John

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(...)

Sherlock ri, um riso sensual.

-Adorável, John. -Ele fala, enfim me puxando para seus lábios.

Diferente de nosso primeiro contato, que havia sido totalmente tímido e sem real conhecimento do que deviamos fazer, aquele foi objetivo e sem rodeios. Minhas costas estavam pressionadas na parede fria, Sherlock segurava firme minha nuca, o único contato que tínhamos, tirando nossos lábios, eram minhas mãos em sua cintura. Como eu era um pouco mais baixo que o homem à minha frente, o mesmo precisava se curvar de leve para alcançar minha boca, fazendo com que seu tronco ficasse distante do meu. Sherlock estava mais desinibido, sua boca sedenta, beijava meus lábios com vontade, deixando mordidas de leve em meu lábio inferior, aproveito aquele momento, ninguém estava ali para nos ver, ninguém saberia, era nosso momento, óbvio que uma voz dentro de mim falava para não seguir... Mas tento silencia-la, precisava colocar todo o sentimento que à dias estavam guardados dentro de mim, naquele beijo. Uso minha língua para ter mais acesso aos lábios do mais alto, era interessante sentir Holmes no comando, mas não deixaria ser assim... Eu era o soldado ali. Aperto a cintura do homem, com força o suficiente para senti-lo arfar em meus lábios, saio de sua boca e beijo seu maxilar, passando a língua, provando seu gosto, que era muito bom por sinal... Havia algo que eu desejará fazer à muito tempo, que era beijar aqueles três pontinhos pretos em seu pescoço, as estrelas em um céu branco, as pintas delicadas que coloriam o pálido da pele de Sherlock Holmes. Vou a cada uma delas, depositando um beijo demorado em ambas, sinto a pele do mesmo se arrepiar. Sherlock tira a mão de minha nuca, apoiando-a na parede assim como a outra, me sentia em um casulo, protegido por aquele homem, que agora respirava acelerado, com o pescoço inclinado para o lado, olhos fechados e boca entre-aberta. Era incrivelmente bom vê-lo tão entregue, subo minhas mãos em seu peito, indo até seu pescoço, engatando meus dedos em seus cachos negros. Ele abre os olhos, sua Iris azul quase transparente, era tão belo que fazia me esquecer do que estava fazendo.

-John, tudo bem? -Ele Pergunta umidecendo os lábios, e enrugando atesta.

-Fazia algum tempo que queria beijar suas pintas. -Digo ficando um pouco sem jeito, era meio desconcertante admitir aquilo. Sherlock sorri de leve, fingindo surpresa. -Pelo amor de Deus, pelo menos finge que está surpreso Sherlock.

-Realmente estou surpreso John. -Ele diz divertido. -Não sabia ao certo se era minhas pintas, ou meus labios... Enfim, descobri hoje.

-Ah seu metido. -Falo revirando os olhos.

-Não se disperse Watson, estava muito empenhado... Continue. -Ele diz levemente sem jeito, me olhando.

-Okay Holmes, se vamos fazer isso, terá de ser do meu jeito. -Digo firme. Sherlock tira as mãos da parede, colocando ambas nos bolsos da calça, me lançando um olhar curioso.

-Poderia ser mais específico Watson? -Ele fala franzindo o cenho.

Olho para a cama e novamente para ele, se realmente fosse esperto entenderia o que estava querendo dizer com aquele gesto. E como previsto Sherlock entende de imediato, vejo a surpresa em sua face, e um leve divertimento. Ele inclina a cabeça para o lado com falsa preplexidade, daquele seu jeito todo sabe-tudo.

-Você quer que eu vá até a cama...

-Exato. -Confirmo sério.

-E quer que eu faça mais alguma coisa em específico? -Ele pergunta com um quê de espanto forçado.

-Apenas vá até a cama Sherlock, é tão dificil fazer o que eu mando? -Falo bufando, o mais alto não esconde o divertimento.

-Sim senhor. -E então Sherlock caminha até a cama, parando em frente a mesma com aquele seu olhar que me deixava furioso. -Devo me sentar?

Caminho até ele, estava de costas para mim, passo meus braços ao seu redor, lhe virando para mim sem muita gentileza.

-Porque é tão complicado para você, receber ordens? -Pergunto lhe colocando sentado na beirada da cama, fico em pé a sua frente. Sherlock levanta os olhos para mim, já não sorria, tinha um olhar quente e ansioso.

