Capítulo dois

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Oi cheeeente

Olha, eu avisei aqui no mural que esse cap era pra ter saído ontem, mas minha cidade passou por um blackout de 16 horas e enfim... Voltei das cinzas QUASE LITERALMENTE PQ SÓ FALTEI TORRAR NESSE CALOR

MAS OQ IMPORTA É Q TUDO DEU CERTO

CHEGA DE PAPO AGORA E BORA PRO CAP

Aquele dia tinha começado mais normal impossível

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Aquele dia tinha começado mais normal impossível.

Não era nenhuma surpresa o fato de Minhyuk estar jogado na cama de Hyungwon, nem que eu tivesse que fazer café forte para lidar com o começo da manhã. Eu segui o mesmo cronograma de sempre; chamei os preguiçosos para se arrumarem pelo menos três vezes antes de precisar gritar depois de já ter me vestido e preparado meus materiais. Reclamei sobre a bagunça que os dois fizeram no banheiro, pedi não tão educadamente para Minhyuk guardar os mangás que tinha pegado para ler no meu quarto na noite anterior e, mesmo com a grosseria que eu admito direcionar aos dois folgados, ainda preparei o café de ambos e fomos juntos para a universidade.

O caminho até o bloco onde minhas aulas ocorriam já estava muito bem decorado na mente a ponto de eu conseguir chegar de olhos fechados. Entrei na sala praticamente vazia e tomei o mesmo lugar de sempre, bem na frente, perto do professor, longe das conversas incessantes do fundo - que não paravam já que a maioria ali nem mesmo sabia se continuaria no curso pelos semestres seguintes.

Segundo meus cálculos, o professor chegaria em dez minutos e eu tinha tempo pra checar se tinha levado tudo e se tinha canetas extras para não ter problemas enquanto fazia minhas anotações. Estava tudo certo, na mais perfeita ordem.

Até que ele se sentou ao meu lado.

Minha visão se agarrou a imagem de Lee Hoseok sentado de forma displicente na carteira ao lado da minha, como se aquele fosse seu lugar de sempre quando não era. Seu lugar era nos fundos, talvez no meio se eu desse algum desconto, mas não ali.

Não ao meu lado.

Virei-me novamente para frente, sabendo que minhas expressões deviam estar demonstrando todo o meu descontentamento com aquela situação. Será que ele não sabia o perigo que corria se atrevendo a me desafiar desse jeito?

Precisei controlar minha vontade de dizer alguma coisa grosseira ou furar os olhos dele com uma das minhas canetas porque a sala começou a encher e o professor estava prestes a chegar. Vi alguns dos colegas de Hoseok passarem por ele, que correspondia a uma série de cumprimentos animados demais para aquela hora da manhã. Uma menina chamou-o pra se sentar na parte de trás, mas ele recusou com um aceno curto e um sorriso constrangido.

Isso era algum tipo de brincadeira? Por que ele estava se recusando a estar com o bando de amiguinhos pra ficar ali?

Quando o professor, finalmente, chegou eu tentei com todas as forças me concentrar apenas no que ele dizia, mas foi impossível não reparar no ladrão de notas bem ao lado. Ele não havia escrito uma palavra sequer enquanto eu já tinha rabiscado uma folha inteira e, embora ele parecesse concentrado no que o professor dizia, eu duvidava que ele estivesse memorizando tudo sem precisar fazer nenhuma anotação.

Os olhos castanhos pareciam inocentes e focados, compondo a expressão séria. Os cabelos escuros caindo pela testa. Ele tirou o foco da aula apenas para pegar o chiclete no bolso da jaqueta e eu tomei um susto assim que ele se virou pra mim.

Não tinha percebido que estava observando-o - ao menos não por tanto tempo - até que ele me sorriu e me estendeu a embalagem com o doce, me oferecendo de forma muda. Apenas me virei para frente e esperei que ele entendesse que aquela era uma recusa, tanto do chiclete como de sua tentativa estúpida de ser um dos "alunos da frente".

