O Garoto dos Olhos Castanhos (STEREK)

21. O Fim De Uma Jornada

(Atenção ! Os capítulos 19, 20 e 21 foram postados ao mesmo tempo ! Se não recebeu as notificações, volte ou avance pata ler os capítulos.)

UMA SEMANA DEPOIS …

DEREK

Fecho os últimos botões do terno, ainda sem acreditar realmente que o que estava acontecendo … estava MESMO acontecendo.

Era incrível e surreal, mas eu sentia essa energia sutil me contagiando, desde que eu acordei, hoje de manhã.

Era uma energia tão diferente. Tão boa e pura, que eu não sabia como reagir a ela.

Era completamente diferente do que eu senti, nas 2 vezes em que iria casar com a Leila. (CAPÍTULOS 2 E 18)

Coloco a gravata, cuidadosamente, tentando interpretar o que estava sentindo.

Eu me sentia tão … feliz.
Tão completo.

Como se soubesse exatamente QUEM eu sou.

O que queria alcançar.
E para onde estava indo.

Termino com a gravata e viro o rosto, andando lentamente até o espelho.

Observo o terno impecável e o cabelo penteado. Os meus olhos verdes incrédulos e animados. A barba perfeitamente aparada.

E um sorriso que eu não conseguiria disfarçar, nem se quisesse.

Os meus dias não eram mais uma luta, onde eu me esforçava para colocar um sorriso falso no rosto, apenas para parecer bem.

Não.
Eu ESTAVA bem.

Eu não era mais aquele homem frio, triste e distante, que sempre fugia de si mesmo.

Eu não era mais aquele homem que apenas existia, sem qualquer razão para viver ou mesmo para sorrir.

Eu existia.
Eu estava vivendo.
E amando.

Eu iria me casar. Com o HOMEM que eu amo. E estava … muito feliz, por dentro e fora. Tão feliz que nem acreditava.

Ouço uma leve batida na porta, que se abre lentamente.

- Oi. - Minha mãe fala, me admirando. - Nossa. Filho, você está tão lindo.

- Obrigado. - Sorrio, sincero.

Me olho no espelho, enquanto ela anda até mim, ficando ao meu lado.

- Eu sempre quis ver esse sorriso no seu rosto. - Ela confessa. - E pensar que eu passei tanto tempo impedindo que ele surgisse …

Fico em silêncio, enquanto a minha mãe encosta a cabeça no meu ombro.

Eu não queria pensar em qualquer ressentimento que eu poderia ter por passar tantos anos não sendo quem eu realmente era.

Eu não queria viver no passado.

Tudo o que eu queria era viver o presente, tendo esperança de que o futuro será ainda melhor do que o agora.

Seguro a mão da minha mãe, comunicando isso a ela.

- Vamos descer ?

- Sim. Claro. - Ela passa a mão no cabelo, não querendo ter ressentimentos também. - Todos estão te esperando.

Andamos até a porta e passamos por ela, saindo do quarto.

Descemos as escadas da mansão e eu já consigo ver parte da decoração do lado de fora. Chegamos ao imenso gramado da mansão, todo lindo e decorado para o casamento.