-Porque nunca aprendi a cumpri-las, apenas à quebra-las. -Ele diz rouco, olhando firme em meus olhos.

-Então terei de lhe ensinar Holmes.

Me inclino para frente, empurrando com a mão esquerda o peito do moreno, lhe fazendo deitar de barriga para cima em sua cama. Sherlock usava sua camisa de botões preta e calça social, roupas que normalmente usava no dia-a-dia, suas pernas estavam entre abertas, posiciono um de meus joelhos entre suas pernas, e o outro na lateral de seu corpo, ficando parcialmente em cima dele.

-Devo fazer mais alguma coisa, Dr. Watson? -Sherlock pergunta sorrindo de canto.

-Sim, cale a boca.

E então volto a beijar seu pescoço, tendo agora maior acesso a seus pequenos três pontinhos negros abaixo do maxilar. Mantinha uma mão de cada lado do corpo do Homem, sem lhe encostar novamente, ainda era algo que não conseguia fazer, quanto menos contato físico, menos constrangido me sentia. Beijo toda a extensão de seu pescoço, com lentidão e intensidade, aquilo era um teste para ver até onde o meu caro amigo aguentava sem estar na liderança. E devo admitir que era incrivelmente divertido vê-lo submisso. Pressiono meu joelho mais para o centro de suas pernas, não por vontade própria, mas sem querer, e lhe ouço gemer mais para si mesmo do que para mim, e aquilo age como um gatilho em meu íntimo, ouvir seus sons de prazer era demais para mim. Subo para seus lábios, lhe beijando com carinho, com todo o sentimento que só sabia crescer dentro de mim, absorvento toda a sensação que o cacheado me causava, gravando seu sabor em minha mente, decorando seu perfume... Muito intenso e aveludado...
Então as mão de Sherlock tocam minha cintura, seus longos dedos encostando em minha pele exposta, subindo por baixo de meu pijama, indo até minhas costas, era uma sensação diferente, seu toque era suave porem urgente. Permaneço beijando seus lábios, sem pressa e suas mãos subiam e desciam em minhas costas, sabia o que estava acontecendo com meu corpo, e se não parece logo, não poderia mais me conter.
Me afasto, deitando ao seu lado na cama, sinto os olhos de Sherlock em mim, mas não poderia lhe olhar... Não naquele momento. Ficamos em silêncio por um longo tempo, minha respiração precisava ser controlada para que meu corpo voltasse ao normal, sabia que meu amigo também estava se recuperando do ocorrido. Após um tempo, digo ainda com os olhos no teto do quarto.

-Preciso ir dormir.

-Realmente acredito que deva estar exausto John. -Sherlock fala com tranquilidade, viro minha cabeça para ele, que também me olhava. O inesperado contato visual me causa arrepios na espinha, pigarreio.

-Então...acho que vou para meu quarto. -Digo sem mover um músculo se quer, meus olhos me traiam ao focar nas três pintas no pescoço do homem à minha frente.

-Acredito que você tenha duas opções. -Sherlock fala percebendo meu interesse em seu pescoço, desvio o olhar.

-Tenho? -Pergunto intrigado, contendo a súbita vontade de voltar a lhe beijar.

-Obviamente. -Ele fala com sabedoria. -Pode ir para seu quarto, vazio e silencioso, ou dormir aqui...

-... Acho melhor eu ir...

-Fique calmo John, não estou lhe propondo nada obsceno... Apenas estou lhe dizendo que se quiser, pode dormir aqui. -Sinto meu rosto corar, Sherlock me olha divertido.

-De qualquer forma, acho melhor ir para meu quarto...

-E porque acha isso? -Ele Pergunta voltando à me interromper.

-Porque posso não conseguir dormir estando aqui. -Digo com sinceridade. Pela primeira vez em anos vejo meu amigo ficar tímido, até mesmo envergonhado, e aquilo era divertido.

-Hmm, bom, então concordo que deva ir para seu quarto Watson, precisa mesmo de algumas horas de sono, sua cara está péssima. -Sherlock fala sentando-se na cama.

Vou para meu quarto, desejando boa noite ao meu companheiro, com uma troca de olhares significativa e cheia de promessas.

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Mano 😏😏😏😏

Aprendendo a Amar (Em Revisão)Where stories live. Discover now