Ligação Inesperada

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— Dean? Dean Winchester? — A voz que emana do celular de Dean faz seu coração bater acelerado. O rapaz acabara de ter um sobressalto ao acordar quando o toque irritante do aparelho se espalhou pelo ambiente. 

— Sim...? — Ainda deitado, ele encara o teto enquanto processa as coisas. — Quem é? 

— Jully... Jully Nichols. — A voz da mulher falhou assim como o coração de Dean que errou as batidas. 

— Como conseguiu o meu número? — A mulher do outro lado havia passado por sua vida e deixado lembranças de um passado distante, mas que agora se encontra próximo o bastante para ser lembrado. 

— John esteve na cidade há poucos dias. Eu nem sei ao certo porque liguei, não quero te incomodar. — Suas palavras o deixam ainda mais surpreso. O rapaz logo está sentado enquanto sua mente enfrenta um turbilhão.

— John, meu pai?! — Ele repete e logo vem a confirmação. — John morreu há alguns anos, Jully. Você deve ter se confundido. 

— John esteve aqui! É impossível não reconhecê-lo. — Contesta. 

— Não saia de casa. Eu chego aí em algumas horas! — Dean encerrou a ligação antes de ouvir uma resposta. 

Há algo muito errado. É impossível John estar de volta visto que seu corpo foi queimado. Sem muito pensar, vestiu a primeira roupa que encontrou e saiu do quarto a passos largos. Para a sua surpresa, Sam e Castiel estão na cozinha enquanto preparam o café da manhã. 

— Caíram da cama?! — Dean os encara assustado. 

— Eu quem pergunto, Dean. — Sam protesta. — Bacon? — Ele tem seu olhar focado na frigideira sobre o fogão. Castiel observa tudo do balcão. 

— Não tenho tempo. — É direto. — Acho que temos um problema. Eu ligo assim que eu descobrir alguma coisa. 

— É só isso? — Castiel questiona. 

— Sim. — Acena. — Você pode ajudar o Sam por aqui... 

— Dean! — E ele se foi rápido demais. 

— O que será que aconteceu, Sam? — Castiel se aproxima do rapaz que desiste do bacon. 

— Seja o que for o tirou da cama... Devemos estar preparados.

Lawrence, Kansas.

— Eu te disse para não sair de casa! — Dean reclama ao encontrar Jully no restaurante que costumava frequentar quando mais novo. A mulher diante do balcão o encara com tamanha surpresa. 

— E eu te digo que não posso simplesmente parar a minha vida sem nenhum motivo aparente. — Avisa ao observar o rapaz se aproximar e sentar no banco ao seu lado. — E por sinal, você não mudou nada. — Seu olhar avalia o rosto impassível de Dean. 

Mas na cabeça do rapaz há uma confusão rolando. Primeiro a aparição de John, depois a ligação de Jully... Havia algo muito estranho acontecendo ali.

— Você também não. — Responde simples. — Não temos muito tempo, então é bom você me explicar o que aconteceu por aqui. 

— Quer um café? É por minha conta. — Ela é simpática, mas Dean recusa e pede uma cerveja. Não há melhor. 

— Então John esteve aqui? — Ele dá início. 

— Sim, há cinco dias. Ele parecia bem, pude reconhecê-lo de longe. — Ela sorri com a lembrança. 

— E você falou com ele? — Ele a questiona. 

— Na verdade, John quem falou comigo, tomamos um café bem aqui. — Explica. — Ele disse que estava apenas de passagem e que veio visitar os antigos amigos. 

A Filha de Dean Winchester (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora