62- Feliz Aniversário

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Que tal uma tarde de domingo com um capítulozin para lerem? 🥰

Até terça, gente ♥️

(...)

Todo um filme passou pela cabeça de Gizelly quando descobriu quem havia planejado a festa. Imaginar que Marcela havia tido a delicadeza de pensar em uma comemoração, em fazer uma surpresa para si, só fazia com que se sentisse ainda pior do que já estava. Passou o dia inteiro tentando ligar para ela, mas ninguém atendeu como das outras vezes.

Estava se sentindo a pessoa mais horrível do mundo. Então, ao invés de ficar feliz com a festa, tudo que conseguiu fazer foi ficar triste. Passou a mão no rosto um par de vezes, olhando para Ivy que não estava entendendo nada.

- Que cara é essa? - A loira estava de sobrancelhas franzidas.

- Ela não te contou? - Mari se aproximou devagar, cruzando os braços.

- Você vai pegar no meu pé, né?

- Óbvio, agora você vai ter que rebolar para conseguir a velha de volta.

- Com certeza - Rafa estava com o celular na orelha, mas prestava atenção na conversa. Depois falou com alguém do outro lado da linha. - Não demora, Bianca. Beijos - e desligou.

- Alguém vai contar? - Os olhos verdes reviraram, irritados.

- Você conta? - Mari cruzou os braços.

- Conto. A Marcela me viu beijando uma garota na boate e eu correspondi o beijo.

- Você o quê?! - Ivy quase gritou. - O que você tem na cabeça, Gizelly?!

Quando a mais nova ia responder, Mariana falou primeiro:

- Ela não vai querer ver a sua cara tão cedo.

- Eu vou atrás dela.

- Você vai se machucar e acabar machucando ela - Rafa também estava de braços cruzados. Parecia que estava em uma delegacia, que saco. - E ela planejou a festa.

- Eu vou trazer ela para a festa - piscou um dos olhos e, antes mesmo que alguém pudesse responder, virou as costas e saiu correndo do restaurante.

Como estava na Barra, decidiu primeiro ir até a casa dela. Como haviam se entendido, acabou não devolvendo as chaves. Descobriu também que ainda tinha a entrada liberada para subir para o apartamento. Então nem comunicou que estava chegando, somente subiu, mas quando entrou, descobriu que ela não estava lá. Aproveitou então, mesmo sabendo que ela provavelmente estava pensando em ir até ali alimentar Natasha mais tarde, colocou a comida da bichinha e saiu correndo logo depois do apartamento.

Desceu pela escada mesmo, pois não queria perder tempo esperando elevador. Então pegou o carro e dirigiu até Santa Teresa. Estava ficando nervosa, provavelmente ela não iria querer atender. Estava se sentindo uma idiota, a pior pessoa da face da terra. Estava tudo dando certo e fez essa merda, não sabia o que fazer. Nunca tinha ido atrás de ninguém, todas as vezes que havia feito merda, sempre bateu o pé, fez birra até a pessoa desistir e ficar tudo bem outra vez.

Mas não podia ser assim para sempre, precisava ir atrás dela. Não podia deixar escapar a chance de tentar consertar tudo, de pedir perdão, embora soubesse que ela não aceitaria. Tentaria da mesma forma, se humilharia se fosse preciso.

As lágrimas estavam agarradas, pois tentava ao máximo não chorar. Respirou fundo quando parou de frente para o portão de ferro e finalmente tocou a campainha. Estava tão nervosa que não conseguia ficar parada, foi para a calçada, voltou, passou as mãos no cabelo, se agachou, levantou, então Mariane abriu o portão e arqueou as sobrancelhas quando a viu.

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