04 - Sous La Terre

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DOIS DIAS LENTAMENTE PASSARAM, mesmo com toda essa tragédia acontecendo, muitos hóspedes ficaram atentos em saber quem era o assassino. Felizmente, durante esses dois dias não houve nenhum sinal do criminoso ou nenhuma morte prematura. O que significa que pode acontecer o pior nos próximos dias, já que a temperatura lá fora diminuiu o bastante e nevou o suficiente para bloquear as vias próximas do hotel, que se tornou arriscado sair dele por uns dias.

Robert estava mais curioso do que o resto de seus amigos e foi no escritório do dono do hotel ver se tinha alguma pista. Pra ele agora, o dono de mais de cinquenta anos tinha algo haver com os últimos assassinatos. Na mesa, em uma das gavetas, tinha uma planta do hotel, além de ter todos os quartos, tinha salas secretas no subsolo, uma das zonas que só os funcionários autorizados podem entrar. Rapidamente, o mesmo viu que tinha uma cópia exata e pegou, escondendo pelo bolso interno da sua jaqueta. Já na última gaveta, havia duas lanternas novinhas e as pilhas junto. Rob saiu ligeiramente para fora da sala e foi andando normalmente até o seu quarto, em que é dividido com a Erica.

— Tá suado no frio desse?! — A morena diz calçando os seus tênis. — O que estava fazendo, amor?

— Eu fui para a sala do diretor do hotel e peguei isso. — O mesmo lhe entrega e ela vê tudo com calma.

— Qual é a sua ideia, Rob?! — Perguntou sentindo-se preocupada.

— Eu vou tentar entrar nesses lugares, talvez tenha alguma coisa que pode ligar com o assassino. — Disse ficando ao seu lado. — Vou tentar entrar pelo tubo de ventilação.

— É sério?! Você vai sozinho ver se tem alguma pista?! Porque não chama alguém como o…

— O Tracey já melhorou e acho que nem vai querer se arriscar de novo.

— Não tô falando dele, Rob. — Erica sorriu e ele já percebeu de quem ela estava exatamente falando.

— Eu não vou com o Dylan!

— Ele precisa sair do quarto pelo menos por uns trinta minutos. Acho que ele vai topar a sua ideia.

Rob ficou pensando mesmo vendo a carinha que a sua namorada fazia toda a vez que era pra convence-lo de qualquer coisa. E é óbvio que ele cairia nessa tática, mesmo depois de centenas de vezes.

— Ai, Erica. Só porque eu te amo. — Lhe deu um selinho e saiu do quarto, andando poucos metros para ver o amigo. — Vou voltar antes do jantar, okay?

— Okay, tenha cuidado.

Voltando para o quarto da Patty, o Tracey via um filme de ação que estava sendo transmitido pela TV. O que era milagre tá havendo um bom sinal na antena do hotel. A francesa estava terminando de pentear os cabelos no banheiro, o que não dava uma boa visão do quarto em si.

— O que faz aqui? — A loira tomou um susto ao ver o moreno sentado na cama.

— Desculpa, o sinal tava melhor aqui. — Riu

— Você é péssimo para mentir, Tracey.

— Droga, fui descoberto. — Respondeu ainda rindo, e o seu sotaque parecia ainda mais forte. — Eu queria te perguntar se quer ir lá em baixo comer alguma coisa. Um lanche, sabe?

— Pode ser, vai mais alguém com a gente? — Perguntou olhando para o mesmo que ficou pensando na resposta.

— A Nina tá ouvindo Madonna no walkman dela e nem me ouviu bater na porta e a Erica estava no banho.

— E o Dylan?

— Dormindo e fedendo a salgadinho.

— Não sei como ele aguenta comer desse jeito. — Patty calça as suas sapatilhas e desliga a TV de propósito, sabia que era um dos filmes preferidos do amigo. — Vamos?

Blood TearsDonde viven las historias. Descúbrelo ahora