drarry trash: imagines 1

sectumsempra

- Harry, olha, é a Katie. Katie Bell. - Hermione apontou com a cabeça discretamente para uma garota de pé entre duas mesas no Grande Salão. Harry avistou Katie, a garota que fora amaldiçoada em Hogsmeade misteriosamente e, por sorte, de acordo com Snape, não morreu.

Fechou o seu livro de Poções, se levantou e caminhou até a garota ao meio do tumulto que estava o salão naquela tarde.

- Oi, Katie. Como você está? - Perguntou ao se aproximar.

- Eu sei o que você vai perguntar, Harry. - Intorrempeu-o Katie. - Eu não consigo lembrar quem me amaldiçoou. Estou tentando lembrar, mas não consigo...

A garota olhou para algo acima do ombro de Harry, e o moreno também se virou. Draco Malfoy acabara de entrar no Salão, e quando seus olhos encontraram os de Harry, o loiro ficou tenso.

Potter percebeu que de uns dias para cá o sonserino estava meio distante, saía escondido durante os horários de aula. Parecia esconder algo... Então foi fácil para entender o que estava acontecendo, afinal Harry sabia sobre a situação do pai de Draco. Lucius era um Comensal da Morte, e Draco provavelmente também estava se tornando um.

Isso lhe assutou no início, quando lhe caiu a ficha de que seu amor estava do lado inimigo na guerra. Draco e Harry sempre foram opostos, mas como aquela velha expressão conhecida, "os opostos se atraem", não foi diferente para os dois. Potter e Malfoy viveram como gato e rato, um sempre seguindo e aperreando o outro, mas não demorou muito para os dois perceberem como esse ódio excessivo na verdade tratava de outro sentimento, um sentimento mais... belo. No início foi difícil para eles aceitarem que se amavam, mas quando aceitaram, decidiram não esconder mais isso um para o outro. Porque é muito mais fácil sentir ódio à aceitar o amor.

Harry ama Draco, Draco ama Harry, e eles não sentem mais necessário esconder isso para eles mesmos.

Draco encarou Harry, e o moreno sentiu como se todo o barulho de conversas banais e irrelevantes que tomava conta do Grande Salão sessara. Estavam só os dois ali agora, contando o que não conseguiam contar através de palavras apenas com os olhos. Uma coisa que Harry sempre admirou em Draco -até mesmo antes de perceber que não era ódio que sentia pelo loiro- eram seus olhos. As orbes azul tempestuosas de Draco conseguiam esconder tudo que o sonserino sentia, mas às vezes Harry podia ver até o último pedacinho da alma de Draco por eles. Como nesse momento, onde os dois estão à metros de distância, mas Harry mesmo assim consegue ver a aflição e o medo de Malfoy.

O loiro de repente cortou o contato visual e se virou, antes de sair às pressas pelas enormes portas de madeira do Salão. O que estava escondendo agora?

Harry se despediu de Katie com um aceno de cabeça e seguiu para fora do Salão também. Draco não estava mais no corredor. Como saiu dali tão rápido? O grifinório desviou de alguns alunos que caminhavam e subiu uma pequena escadaria, deu de cara com mais um lance de corredores. Não teria sabido para onde ir, mas por sorte viu de relance Draco virar um corredor em direção aos banheiros. Acelerou o passo para tentar alcançá-lo, sentia que precisavam conversar, havia muitas perguntas a serem feitas e respostas a serem dadas.

Virou no mesmo corredor que Malfoy havia entrado e escutou o barulho da porta do banheiro se fechando. Foi até lá, na esperança de achar o loiro. Abriu a porta do banheiro lentamente, a mesma rangeu um pouco.

O banheiro estava escuro, havia um vapor estranhamente frio no ar, o que dificultou sua visão, mas não pode deixar de notar que o chão de mármore do lugar estava cheio de água. Começou a caminhar e se aproximou do conjunto de pias que estavam debaixo de uma janela, então ouviu alguém... chorando? Ouviu-se alguns soluços finos ecoarem pelas paredes, foi quando Harry viu...