CAPÍTULO XIX

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As pessoas costumam me subestimar, por eu, simplesmente, ser rica e bonita. Me chamam de mimada, entre outras coisas. Mas eu nunca dou ouvidos, mas quando a pessoa que me subestimar é o homem que amo, aí, sim, eu ligo e muito. Isso me fere, infelizmente, me fere.

— Não conheço ela. — Eduardo se refere a Bárbara. Sua boca fala isso, mas seus olhos dizem outra coisa.

— Eu te conheço, Eduardo. Nessa sua mísera vida, seja sincero ao menos uma vez. — Falo mais alto do que deveria. Ele respira fundo.

— Eu conheci ela há algum tempo, ok? — Assumiu sem me encarar.

— Como?

— Isso não é da sua conta. — Rebate. Arqueio as sobrancelhas, perplexa com a resposta.

Me levante da mesa preparada para ir embora. Ele quer ser idiota? Pois seja, mas não comigo. Antes que eu saia, ele segura meu pulso, tento me soltar, mas ele é firme.

— Aonde vai?

— Bem, você disse que sua vida não é da minha conta, o que vou fazer aqui? Não temos mais nada, não é mesmo?

— Eu a conheci em uma corrida... foi logo após o seu aniversário. Tentei falar com você várias vezes, mas não me deixavam passar nos portões da sua casa. Minha entrada estava proibida e você não atendia nenhuma ligação. Poxa, eu fiquei preocupado. Eu fui idiota de não tê-la afastado a tempo e sei que isso não tem perdão. — Ele ainda segura meu pulso. Me solto e volta a me sentar. Na foto não dava para ver o rosto dele, o meu estava mais nítido e como a foto fora vazada com uma data, qual eu não havia assumido estar namorando ele, não o ligaram ao caso. — Eu fui correr e perdi... e então ela apareceu, dizendo ser sua amiga e que poderia me ajudar a falar com você. Conversamos e conversamos e alguns dias depois, ela me deu notícias suas, disse que você não queria ser contactada por enquanto e eu entendi, não quis pressionar. Em outra corrida, ela me pagou para correr com ela e eu estava precisando do dinheiro, então aceitei. E é isso. — Finaliza. Ela me pareceu muito sincero. A ajuda dela, ele aceita e a minha não?

— Você aceita ajuda de outra mulher, mas não da sua namorada? — Não me seguro. — Ex-namorada. — Me corrijo.

— Por que você não deixa essa sua ignorância de lado, para conversarmos?

— Está me chamando de ignorante? Eduardo, você vai devolver esse dinheiro para ela, HOJE. E nem pense em negar, estarei sendo informado sobre cada passo seu. Me diz o valor e eu te dou.

— Você é impossível. E não, eu não irei te dizer nada, até porque, como você disse, não temos mais nada. Não é mais da sua conta o que faço ou deixo de fazer.

— Não ouse me desafiar, Eduardo. Você vai devolver e pronto, independentemente de termos algo ou não. Isso é outro assunto. Só saiba que ela não é confiável. — Tento alertar.

— Por quê? Por que todo esse medo de eu ter contato com ela?

— Estarei sabendo sobre cada passo seu. — Finalizo e me levanto da mesa e saio, sem dá tempo de ele me impedir.

🌸

Eu e Eduardo não nos entendemos, acabou que nos desentendemos. Eu não darei o braço a torcer e ele muito menos. Mas sério, como ele aceita ajuda de uma desconhecida, pois ela diz ser minha amiga, contudo, não aceita a minha, que sou... era sua namorada? Que orgulho mais idiota e seletivo é esse?

Minhas redes sociais já estão na ativa, por isso assim que cheguei em casa, segui direto para meu closet de bolsas, para gravar alguns vídeos para meus seguidores.

Patricinha (✔)Where stories live. Discover now