Sherlock

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Dormir... Era algo quase improvável naquela noite, John Watson havia mexido seriamente com minha mente e meu corpo. Nunca senti algo como o que o mais baixo havia me feito sentir; demoro horas à fio relembrando cada segundo vivido naquele quarto, ainda sentia o cheiro de John em minha pele, mesmo tendo nos tocado tão superficialmente, aquilo valerá por uma vida inteira.
Adormeço, minha mente ainda agitada formulou sonhos estranhos e sem muito sentido, fazendo com que não conseguisse realmente descansar.
Acordo na manhã seguinte, me sentindo muito exausto, mas com um vigor diferente, quase que ansioso... Sabia que encontraria John acordado, fazendo algo aleatório na sala. E lá estava ele, sentado à mesa, tomando seu café e folheando o jornal.

-John... Que horas São? -Pergunto bocejando enquanto ia em sua direção. O mesmo olha o relógio em seu pulso, e lavanta os olhos para mim enfim, logo se mostrou desconfortável.

-São oito e quize da manhã... -Ele pigarreia, me sento à sua frente. -Sherlock, você novamente está só de lençol...

-Sim, algum problema? -Pergunto colocando café em uma xícara.

-Bom, nenhum...

-Então, sei que Rosie não está por aqui, dessa forma não tenho porque me vestir, não temos casos para desvendar hoje. -Digo lhe observando enquanto levava a xícara aos meus lábios. John ainda vestia seu pijama, parecia ter acordado à pouco.

-Certo...

-Algum problema John? -Pergunto franzindo o cenho, apesar de tudo o que haviamos passado na noite anterior, John Watson ainda se sentia desconfortavel.

-Não... Nenhum, nenhum problema.-Ele fala folheando aleatoriamente seu jornal.

-Ótimo. -Digo tranquilo. -Dormiu bem?

John levanta os olhos para mim, um pouco sem jeito, mas sorri de leve.

-Ahn, dormi sim... E você?

-Digamos que sim. -Falo tomando o resto de meu café. -Acontecimentos da noite anterior afetaram minha capacidade de dormir rapidamente, sendo assim... Tive insônia.

John pigarreia como de costume, era seu jeito de demonstrar desconforto, mas sua face parecia divertida.

-Espero que consiga dormir melhor essa noite, então. -ele fala voltando olhar seu jornal, sorrio com o comentário.

-Ou não dormir... Enfim, só vivendo para saber. -Digo levantando da mesa, lhe deixando sozinho. Sabia que isso lhe deixaria visivelmente envergonhado, e para facilitar saio de perto.

O dia passou se arrastando, Lestrade apareceu no meio da tarde para pedir auxílio em um caso de assassinato nos trilhos da estação de St. Jame's Parker, que facilmente pude desvendar apenas pela lapela do paletó do defunto. Um fio de cabelo loiro estava enroscado no botão e uma marca de arranhão logo abaixo da mandíbula, indicava que havia sido assassinado pela ex-esposa ciumenta.

-Por Deus Gevin, me traga apenas casos que crianças de 8 anos não consigam desvendar. -Digo bufando ao abandonar as imagens do assassinato.

-Pensei que iria gostar desse. -Detetive inspetor Lestrade fala um pouco decepcionado, entregando à John a analise forense.

-Ahh, não me diga? -Falo ironicamente.

-Sherlock, se controle. -Ouço John falar de sua poltrona.

-Céus, vocês se contentam com tão pouco...

-É de vidas que estamos falando Sherlock... -Lestrade fala com firmeza.

-Tédio...

-Deixe ele Greg, Sherlock não sabe ter consideração a esse tipo de coisa. -John fala guiando Lestrade até a porta de saída.

Aprendendo a Amar (Em Revisão)Where stories live. Discover now