Capítulo 7

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_ uma mentalmente estável no momento.

- O que vamos fazer agora? - pergunta Ártemis quando já estavam em uma distância segura da lanchonete.

- Vamos voltar para a mansão, você precisa descansar e trocar essas roupas. - aponta para a blusa da garota que se encontrava toda rasgada nas costas por conta dos tiros.

- Você também precisa descansar Cinco, não vai conseguir salvar o mundo se mal se aguentar em pé. - repreende.

Cinco conteve um sorriso, era reconfortante a ter do seu lado, apesar da falta de pistas sobre o apocalipse, ter Ártemis ali com ele o enchia de confiança.

Eles iam conseguir, tinham que conseguir.

                      ☂️☂️☂️

Alisson e Luther ficaram mais que surpresos ao ver o estado dos dois irmãos ao entrarem na academia.

- O que aconteceu com vocês? - Alisson pergunta preocupada.

Cinco os ignora e de mãos dadas com Ártemis a guia até as escadas.

- Nada que seja da conta de vocês. - O garoto responde ríspido.

- Só queremos ajudar. - Luther tenta colocar a mão no ombro da irmã, mas Cinco o impede segurando seu pulso.

- Não a nada que você possa fazer. - então olha pra a irmã Número Três. - Nenhum de vocês.

Um e Três trocam olhares preocupados ao obervar os mais velhos subirem as escadas.

[...]

Já de banho tomado Zero desceu até a cozinha para comer alguma coisa.

- Olá querida, quer que eu prepare algo? - a voz doce de Grace invadiu seus ouvidos.

Zero sabia que a mulher era um robô projetado por Reginald para cuidar deles, mesmo assim a morena conseguia sentir o carinho que a loira transmitia pelo olhar.

Grace era mais que um robô, era a mãe deles.

Ártemis sorriu. - Eu adoraria.

A loira preparava a comida para Ártemis enquanto cantarola um canção.

- Como eu era? Digo, quando criança. - A morena pergunta a mulher que cozinhava sorrindo.

Virando a cabeça para poder olhar para a filha, a loira sorri. - Você foi a primeira criança que seu pai adotou, era tão pequenina, tinha olhos grandes e expressivos, sempre dava pra saber o que sentia. Seu pai descobriu seus poderes logo que você nasceu, você curou um machucado dele na mão esquerda. - Ártemis olha para sua mão onde era possível ver uma pequena mancha avermelhada, como uma queimadura. - Logo que trouxe os outros decidiu que você deveria ficar afastada, o senhor Hargreeves sempre achou seus poderes fascinantes querida, ele queria uma forma de usá-los sem precisar de você. - A voz de Grace dizia de modo agradável, mas seus olhos se entristeceram.

Ela se voltou para a panela no fogão. - Ele criou um laboratório no subsolo da casa. Era onde você vivia nos primeiros anos, seus irmãos não sabiam que você existia, seu pai não queria estimular afeição, os teste que ele fazia com você eram muito perigosos, e ele não tinha certeza se sobreviveria a maioria deles. Mas isso se tornou impossível quando Cinco se machucou e ele teve que usar seu poder, logo ficou claro que todas as crianças sabiam da sua existência, então ele decidiu lhe dar um quarto como o dos outros. Você era muito calada no início querida, não estava acostumada com outras pessoas com exceção de seu pai e Pogo e a mim é claro. - Grace sorriu.

Ártemis prestava total atenção nas palavras da mãe, como se pudesse beber cada uma delas. Ela sabia pelo livro da Vanya que Sir Reginald Hargreeves era um homem inflexível e muito duro com os filhos, e que o modo como tratava Número Zero era ainda pior, mas Vanya nunca detalhou exatamente como foi a criação da irmã, até mesmo porque ela não sabia, e agora ouvir isso dos lábios de Grace estava sendo mais difícil do que ela havia imaginado.

Mas era preciso.

- E os meus irmãos? Como nós eramos uns com os outros? - Pergunta de forma ansiosa.

- Você era mais próxima de Vanya e do Cinco, ficou muito amiga do Klaus e do Ben depois que salvou Klaus de um dos treinamentos que papai fazia Número Quatro fazer. Você sempre enfrentava nosso pai, mesmo que os castigos dele com você fossem os piores. E também sempre ia escondida nos nossos quartos depois de uma missão perguntar se precisávamos da suas ajuda, mesmo quando papai te proibia. - Alisson responde entrando na cozinha.

Você sorri para morena que retribui. - Depois que você foi com Cinco, nunca mais fomos os mesmo, e então veio a morto do Ben e já não parecia mais fazer sentido ficarmos juntos. Klaus foi o primeiro a ir embora, depois que você desapareceu a morte de Ben foi de mais para ele suportar. A Vanya nem se fala, você foi a única que foi uma irmã de verdade pra ela, me envergonho muito da forma que a tratavamos. - A morena desabafa para a irmã mais "nova". Estava se sentindo culpada pela forma rude que havia falado com Vanya mais cedo.

- Nem imagino como tudo isso deve ser difícil pra você, mas se precisar de mim eu estou aqui. - concluí se sentando ao lado de Ártemis.

- Obrigada Alisson, acredite só de me dizer isso já é ajuda o bastante. - Ela se levanta pegando dois pratos, Grace já tinha terminado o macarrão que fazia para Zero.

- E sobre Vanya, sinto que ela precisa de nós, você não foi uma criança gentil com ela, mas é crescida agora, as duas são, nunca é tarde para mudar nossas atitudes. Vanya precisa de uma irmã, uma mentalmente estável agora. E você é a única que parece apta no momento.

As duas rirem e Ártemis beija o topo da cabeça da irmã Número Três, como costumava fazer quando eram crianças, Alisson sorri com o gesto inconsciente da irmã.

   

                       ☂️☂️☂️

Cinco sabia que era ela antes de abrir a porta.

- Trouxe algo pra você comer. -  Art disse assim que entrou com dois pratos em mãos.

- Obrigada, μέλι.

Ambos se sentaram na cama de Cinco e comeram a comida que  Grace tinha preparado.

- Isso esta incrível. - disse a velha garota com a boca cheia.

O moreno de olhos verdes não conseguiu evitar a risada ao ver Ártemis soltando suspiros de satisfação.

- Definitivamente a comida da Grace é uma das coisas que você mais sentiu mais falta no apocalipse. - conta Cinco.

- Foi tão terrível assim? - ela pergunta, sua atenção totalmente focada em Número Cinco.

- O mais terrível era saber que a pior e melhor coisa nesses quarenta e cinco anos foi você estar lá. - Os olhos verde fixos nos castanhos.

- Eu posso não me lembrar Cinco, mas tenho certeza que você não me obrigou a ir com você, me conheço o suficente para saber que fui porque quis, você não pode se responsabilizar por uma decisão minha. - Ela sorri para o garoto. - Você me respeita? - pergunta de súbito.

Cinco a olha confuso. - É claro que sim μέλι, mas do que qualquer pessoa.

-  Σεβαστείτε λοιπόν τις επιλογές μου.





                       🌂🌂🌂







μέλι = querida

Σεβαστείτε λοιπόν τις επιλογές μου = Então respeite minhas escolhas

Capítulo não revisado

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bjs da tia Charlie

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