08 - Tá difícil concentrar!

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Draco estava atrás de mim, com uma calça jeans e uma blusa de manga longa verde esmeralda, e mesmo que ele ficasse incrível com terno, ele ficava ainda mais incrível com roupas normais. Ele era tão lindo. Todo loiro com cara de marrento e aquela voz... Imagina esse cara nu? Eu não aguento nem pensar.

— Então? — ele tornou a perguntar uma vez que eu não respondi nada, só fiquei olhando para ele com cara de idiota no meio da rua. Eu sou patética!
Pisquei rapidamente para me recompor e cocei a garganta orando para que minha voz não soasse melosa demais. Céus, que homem!

— Estou esperando um táxi, não quero incomodar você. — respondi, e graças aos deuses não falei como uma adolescente perto de seu crush. Apesar de sentir minha calcinha molhando vagarosamente. Qual é, Hermione, segura esse fogo!

O loiro deu um sorriso, um belo sorriso arranca calcinha e balançou a cabeça em negação, me pegando pelo braço e me conduzindo.

— Não seja boba, vai demorar a vida toda se pegar um táxi, e além do mais, Arthur deixou você sob minha responsabilidade. — falou olhando de um lado para outro me fazendo atravessar a rua fora da faixa. Odeio atravessar a rua fora da faixa! — O mínimo que posso fazer é levá-la para casa. — finalizou parando ao lado de um Porsche 911 carrera 4S preto.

Abri minha boca em um perfeito e super estupido “O”, vendo aquela máquina. E não, eu não conhecia muito de carros. Mas fala sério, porra, é um Porsche! Meu sonho de consumo. Não que meu Audi não me satisfaça, é claro. Dando um sorriso meio tímido, falei visivelmente animada:

— Tudo bem, já que insiste. — e daí que ele não insistiu? O loiro riu da minha cara e abriu a porta do banco do passageiro para que eu pudesse me sentar.

Por dentro, o interior do carro era todo vermelho, quase vinho, desde os bancos até as laterais internas. Me senti no próprio quarto vermelho da dor, do Christian Grey. Eu preciso parar de pensar em sexo perto dele.
Observei Draco dar a volta e entrar pelo lado do motorista. Ele engatou o cinto e olhou para mim.

— Qual o endereço? — perguntou me dando um sorriso de lado enquanto olhava pelo retrovisor e dávamos partida.

— Estou morando na casa de Arthur. — falei, tentando soar natural.

Os olhos azuis de bundinha se arregalaram e ele pisou no freio com tudo, nos jogando para frente, enquanto ouvia perfeitamente as buzinas atrás de nós. Sorte que eu tinha colocado o cinto, ou teria batido a cara no vidro.

— Você está morando com Ron…? Digo, na casa de Ron? — era nítido que ele não podia acreditar. Tudo bem, bundinha, eu te entendo perfeitamente.

— Meus pais tiveram essa maravilhosa ideia e como não tenho nenhum neurônio funcionando, aceitei. — contei a ele da forma mais simples que consegui.

— Hmm… — ele voltou a ligar o carro — Para a casa vermelha, então. — Encostando as costas no banco, apenas assenti com a cabeça.

O Porsche deslizava majestosamente pelas ruas barulhentas do centro de Londres, e eu estava absolutamente absorta em meus próprios pensamentos e tentando ignorar Draco quando escutei a melodia calma ecoar dos auto-falantes.

Olhei para o loiro que murmurava perfeitamente a letra de Supermarket Flowers do Ed Sheeran.

— Gosta de Ed Sheeran? — perguntei fazendo um biquinho. Aquela cena era tão fofa.

Don't you cry when you're down — ele cantarolou um pouco mais alto olhando para mim de soslaio. Revirei os olhos. — Qual é? Não gosta do ruivo? — perguntou olhando para o caminho a nossa frente — Seu futuro marido se parece com ele. — alfinetou. O encarei.

— Mais um motivo para não gostar. — falei curta e grossa. Fazer uma analogia do Ed com o Ronald é até maldade com o cantor.

O Primo do Noivo - Dramione.Where stories live. Discover now