Oito.

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Não sei nem como começar a pedir desculpas pela demora, visto que nunca demorei assim.

Duas semana muito corridas e capítulo um tanto quanto difícil de escrever, mas saiu :)

Aproveitem!

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Rafaella não era de se estressar facilmente, entretanto, ultimamente os dias que passava na chácara, em vez de relaxar a mineira, a perturbavam mais ainda.

Mesmo com Flavina a ajudando em tudo que podia, já sentia a sobrecarga de seu trabalho naquela manhã.

Não havia dado nem onze horas da manhã e já estava na correria. O fato de ter antecipado seu voo para São Paulo naquele momento parecia ter sido uma péssima ideia, visto que teria que estar no aeroporto de Goiânia em duas horas e ainda tinha mais uma reunião para participar.

— Fla... — Entrou em seu quarto a procura de Flavina.

Para sua leve decepção, se deparou apenas com sua mãe e Daniel em uma conversa que foi prontamente interrompida com sua chegada.

Rafaella encarou as duas expressões culpadas em sua frente.

— Ela desceu, filha. — Sua mãe retomou a postura e sorriu enquanto fechava mais uma mala. — Eu e o Dan estamos aqui terminando de arrumar suas roupas... — Explicou ao notar a mineira analisando o ambiente. — Agilizar!

— Por que cês ficaram mudos quando eu apareci? — Franziu o cenho adentrando mais ao quarto. — Que conversa era essa que eu não podia saber?

— Tá doida, filha? — Forçou uma risada e encarou o homem que permanecia calado dobrando algumas blusas de Rafa. — Estávamos apenas comentando o tanto de roupa que cê leva e trás de São Paulo pra cá todas as vezes.

— É isso, Rafa. — Daniel disse mostrando um sorriso cúmplice para Genilda. — Tem necessidade disso tudo? — Encarou três malas espalhadas pela cama.

— Tem, uai. — Foi em direção a sua penteadeira e ligou seu notebook, se preparando para a reunião. — Eu trabalho normalmente quando eu estou aqui, preciso tirar fotos, gravar vídeos, fazer publis... — Explicou quase impaciente. — E tudo isso requer esse tanto de roupa.

— Ta vendo dona Genilda, se relacionar com blogueira é assim mesmo. — O homem soltou uma risada presunçosa e recebeu um sorriso da mãe de Rafaella.

A mineira estava tão ocupada que nem parou para estranhar a aproximação repentina dos dois.

— Vou descer para procurar a Flavina pra você, filha. — Beijou a testa de Rafaella, que continuou encarando a tela do notebook antes de responder.

— Obrigada, mãe. — Agradeceu. — Sei nem o que seria de mim sem a senhora, não.

— Agradece o homem ali também porque ele foi de grande ajuda hoje, viu? — Alertou a mineira antes de sair do quarto.

Rafa levantou o rosto para encarar Caon que terminava de arrumar sua mala em silêncio.

— Ei...— Chamou a atenção do homem que levantou o olhar com um sorriso de canto. — Cê tem certeza que quer ir pra São Paulo hoje comigo?

— Quero, Rafa! — Afirmou. — Estamos precisando de mais um tempinho juntos, além do mais eu já comprei a passagem. — Falou vendo Rafaella suspirar.

— É só que essa semana eu to cheia de trabalho fora. — Explicou. — Tenho que ficar indo no escritório, além de vários ensaios... — Continuou. — Sei lá, só não quero que cê se force a ir e eu não consiga te dar alguma atenção.

Flores (Rabia)Where stories live. Discover now