Em busca do Castiel

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Ponto de vista - Dean

— Então é isso, deixamos a Kate para trás e saímos por aí sem rumo? — Poucos minutos depois de pegarmos a estrada Sam resolveu me questionar.

— Oh Sam, será que dá pra você me dar um tempo pra pensar? — Perguntei sem desviar minha atenção da estrada.

— É claro que não, Dean! — Ele insistiu. — Sabemos que não é seguro deixar a Kate fora do bunker.

— Oras Sam, ela está com Bob. Ele pode protegê-la tão bem quanto nós dois juntos. — Aponto, o que é facilmente verdadeiro. Bob sabe bem o que faz. — Aliás, por que não liga para o Castiel? Ele pode nos ajudar a descobrir alguma coisa.

— Tudo bem... — Mesmo aparentemente contrariado, Sam fez o que pedi. — Direto pra caixa postal... — Avisou. — Da última vez que o Castiel sumiu vimos os anjos caírem do céu.

— Ah claro, ele ainda deve estar por lá. Ele havia falado algo sobre a rádio dos anjos. — Completo. — Temos que encontrar um jeito de falar com ele.

— Bom... Podemos tentar algum ritual. — Sam sugeriu. — Isso nos leva de volta até o Bob.

— Não, Sam... Seria arriscado demais... Eu tenho outra coisa em mente. — Afirmo ao pisar fundo no acelerador.

Ah, mas eu vou estapear o Castiel assim que o encontrar. Oh anjo para me deixar de cabelos em pé. Não teve um dia sequer que eu pude respirar tranquilo desde que ele apareceu em nossas vidas. Castiel havia me resgatado do inferno há uns quatro anos...? É, por aí.... Confesso que no início me foi realmente difícil digerir essa ideia. Castiel era cheio de mistérios e era tão impenetrável quanto eu. Éramos incompatíveis e eu um grande teimoso... Um cabeça dura. Me pergunto se em algum momento ele não havia se arrependido de ter me tirado do inferno... Quero dizer, eu nem o queria por perto... Mas Castiel sempre esteve por perto, sempre estava disposto a qualquer coisa para que Sam e eu estivéssemos fora de perigo. É por esse e por outros diversos motivos que não consigo ficar tranquilo todas as vezes que ele sai sem me explicar o que está se passando.

Eu sei, ele é um anjo, tem sua graça e com certeza tem mais chances que eu e Sam em uma luta, mas levando em conta o caos que enfrentamos ultimamente, sair sozinho é um risco que não deveríamos correr.

Nebraska

— Roadhouse? — Sam questionou assim que estacionei o carro em frente ao bar. — É sério que quer passar a madrugada inteira bebendo enquanto temos um anjo pra invocar?

— Não seja resmungão, Sammy. — Ele me encarou irritado. — Ellen e Jo podem nos ajudar com o feitiço. — Apontei o óbvio.

— É sério? — Sam parece descrente ao me acompanhar pra fora do carro. — Ellen disse que não queria te ver de novo depois que levou a Jo pra caçar.

— Estamos em apuro, Sam. Ela não vai nos negar ajudar. E sem contar que querendo ou não, Jo voltou pra casa com apenas uns arranhões e foi ela quem decidiu me seguir.

— Dean... Dean...— Murmurou e sem um pré-aviso foi direto para o bar. Tive que apressar os passos para alcançá-lo.

Visto o horário, o bar estava vazio... A não ser pela vislumbre silhueta da loira atrás do balcão que logo nos alcançou com o olhar.

— Uh, vejam se não são os Winchester's. — Ela pareceu surpresa.

— Oi, Jo. — Sam a cumprimentou ao sentar diante do balcão. O acompanhei.

— Oi, Sam... — E foi inevitável, seu olhar caiu sobre mim. Aposto todas as minhas cartas sobre o fato dela ter um quedinha por mim... E não vou negar... Jo é uma gracinha. Nesse momento não posso evitar um sorriso nos lábios. — E Dean. — Completou. — O que fazem por aqui? Se a minha mãe ver vocês... — Sam a interrompeu já que eu estava ocupado demais a encarando.

A Filha de Dean Winchester (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora