Sina

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Autora: eujupiter711

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Autora: eujupiter711


I | A Estranha Sem Mão


"Que honra seria, não? Conhecer a morte de perto, terseus beijos ardentes, tão quentes que são capazes decongelarem! Que prazer é conhecer, a minha amante, minhaamada, aquela que de mim, suga a vida!"


Deveria ser basicamente uma hora da madrugada, aomenos era o que tudo indicava. Sina não possuía um relógio ouqualquer objeto que indicasse o horário, mas ela teve aimpressão de ter saído basicamente há uma hora de sua casa, enão demorou muito para chegar ao cais que ficava a trintaminutos.

A jovem que agora era uma mulher, olhava para a lua

beijando o mar com tamanho esmero que dificilmente podia-sevê-la piscando. Seus lumes da cor castanha estavam atentosaquela bela cena, não ousou perder sequer um segundo daquelemomento olhando para qualquer outra coisa, somente encarava alua gigantesca e pálida. Com sua imaginação fértil, elaimaginava o amor que envolvia o imenso mar e a bela lua,afinal, não era sempre que ambos poderiam se encontrar. Isso afez se lembrar de quando tinha somente quinze anos e pulavasempre a janela do seu quarto para encontrar Eduardo, seu amorde infância. Era sempre uma aventura. Ela adorava passear comele durante a madrugada pelas ruas completamente vazias deSalvador, sentia-se em um daqueles belos clichês dos maisencantadores livros que lera. No entanto, suas fugas nãoduraram muito, uma vez que a mãe de Eduardo descobriu osencontros às escondidas dos dois jovens e decidiu mudar-seda cidade, pois, jamais toleraria que seu filho tivesse umromance com uma simples filha de pescador.


No fundo do seu coração, Sina ainda esperava por umreencontro e um final feliz. Ela não tinha mais seus quinze anos,agora tinha vinte — tornara-se uma mulher —, porém, aindaesperava pelo belo fim do seu clichê e reencontrar a Eduardo umdia, e poderem enfim serem felizes.Sentia-se privilegiada por poder contemplar um amor àsescondidas da lua e o mar, que se beijavam de forma terna ecalorosa.A moça de olhos castanhos e cabelos negros que ia até acintura deu alguns passos até chegar próxima ao fim do cais e sesentar. Deixou seus pés serem molhados pela água gélida, emesmo com o frio acariciando seus pés ela sentiu paz. Fechouos olhos lentamente sentindo a brisa marítima afagando sua facee bagunçando seus cabelos.Sina olhou para as águas cristalinas que refletia sua faceborbulhante nas águas que naquele momento estava tranquila,calmaria esta que conseguiu acalmar a alma de Sina. A moçasorriu internamente, e olhando para o céu, agradeceu a Deus pormais aquele dia.

— Não é comum que moças saiam assim à noite, é

perigoso, sabia senhorita?Ela é desperta dos seus devaneios com uma voz ruidosa,grossa e imponente. Virou o pescoço para olhar o intruso.

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⏰ Last updated: Nov 27, 2020 ⏰

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ANTOLOGIA GIRL POWERWhere stories live. Discover now