Capítulo 41 - Autumn: O pug e o lêmure

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Pov Heyoon

 Acordei em um sobressalto, meu corpo e sentidos estavam atentos, minha mente esperando pelo ataque de algum ciclope ou feiticeira

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Acordei em um sobressalto, meu corpo e sentidos estavam atentos, minha mente esperando pelo ataque de algum ciclope ou feiticeira. Estava ofegante e com o corpo levemente suado, olhei ao redor tentando processar as coisas que estavam acontecendo.
 
Eu não estava na ilha, mas sim dentro de minha cabine no Vingança do Mar. Soltei um longo suspiro, lembrando finalmente que tínhamos escapado sobre hipocampos, mas sem conseguir recordar o exato momento em que chegamos ao navio de Bailey. Passei a mão pelo rosto e depois pelo cabelo, esperando meu coração recobrar do susto que havia levado ao pensar que ainda estava em perigo.
 
Levantei da cama percebendo que usava uma enorme blusa e um shortinho confortável que havia trazido para a viagem. Peguei os meus chinelos e resolvi sair da cabine para descobrir o que tinha acontecido. Se estávamos balançando daquele jeito, o navio já deveria estar em alto mar, provavelmente bem longe da Ilha das Feiticeiras. Segui direto para a sala de refeições, encontrando a maioria de meus amigos ali, debruçados sobre a mesa e dando risadas, principalmente a Sabina.

-O que está acontecendo? – perguntei, minha voz saindo mais sonolenta do que eu esperava.
 
-Yoon! – Saby pulou, exclamando como se tivesse sido pega em flagrante – Er... Nada demais!
 
Bailey, Shivani e Joalin me olharam surpresos, afastando um pouco da mesa enquanto eu me aproximava. Só então eu percebi que eles montaram uma pequena arena usando coisas da cozinha, prendendo Sina e um rato que deviam ter encontrado no navio. O animal estava furioso e machucado, Sina ofegante e brava, ainda em seus quinze centímetros.
 
-Eu não acredito que vocês fizeram isso! – eu quase gritei ao vê-la quase encurralada pelo rato.
 
Rapidamente eu peguei o roedor pelo rabo e de propósito joguei em direção a Joalin. Ela gritou histérica, saltando e batendo em Bailey em meio ao seu surto, depois correndo para a sua cabine com medo ainda do ataque do animal. O rato saiu assustado em qualquer direção, eu prontamente estava desfazendo a arena ridícula que eles tinham criado.
 
-Ah Yoon, eu tinha apostado que a Sina ia ganhar! – Sabina reclamou.

-Vocês não vão colocar minha garota em uma arena depois de tudo o que passou! – eu praticamente gritei com a filha de Hermes.
 
-Mas ela ta engraçada desse jeito! – Sabina se defendeu – E não tinha nada melhor para fazer!
 
-Engraçado vai ficar seu rabo depois que eu eletrocutar ele  Sabina Hidalgo! – Sina gritou.
 
Mas o seu grito era fino e mínimo, tão engraçado que eu olhei para ela tentando segurar o riso e me manter séria.
 
-Sina não é uma boneca para vocês ficarem brincando assim – ralhei com todos eles e respirei fundo sentando em uma cadeira perto da parte onde Sininho estava – O que aconteceu? Eu não lembro como chegamos aqui no navio.
 
-Você apagou no meio de caminho – Sabina resmungou – E advinha quem te salvou? Claro que eu.
 
-Onde está Hina e os outros? – perguntei ignorando o bico que Saby tinha por ter a diversão interrompida.

-Ela está quebrando o feitiço de transformação daquele cachorro e lêmure – Shivani explicou calmamente – Você está bem? Eu imagino que fazer aquilo que você fez na batalha deva ter deixado você bem cansada.
 
-Eles me contaram o que você fez – Bailey abriu um enorme sorriso – Você foi demais Yoon! Derrotou um ciclope sozinha em uma arena!
 
Corei e desviei o olhar, Sina estava encostada na saleira, os braços cruzados e uma cara emburrada. Mas em sua versão mini aquilo ficava tão, mas tão fofo! Eu não aguentei e comecei a rir.
 
-Sini, você tá uma coisa tão fofinha assim! – não consegui evitar.
 
-Até você Jeong! – Sina reclamou em plena chateação, batendo o pé no chão – Mas que saco!
 
-Desculpa bebê, desculpa! – disse em tom de riso – Porém você ta mesmo parecendo uma boneca nesse tamanho.
 
Sina no auge de sua irritação e chateação, deu as costas e foi sentar o mais longe possível de mim. Eu ri do jeito dela, porque convenhamos, aquilo era realmente engraçado quando a garota mais emburrada que eu conheço tinha por volta dos 15 centímetros de altura!

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