braçadas. O espaço de cima também era grande, com espaço para mesas, uma bancada e churrasqueira. Do lado de trás, uma ducha para quem quisesse entrar na piscina pudesse se molhar antes.

Ter um apartamento como aquele não era algo que Bianca um dia desejasse para sua vida. Não tinha tempo para usufruir do lugar e as despesas eram absurdas. Ainda assim lutava para manter aquilo ali de pé, sem querer alugar. Seus avós morreram há pouco mais de um ano. Ele teve câncer de intestino e passou por diversas cirurgias até não conseguir mais suportar, falecendo assim aos 79 anos. Sua avó morreu dois meses depois, de tristeza e solidão. Por mais que tivesse se mudado de onde morava para o apartamento para fazer companhia a ela, não era a mesma coisa. O desgosto a devastou e em um dia chuvoso ela simplesmente dormiu a noite e não acordou mais. Duas semanas depois do enterro, foi procurada pelo advogado da família, que alegou ter recebido de herança a cobertura, os dois carros, um barco e 200 mil reais.

SantuárioOnde histórias criam vida. Descubra agora