natal em hogwarts

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Era Natal. A época mais linda do ano, a época de se aceitar e aceitar o outro. Época de apreciar as luzes, de aproveitar a presença do próximo, e com certeza a época preferida de Draco Malfoy. Principalmente aquele ano, que seria o primeiro de muitos Natais onde Harry e Draco passariam juntos.

Hogwarts, como todos os outros anos, estava linda. Toda decorada com árvores, enfeites brilhantes e luzes que iluminavam cada corredor do enorme castelo. Mas aquelas não eram as únicas luzes presentes no feriado.

Harry observara Malfoy desde o primeiro ano, aquele garotinho esnobe e arrogante, que não deixava nada transparecer de seus olhos azuis apagados além de frieza. Mas desde que começaram a sentir algo um pelo outro, algo além de ódio profundo, Harry enxergou, através dos olhos do loiro, algo mais do que um garotinho irritante, ele viu alguém que conseguiu entender, e amar.

Potter achava lindo como os olhos de Malfoy brilhavam ao ver o moreno. E agora no Natal as luzes da decoração refletiam naquelas orbes azul-acizentadas de um jeito lindo.

Por conta das pausas nas aulas para a comemoração, a maioria dos alunos foram para suas casas passar o feriado com suas famílias. Mas Harry, que fora convidado para ir para a casa dos Weasley, e Draco, que sempre ia para a Mansão Malfoy, decidiram ficar na escola para ficarem juntos. Não havia a possibilidade de Harry ir para a casa de Draco, e muito menos dos Weasley aceitarem Malfoy como visita, sendo o que ele era, para passar dias n'A Toca. Eles sabiam das circunstâncias atuais, uma guerra se erguia e eles eram de lados opostos. Mas isso nunca iria afetar o sentimento deles um pelo outro que a cada dia se fortalecia mais.

Na noite do dia vinte e cinco, após o jantar natalino do Grande Salão, Harry e Draco estavam descansando na comunal da Grifinória - muitos sonserinos ficaram na escola para o Natal, por isso Harry não optou por ir para a comunal de Draco. Eles estavam sentados em um sofá cor-de-vinho próximo á lareira acesa, enquanto Malfoy lia um livro de poções. Potter usava uma suéter vermelha com um "H" bordado em amarelo que ganhara da Senhora Weasley, e comia alguns doces mágicos que Rony o enviara.

- Sabe que não estamos tendo aula, certo? - Perguntou o moreno após engolir mais um alcaçuz azedo, e aponta para o livro que Draco lia.

- Estou lendo por entretenimento. - Respondeu Malfoy, sem tirar os olhos da página que lia. - Ás vezes é bom, sabe? Ler. - Diz ironicamente.

- Eu acho que você tem passado muito tempo com a Mione. - Foi uma piada. Harry sabe que Draco não se dá bem com a garota, mesmo se esforçando para seus amigos se entenderem com ele. Malfoy soltou um risinho frouxo, e soltou o livro. Sabia que Potter não iria deixá-lo ler, então começou a observar o fogo da lareira.

Nevava lá fora. Era possível ver os floquinhos de neve branca caírem do céu noturno pela janela. Mas mesmo com o frio que fazia, aquele pouquinho de fogo que emanava da lareira era o suficiente para aquecer os dois garotos.

Draco nem percebeu que enquanto observava o fogo, Harry se esticara no sofá e deitara sua cabeça em seu colo. Quando olhou para baixo para fitar o grifano, viu que o moreno tirara seus óculos e fechara os olhos.

- Folgado. - Retrucou o loiro, mas mesmo assim não quis tirar Harry dali, invés disso começou a fazer carinhos nos cabelos bagunçados dele. Harry sorriu.

- Você adora quando deito no seu colo.

Ele estava certo. Mesmo Draco nunca indo admitir em voz alta, mas ele sabia que Harry estava certo. A verdade era que, mesmo se esforçando, Malfoy não era tão afetuoso quanto queria. Haviam barreiras nele que foram construídas exatamente para ele não mostrar facilmente seus sentimentos, mas aos poucos, juntos, os dois quebravam elas. Harry entendia que tinha que esperar, mas o moreno estava disposto á ficar junto de Draco o quanto tempo levasse até ele se sentir á vontade.

Draco adorava quando era Harry que tomava a iniciativa de abraçar ele, já que o loiro não tinha essa iniciativa ainda. Mas em um momento como aquele, Malfoy não tinha com o que se preocupar. Estava feliz com Harry, afinal.

Draco abraçou Harry, e os dois ficaram aconchegados por vários minutos, um nos braços do outro, enquanto eram aquecidos pela lareira dali e por eles mesmo.

- Feliz Natal, Draco.

Com o rosto do moreno nas mãos, Malfoy selou seus lábios nos de Potter em um beijo suave, mas que fez os dois estremecerem. Voltando á acariciar os cabelos de Harry, ele separou o beijo e abraçou o grifano.

- Feliz Natal, Harry.

Naquela noite não havia mais neve que esfriasse a comunal grifana porque, assim como os olhos de Draco, o que era cinza e frio, o amor daqueles dois garotos esquentou.

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fanart por @ alek

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