09 - Le Vrai Tueur

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— ISSO É… — TRACEY AINDA OLHAVA SEM ENTENDER, os seus olhos brilhavam. — Isso é loucura, Patty. Como vai conseguir fazer isso e o seu braço?! Você não vai fazer isso, eu faço.

— Tracey, eu sei do que eu faço. — A de cabelos platinados respondeu olhando fixamente nos olhos do mesmo. — A polícia não vai chegar a tempo e o resgate também não. É o único jeito de evitar que algum desastre aconteça antes do resgate chegar e levar todo mundo.

— Você não sabe quem é o assassino, Patty! Se for alguém que você não consiga lidar?!

— Não me importo, Tracey! Eu sei como agir. — O mesmo negava isso vindo dela. Patty pegou em seu rosto, o fazendo olhar diretamente pra ela. — Tracey, é para o bem de todos os inocentes que estão lá embaixo, eu vou precisar da sua ajuda lá. Por favor? Você é a única pessoa que enfrenta melhor qualquer coisa…

— Não, eu não sou. — A interrompeu, ele já estava chorando. — Eu tenho medo, muito medo de perder alguém. Não sei o que seria de mim.

— Tracey, eu…

— Por favor, não faça isso, meu… — O mesmo parou, estava ficando sem controle. — Deixe isso com os tiras, não quero que você vá se machucar.

— É a coisa certa. — Patty sorriu tristemente, limpando o seu rosto. — Vai lá fazer as suas malas, que eu vou fazer as minhas. Temos tempo o suficiente para melhorar isso e encontrar a última peça, que já estou começando a desenvolver aqui.

Assim que o britânico saiu, em silêncio, a Patty fez rapidamente as suas malas e com uma bolsa, guardou as suas evidências, começando a pensar melhor sobre o verdadeiro assassino. De propósito deixou a sua máquina de fotografia em cima da cama e desceu o elevador até o hall, se encontrando com o resto da turma. Os cinco conversavam sobre o que iriam fazer quando chegassem em casa. Já no início da tarde, o telefone da recepção tocou novamente e Tracey foi lá atender.

— Zurique Grande Hotel, boa tarde. — O britânico disfarçou tentando fazer o sotaque suíço.

— Boa tarde, somos do departamento de polícia de Zurique e queremos te dar uma informação muito importante.

— Pode falar, estou atento. — O britânico pegou uma caneta e um papel, esperando o policial falar.

— O resgate só vai poder comparecer amanhã, pois hoje na previsão do tempo, vai ter uma tempestade de neve e tem alerta de avalanche. Nós aqui sabemos que tem um assassino solto aí dentro do hotel e sugerimos que todos os hóspedes andem em conjunto por questão de segurança. Se alguém ver uma pessoa suspeita, anote as características e de onde vinha e onde estava indo, certo?

— Certo, senhor.

— Ótimo, não deixe ninguém sair para o lado de fora do hotel. Tenha uma boa tarde.

O garoto foi andando até o centro do local e chamou a atenção de todos, contando tudo o que acabou de ser informado no que concluiu que os hóspedes não estavam aguentando mais essa agonia de estar convivendo com o inimigo. Algumas pessoas subiram e voltaram com as suas malas para irem embora até o povoado, mas foram impedidos pelo mesmo que trancou a porta.

— Daqui ninguém sai! — O britânico gritou, o rosto estava ficando vermelho e dessa vez era de raiva. — Eu sei que vocês estão de saco cheio e eu também estou! Mas é muito perigoso sair agora, senão todos vocês vão morrer de frio! Tô cansado de ficar aqui dentro também com um sujeito que acabou com a vida de várias pessoas, incluindo do meu melhor amigo! Se eu soubesse… se eu soubesse quem é esse doente, eu não iria me responsabilizar pelos meus atos! Mas temos que conviver com isso por mais um dia, só um dia apenas. Eu tenho medo de q algo muito ruim aconteça nesse tempo, mas o único jeito é enfrentar para proteger a todos, aqui dentro deste maldito hotel. Se ainda querem sair daqui, saiam. Não vai ter ninguém pra resgatar vocês lá fora no meio da neve.

Blood TearsWhere stories live. Discover now