Capítulo 5

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 Havia uma única coisa que fazia os meus dias em Hogwarts não tão bons quanto eles poderiam ser: Draco Malfoy. A abelha rainha da Sonserina havia decidido que seu novo passatempo favorito era fazer nossas vidas um inferno.

Ele tinha sua vantagem máxima nas aulas de poções, já que o Professor Snape era diretor da Sonserina e também não gostava de nós. As duas horas de aulas que tínhamos pareciam durar uma eternidade, com Malfoy e seus comparsas estragando nossas poções e dedurando qualquer movimento nosso para Snape.

No fim de uma aula que pareceu durar anos, fui guardar meus ingredientes e materiais na bolsa quando vi alguém parado ao lado da minha mochila.

– Muito boa a Poção de Enxofre da Lua que você fez hoje, Bennet – disse Malfoy.

O encarei, desconfiada.

Aquilo não poderia ser apenas um elogio.

– Aposto que o Weasley sentiu saudades de casa com o cheiro familiar – ele continuou.

Crabbe, Goyle e Pansy Parkinson caíram na risada, como sempre. Eu não duvidaria se eles fossem projeções holográficas mágicas programadas para rir das piadas de Malfoy. Esse era o único traço de personalidade que eles pareciam ter.

Sorri.

– Eu também reconheci o cheiro de algum lugar! – exclamei, com animação forçada.

Malfoy sorriu, achando que eu tinha me enrolado com minha resposta, mas eu me aproximei dele e cheirei seu cabelo.

– Exatamente igual! – murmurei.

Seu sorriso presunçoso se fechou imediatamente, enquanto Harry e Rony davam gargalhadas. Até Hermione deixou escapar uma risadinha.

– Vai embora – eu disse a ele, que, de má vontade, obedeceu.

Assim que ele saiu, Rony começou a me aplaudir lentamente.

– Foi maravilhoso – ele disse. – Obrigado.

Dei de ombros.

– Não há de quê – respondi. – Vamos.

Durante o caminho para o Salão Comunal, Harry e Rony continuaram narrando e relembrando a discussão com Malfoy.

– A cara dele quando ela cheirou o cabelo foi incrível! – disse Harry.

Ri.

– Era bem cheiroso na verdade.

Rony abriu a boca para zombar de mim mas sentimos um tremor vindo do chão. Ou melhor, da escada.

– As escadas gostam de mudar! – disse Hermione, que estava nos acompanhando silenciosamente – Eu odeio quando isso acontece.

Harry concordou.

A escada parou em um novo corredor e nós corremos até ele para não corrermos o risco da escada se mover novamente, não era muito agradável. O corredor em que entramos, porém, era escuro e frio.

– Que lugar é esse? – perguntei.

– É o corredor do terceiro andar – Hermione disse. – Dumbledore disse que é perigoso, nós devíamos voltar.

Assentimos.

Nos viramos para voltarmos para a escada e demos de cara com Madame Nor-r-a, a gata de Filch, e isso só poderia significar uma coisa. O próprio logo descobriria que nós estávamos no corredor proibido.

– Filch vai nos matar – Rony sussurrou.

– Corram! – disse Harry, correndo pelo corredor escuro.

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