Capítulo três

158 32 62
                                    

OIEEE

Hoje eu cheguei no dia certo

BORA

Existiam algumas coisas sobre a minha amizade com Hyungwon e Minhyuk que eram bastante particulares:

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Existiam algumas coisas sobre a minha amizade com Hyungwon e Minhyuk que eram bastante particulares:

- Nos encontrávamos toda sexta-feira à noite, religiosamente;

- Nós nunca falávamos sobre a festa na casa da Jihyo no segundo ano e muito menos sobre o beijo triplo que trocamos;

- Não falávamos sobre a queda – lê-se abismo – óbvia que Minhyuk tinha pelo melhor amigo Jooheon;

- Não tocávamos na cueca da sorte de Hyungwon a não ser em caso de incêndio ou um apocalipse zumbi/invasão alienígena e afins;

- E não fazíamos nenhuma cena pública que pudesse ferir o meu protegido orgulho.

Por esse motivo, ao ver que meus dois amigos me esperavam na conexão dos nossos blocos enquanto Minhyuk tinha nas mãos uma fita azul com 1st gravado, eu quis matá-los.

— Que porra é essa? - perguntei, chegando perto, mas Minhyuk apenas sorriu e balançou a fita, prendendo-a com um alfinete na minha blusa.

— Nós vamos comemorar – respondeu, alegremente – Porque você ainda é o mais inteligente entre nós três e tirou uma das melhores notas da sua turma.

— Parece que é só um prêmio de consolação – resmunguei.

— E ninguém aguenta mais te ver reclamando – Hyungwon complementou, apoiando um dos cotovelos em meus ombros – A gente vai em um lugar recém-inaugurado e você vai com a gente.

— Uau, vamos comemorar meu segundo lugar – falei, ironicamente.

— Primeiro, Kihyun – Minhyuk corrigiu, apontando para a fita – Primeiro.

Descemos até o primeiro andar pelas escadas e fomos em direção a saída, seguindo à esquerda pela avenida. A movimentação de estudantes era bem grande àquele horário e todo comércio ao redor era bastante lucrativo. Desde as lojas de conveniência até os bares que abriam no fim da tarde e impediam a cidade de dormir.

Em menos de dez minutos nós tínhamos chegado ao destino e a primeira coisa que fiz foi olhar a fachada do lugar. A decoração em madeira era bonita e a palavra "MonCafe" em letras cursivas dava as boas vindas. As janelas grandes de vidro iluminavam tudo no ambiente e entrar naquele lugar foi uma das cenas mais clichês que já me aconteceu. As mesas dispostas perto das janelas, os bancos vermelhos acolchoados, o cheiro de café e bolinhos com recheio de avelã pareciam fazer parte de um filme adolescente.

E eu não era muito fã de clichês.

Percebi numa das mesas algumas pessoas da minha turma que me encontraram com o olhar, mas nosso cumprimento não passou de um aceno educado. Caminhamos em silêncio até a mesa sete e nos sentamos. Minhyuk foi o primeiro a agarrar o menu e começar a ditar nossas opções. Não estava disposto a gastar muito e nem estava assim com tanta fome. Aliás, era quase hora do almoço e não faria bem comer besteiras. O Lee se virou em direção ao balcão e ergueu os braços, chamando um dos garçons para fazer nossos pedidos e foi então que toda a cena clichê adolescente se tornou um filme de terror e suspense com o serial killer à solta.

Psicologia Magnética | KiHoWhere stories live. Discover now