Beach Love - Mirandy

17 - Castigo e Vingança

— Santé!

Miranda teve mais uma surpresa na grande noite. Depois que Nigel e Emily foram para seus aposentos, Andrea a levou até o banheiro onde haviam pétalas de rosas espalhadas pelo chão, velas e taças. Ela pediu champanhe e preparou a banheira com bastante espuma, essências e pétalas. Durante o banho trocaram carícias, brindaram e conversaram.

— Soube que Nigel passou dos limites, mas me conte como ele conseguiu te tirar do sério para eu saber como irei puní-lo.— Miranda perguntou antes de virar a taça de champanhe e colocar na borda da banheira para ter as mãos livres deslizando sobre o corpo escorregadio de Andrea.

— Bom, eu fui do inferno ao céu. Minha namorada estava me ignorando há dias, mas eu pensei: vai passar quando eu fizer o pedido. Até eu vê-la com uma biscate. — Miranda riu e a abraçou, deitando em seu ombro. — E eu juro, Mi, eu não sou ciumenta, eu confio em você e não passou pela minha cabeça que você estava me traindo, se passasse eu teria ido embora. Mas eu achei que fosse me deixar, principalmente quando me chamou de amiga. Aquilo me partiu.

— É, eu admito que fui muito longe. Eu não achei que você fosse se importar tanto em me ver apenas almoçando com uma mulher.

— Apenas almoçando? Você tocou nela! Eu devia arrancar sua mão!

Miranda gargalhou e beijou o pescoço dela, antes de roçar carinhosamente o nariz na pele macia.

— Eu concordo, mas se fizesse isso eu teria uma mão a menos para enterrar em você.

Andrea se inclinou e deu uma leve mordida no queixo de Miranda.

— Enfim, eu achei que você iria me abandonar, chorei horrores, mas eu estava otimista, eu pensei: vai passar quando eu fizer o pedido. Então, Nigel disse que você transava com ela.

— Ele o quê!? — Miranda recuou rapidamente, fazendo a água da banheira farfalhar e molhar o chão. O sorriso morreu no rosto da editora e deu lugar a uma expressão perplexa.

— O que você ouviu, disse que você estava afogando as mágoas com ela, algo assim.

— Eu não pedi pra ele dizer isso, não achei que ele fosse longe assim. Me perdoe, querida.

Ela deu um beijo suave nos lábios de Andrea, segurando seu queixo, afastou um pouco o rosto e a fitou esperando a resposta. Andrea sorriu como uma adolescente apaixonada.

— Você sabe que se me pedir perdão assim é impossível eu não dar.

— Francamente, Andrea! — Miranda sorriu e revirou os olhos. — Eu estou falando sério. Não era pra chegar no ponto em que você joga um vaso na parede, você poderia ter tido uma síncope ou pior. Eu sinto muito por isso, querida.

— Eu estou viva e não matei ninguém, isso é o que importa. E eu jamais acreditei que você estava dormindo com ela. — Deu de ombros.

— Nosso amigo exagerou na dose. Eu sabia que a ideia de envolver Crissy era péssima, mas ele acabou me manipulando. O que não me exime da culpa.

— Eu não sei o que é pior, você ser manipulada por ele ou assumir isso. — Andrea arqueou uma sobrancelha lançando um olhar provocativo. — Em que bordel você arrumou aquela meretriz?

— Nigel a conhece. Ele disse que eu era uma excelente atriz e que devia aproveitar para usar meus talentos, garantiu que daria certo e que se funcionasse ele seria o padrinho.

— Bom, funcionou. Embora seria suficiente você marcar um jantar para conversamos como adultas ao invés de armar esse circo todo. — Apesar de estar séria, o tom de Andrea era tranquilo.