Capítulo 3

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 Atravessamos o lago completamente hipnotizados pela visão do grande castelo onde passaríamos os próximos sete anos de nossas vidas. Quando finalmente os barcos entraram no castelo, nos deparamos com uma escadaria comprida, onde Minerva McGonagall estava parada.

Sorri para ela, por mais que estivesse com medo de sua expressão severa.

Seguimos a professora pelos corredores de pedra até pararmos em frente a uma grande porta de madeira. Atrás dela, eu conseguia escutar centenas de vozes animadas.

A Professora McGonagall, então, fez um pequeno resumo de Hogwarts, assim como Hermione havia feito para mim no trem. Harry pareceu preocupado ao escutar que seríamos selecionados para as casas.

– Não se preocupe – sussurrei para ele. – Eles não pediriam para fazermos nada que ainda não sabemos.

No entanto, eu também estava com um pouco de medo.

Ele assentiu.

– TREVO! – gritou Neville.

Olhei para o lado e vi Neville pegando uma pequena mancha do chão, seu sapo, Trevo. A Professora McGonagall olhou para ele, severamente.

– Desculpe – ele disse, voltando para seu lugar no grupo.

A Professora McGonagall pediu licença, e disse que iria ver se já podíamos entrar no salão.

Nesse momento, Draco Malfoy saiu de onde estava e veio até nós, parando em frente a Harry. Dois garotos o seguiram e pararam ao seu lado.

– Então é verdade – ele disse. – Harry Potter veio para Hogwarts.

Todos à nossa volta arfaram.

– Esses são Crabble e Goyle – disse Draco, apontando para seus amigos. – Eu sou Malfoy. Draco Malfoy.

Fiquei irritada com a diferença de tratamento entre mim e Harry. Não que eu quisesse ser amiga de Malfoy, que era claramente metido à besta, mas ele estava se apresentando com relativa gentileza para uma pessoa que ele não conhecia, simplesmente por causa de sua fama.

Rony deixou escapar uma risadinha.

– Acha meu nome engraçado? – Malfoy perguntou. – Eu não preciso nem perguntar o seu. Cabelos ruivos, vestes de segunda mão. Você deve ser um Weasley.

Os dois se encararam por um momento e Malfoy se virou novamente para Harry.

– Algumas famílias de bruxos são melhores do que outras. Você não vai querer ser amigo da pessoa errada – disse ele, passando os olhos de Rony e os pousando em mim por alguns instantes. – Posso te ajudar com isso.

Draco então sorriu e estendeu a mão a Harry.

– Eu posso ver sozinho que é a pessoa errada – disse Harry com firmeza, ignorando a mão estendida de Draco.

Tentei segurar o sorriso, mas eu estava extremamente feliz. Harry havia nos conhecido naquele mesmo dia, e já estava comprando briga com supostas grandes famílias bruxas por causa de lealdade.

McGonagall voltou e fez com que Draco saísse do meio do corredor.

– Bom, vocês já podem entrar – ela disse.

As portas se abriram revelando um salão muito grande. Quatro mesas compridas apinhadas de alunos ocupavam a maior parte do salão, e uma mesa perpendicular a elas ficava ao final com o que presumi serem os professores.

Várias velas flutuavam entre nossas cabeças, mas o mais impressionante era o teto. A falta de teto, na verdade. Era como se estivéssemos deitados ao ar livre, encarando um céu estrelado.

The Chosen OneWhere stories live. Discover now