Aprendendo Uma Lição (Parte 2)

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Aos poucos, ele foi se acalmando, e então, eu soltei minha mão de sua boca, mas não tirei meu peso de seu corpo.

-Ajudar em quê? Você não é um michê?

-Não...

Então, eu expliquei tudo a ele, desde a proposta de trabalho, até a tentativa de fuga frustrada. Tudo bem resumidamente.

No final de tudo, eu não conseguia ler sua expressão.

-Então... você foi traficado?! Meu deus! Eu sou Gabriel. N-não se preocupe, eu vou te ajudar.. do que você precisa?

-Eu quero que você chame a polícia. Eu quero acabar com isso tudo aqui.

Eu não pude controlar o ódio na minha voz.

-Então... vou ver o que eu posso fazer, e na semana que vem eu volto, tá? Para não levantar suspeitas. Se esse esquema é tão.perigosos assim, é o.melhor para nós dois.

Eu não conseguia acreditar. Eu realmente tinha conseguido! Eu estaria livre, em alguns dias!

Eu dei um abraço bem.forte nele, e ele retribuiu meu abraço.da mesma forma.

Eu voltei para o meu posto após uns dez, trinta minutos.

Enquanto eu tomava meu lugar, eu olhei para o Gabriel, e ele me deu aceno de cabeça, quase que imperceptível, que eu retribui.

Eu estava imensamente satisfeito, bebericando um drinque, quando eu o vejo conversando com Paiva, e apontando em.minha direção. Por alguns segundos, eu fiquei paralisado, sem me dar conta de que ele tinha me traído.

Então,.eu me virei e corri o mais rápido que pude, a ponto de ouvir Paiva gritar para um dos seguranças:

-Fechem a boate! Fechem a boaaate!

Ele me alcançou extremamente rápido. E então, eu estava perdido. Simplesmente perdido. Eu tropeço e caio. E levanto meus olhos quando ele começa a falar:

-Ora, ora, ora.... então você acha, que é mais esperto que o pessoal.da TN....

Um chute, uma dor aguda. Uma gemido.

-Então, você quer... "acabar com isso aqui" ?

Hahaaha você não vai conseguir.

Outro chute, outro gemido.

-E ainda por cima, vem desperdiçando clientes? Vem descartando dinheiro? Agora, você vai aprender uma.... hm.. liçãozinha...

Ele me arrastou pela gola da camisa, até o andar de cima, já vazio.

Ele me jogou no chão, e chamou todos os seguranças e as meninas da boate.

-Vocês não aprendem mesmo, não é?!

Ele olhou ao redor, e depois para mim, encolhido no chão.

-Vocês

Um chute.

-Estão.

Outro chute

-Presos AQUI!

Ele me pegou e olhou fundo nos meus olhos.

-Agora você para de frescura, sua bicha.

Ele avançou em mim e tapou minha boca.

Ele rasgou minhas roupas, e me jogou no chão.

Eu estava me sentindo um lixo, um nada.

E só uma pergunta se passava na minha mente naquele instante.

Como...

Como eu fui para alí?

Como eu fui confiar num completo estranho?

Porquê? Porque comigo?!

Eu tentei lutar, mas imediatamente cinco seguranças seguraram meus pés e braços.

E então, ele começou a penetrar em mim.

Eu continuava a lutar, sem resultados....

Em determinado momento, eu parei de resistir. De tentar lutar por algo perdido há muito tempo: minha dignidade.

Ele não se contetou em me estuprar. Ele obrigou cada segurança no lugar, a fazê-lo também.

Não tenho palavras para descrever como eu estava me sentindo. Sujo. Podre. São.adjetivos insuficientes.

De repente, tudo ficou em silêncio, e as luzes foram apagadas.

Eu senti a respiração de alguém no meu pescoço, e tentei me virar para verificar quem era.

-Da próxima, vez... eu vou matar você, está me entendendo?

Eu não precisava me virar para ver.

Paiva.

Eu ouvi os passos dele ecoando no salão.

Tentei me levantar, não consegui, então eu simplesmente fiquei ali, deitado... sentindo meu corpo inteiro doer.

Revenge: As CinzasWhere stories live. Discover now