Não ia compactuar com ele, seja lá o que estivesse tramando. Seu sorriso bonito e inocente não poderia me enganar, eu jamais permitiria isso.

Tentei voltar a me focar no que era realmente importante - a minha aula -, mas aquele dia estava, definitivamente, amaldiçoado. Não bastasse a audácia de se sentar ao meu lado, agora Hoseok estava puxando a barra do meu casaco, tentando chamar minha atenção.

— Você me empresta uma caneta? - sussurrou.

— Você não tem uma?

— Eu esqueci - sorriu, envergonhado.

— Como o aluno que tirou a maior nota da sala esquece as próprias canetas? - eu não devia ter feito a pergunta daquele jeito, com aquele tom, mas era tarde demais.

Estava irritado com o modo como aquele cara era preguiçoso e desleixado e ainda assim ter roubado a minha nota.

— Eu não entendi - ele respondeu fazendo aquela mesma carinha ingênua e eu quis socá-lo outra vez - Bem, tanto faz. Eu não vou roubar, eu prometo - ele juntou as mãos na frente do corpo.

Então eu devia emprestar um instrumento ao inimigo? Deveria ceder ao seu joguinho maquiavélico?

— Eu vou cobrar no fim da aula.

Seu sorriso aumentou quando eu emprestei o objeto, mas meus planos de acusá-lo como um ladrão de canetas - bem Esino Médio - foram por água abaixo quando ele me devolveu cinco minutos depois, sem eu nem precisar pedir.

Como ele pode ter anotado tudo que precisava de uma aula tão teórica em tão pouco tempo?

Estava começando a ficar mais do que incomodado e impaciente, mas tentei manter o controle até o final da aula para sair dali e amaldiçoar aquele popular disfarçado de nerd – ou nerd disfarçado de popular?

Quando fomos liberados, guardei tudo dentro da bolsa e precisei revirar os olhos quando vi os colegas de Hoseok se aproximando enquanto ele guardava o bloco de notas praticamente intocado. Saí da sala com pressa e com raiva, para variar, mas não tinha andado dois metros quando ouvi alguém me chamar.

E mais uma vez naquele dia, era Hoseok.

— Yoo... Yoo Kihyun, não é? - ele perguntou e lambeu os lábios, como se estivesse... Nervoso?

— Eu - respondi simplista.

— Eu... Hum... É que... Estão querendo sair. O pessoal da sala, sabe? E estão perguntando se você não quer ir também.

— Não.

— Mas... Nós estamos começando o curso - tentou explicar - E é legal fazer amizades, não é?

— Não estou interessado.

Dei as costas, voltando a caminhar para longe quando levei um susto. O louco praticamente se jogou na minha frente, barrando meu caminho.

— Mas que...

— Desculpa - pediu - Eu posso te fazer só mais uma pergunta?

— O que você quer? - já tinha perdido minha paciência há muito tempo.

— Eu te fiz alguma coisa? - perguntou, parecendo realmente confuso, preocupado até.

— No momento, está atrapalhando meu caminho.

— Eu sei que eu pareço pretensioso falando assim, mas eu queria saber porque não gosto de ter inimizades e eu não sei se fiz algo de errado pra você. Se fiz...

— Você parece bom em deduções – interrompi, dando um sorriso forçado – Por que você não descobre?

Passei por ele sem mais nenhum saco para aquela conversa e ele, finalmente, parou de me seguir. Criatura de olhos inocentes...

Você não me engana!

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OLÁAA

Gente alguém ajuda o Ki, ele vai ter um ataque de nervos DO NADA.

A pose tá muito convicta por enquanto, baixa a bola, meu lindo. A gente já tem os spoiler tudo KAIFAEFAEKLFMEKLFM

Espero que tenham gostado xuxuzinhos

Até semana que vem <3

Psicologia Magnética | KiHoWhere stories live. Discover now