5. And your smiles are giving me all types of treble

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Capítulo cinco - E seus sorrisos estão me dando todos os tipos de incômodo, joelhos fracos que me foram dados e aquelas noites estão me deixando intimidado. 

Já passava das 8 da manhã quando o professor Way recebeu uma ligação de seu amigo Ray, o cacheado estava com alguns problemas em casa e não poderia comparecer na Universidade naquele dia – Gerard sendo o bom amigo que era, desligou o telefone e voltou a dormir.

Menos de 5 minutos depois Ray ligo de novo avisando que o plano de aula estava guardado em seu armário na sala dos professores, Gerard tentou protestar, dizer que não conseguiria dar a aula, porém Toro desejou boa sorte e a linha ficou muda.

Aceitando o destino trágico o rapaz levantou-se devagar, feliz por seu quadril não doer mais. No dia anterior ele não conseguia andar direito e nem a massagem que recebeu de Frank melhorou a dor, de qualquer forma, o que Gerard esperava? Frank perguntou se estava indo longe demais e disse que não – seu quadril gritava por socorro no Domingo.

“Bom dia, América.” Disse abrindo as cortinas pretas do quarto, quase ficando cego com a luz do sol. Ele ficou ali observando as pessoas andarem apressadas pelas ruas e até presenciou uma briga, mais um dia em Nova York.

Gerard preparou um café para começar o dia da forma certa, acendeu um cigarro e sentou no sofá, assistindo um jornal. O clima mudaria no decorrer da semana e esse sol sumiria, ele bebericou o líquido preto e fez uma careta ao sentir sua língua ser queimada. Gerard olhou ao redor do apartamento e achou a coleira de espinhos.

Sua respiração falhou por alguns segundos e não pôde evitar de lamber os lábios, seu corpo tremeu levemente e memórias do final de semana ficaram vivas. Ele ainda tinha alguns hematomas espalhado por seu corpo, nas coxas, peito e uma leve marca do pescoço. Gerard fechou os olhos lembrando do que sentiu quando Frank apertou seu pescoço, como ficou sem controle.

E era isso que queria, essa falta de controle, não saber o que vai acontecer em seguida e ser punido por desobedecer.

Seu pau estava dando sinal de vida só por pensar naquilo. Gerard sacudiu a cabeça e voltou para o quarto, não iria trabalhar com uma ereção, ele correu para o banheiro e tomou banho com água fria. Gerard sentiu-se uma nova pessoa ao sair banho, secou o cabelo com uma toalha pequena enquanto procurava uma roupa.

Pegou uma calça preta que nunca usou e ainda estava com a etiqueta, uma camisa branca e seu clássico colete preto.

Gerard olhou-se no espelho e ficou impressionado com o quão bonita aquela calça era, estava um pouco apertada nas coxas e bunda, mas desenhava seu corpo bem. E o colete também colaborava em acentuar sua cintura.

Ele pegou as chaves do carro e saiu, sua vizinha – a senhorinha que o viu com os pulsos amarrados e uma embaraçosa ereção – entrou no elevador e sorriu largo. Gerard queria afundar em areia movediça toda vez que a via, ela sempre sorria de uma forma estranha e quase sugestiva. Eu sei do que você gosta, danadinho.

Mal havia começado sua vida pervertida e sua vizinha já sabia.

(...)

Gerard deu uma olhada no plano de aula do professor Toro, suspirando aliviado por ser um assunto que estava familiarizado e curto.

“Professor Toro não pôde comparecer hoje por causa de alguns problemas pessoais. Ele pediu para que eu desse a aula, assim vocês não seriam prejudicados.” Explicava viajando seu olhar pelos estudantes, ele notou alguns rostos familiares e um que não deveria estar ali. Frank sentado na quinta fileira ao lado do rapaz de nome Bert, seus braços cruzados na frente do peito e um pequeno sorriso. Gerard pigarreou antes de continuar. “Me-meu nome é Gerard Way e não se envergonhem em fazer perguntas.”

Dirty Little SecretWhere stories live. Discover now