Sensações Monótonas

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Gustavo inclina suas costas a cada forte e selvagem estocada de seu Tiozão, que parecia querer parti-lá ao meio. Por todo o cômodo só se ouvia os sons do atrito dos dois corpos soados, exaustos, no ápice de suas emoções e sensações monótonas. As mãos de Gustavo apertavam o lençol com força e sua boca emitia gemidos abafados pelo travesseiro enquanto sente o robusto, grande membro penetra-ló, acertando seu ponto G, O enlouquecendo. Já Hugo, uivava, ensandecido de prazer, enquanto goza dentro de tavinho, entre espasmos e caindo sobre o seu corpo banhado de suor. Gustavo não havia percebido que tinha chegado ao gozado duas vezes durante o sexo, até sua barriga encostar no lençol e sentir seu gozo o melar. O grande grande e peludo corpo de Hugo estava o esmagando e não lhe restava força para se mexer, estava exausto e saciado. Mas seu corpo ainda ansiava por mais, mesmo sabendo que não aguentaria.

— Tiozão, você é muito pesado. — Diz ele, enquanto Hugo passeava com seu nariz entre o pescoço e sua orelha. Causando arrepios. — Ah, não... Faz isso. Não, agora preciso descansar um pouco.

Hugo solta um granhido insatisfeito, joga seu corpo para o lado, saindo de cima dele. Apoia sua cabeça sobre suas duas mãos e olha para um ponto fixo no teto, viajando para longe em pensamentos.

— Por que você está aqui, Gustavo? — Ele perguntou, sem olhá-lo.
Gustavo não responde de imediato e fica alguns minutos em silêncio. Até se sentir desconfortável na posição em que estava e se deitar de costas.

— Eu fugi de casa. — Responde.

— Hmm...

Gustavo olha para Hugo, que continua olhando para o teto.

— Aquele dia — continuou, percebendo que Hugo não perguntaria mais que aquilo, — mudou tudo. Aquela noite, aqueles minutos, horas, em que ficamos juntos... Eu não consegui esquecer. Por mais que eu tentasse. — Confessa. — E quando eu acordei no dia seguinte e você não estava mais ali, deitado ao meu lado, me senti sozinho e abandonado.

— Eu não sabia lidar com o que aconteceu. — Hugo fala, finalmente olhando para Gustavo.

— Então, fugir e nunca mais voltar ou entrar em contato por anos, foi sua forma de lidar? Sua resposta? — O tom de raiva e decepção nessa pergunta fez doer bem fundo em Hugo, que toca o rosto de Gustavo e o acaricia com o polegar.

— Eu tinha certeza que o que fizemos foi totalmente errado e não podia mais acontecer. Por isso fui embora sem me despedir, assim seria mais fácil pra esquecermos. — Gustavo retira a mão de seu rosto e vira o corpo de lado, dando as costas para Hugo. — Mas eu também não consegui esquecer. — Acrescenta. — Você invadiu o minha cabeça e monopolizou meus pensamentos, Tavinho.

Gustavo fica de lado, de frente para Hugo e olha bem fundo naqueles olhos castanho claro, tentando saber o que escondiam.

— Você foi o meu primeiro... — Diz sem piscar. — E também o meu segundo. Depois de você, ninguém mais me atraia ou chamava a minha atenção. Isso arruinou minha vida. Passei esse anos pensando em como iria voltar a vê-lo e esse dia foi hoje.

— Gustavo... Não podemos. O que sua mãe vai achar? Ela sabe que está aqui ou pra onde foi? Você não sabe as consequências que isso pode causar.

Gustavo se levanta, fica sentado de joelhos na cama e olha sério para Hugo.

— Eu decido com quem quero ficar. A vida é minha! E pouco me importa as consequências, eu quero o que quero e ninguém pode me fazer mudar de ideia. E, o que eu quero, nesse exato momento, é você seu idiota grande e peludo. Eu sempre quis, mas você fugiu sem nem me deixar falar ou me dispensar de forma correta.

Hugo se senta e puxa Gustavo para se sentar no seu colo. Enlaça a cintura dele com os braços e aproxima seu rosto do dele. Suas respirações descompassadas, seus corpos se aquecendo com o contado de suas peles e seus peitos colados, unindo os dois corações que batiam forte e acelerados como se se comprimentassem depois de muito tempo sem se verem.

— Você é o único que consegue causar esse efeito em mim. — Diz Hugo, esfregando seu nariz no outro e apoiando sua testa na de Gustavo. — Por sua causa fiquei em abstinência por anos, sem conseguir me aliviar. Sabe como isso é torturante para um homem? — Pergunta, apertando mais o abraço e juntando mais seus corpos.

— Isso é mínimo do que merece, depois de me deixar daquela forma. — responde, mexendo o quadril.

— É? — Hugo leva suas mãos até a bunda de Gustavo, as separa com forte aperto e puxam, arrancando um gemido. — Então, quer dizer que eu mereci... — posiciona seu dedo indicador e anelar no ânus de Gustavo que morde o lábio para não gemer.

— Sim, e ainda merece. — Retruca, sua voz soou aguda e soprada.
— Mas eu sei que você pode ser complacente, vai me absorver dessa sentença e me presentear com um pedido. — Hugo diz, sugestivo.

— E que pedido seria? — Pergunta Gustavo, abraçando os pescoço de Hugo e mordendo seu ombro esquerdo para abafar sem gemidos.

— Esse. — Responde, o penetrando de vez que mordeu com força seu ombro, fazendo sangrar.

Hugo puxa o rosto de Gustavo, olha para seus lábios manchados com seu sangue e o beija ferozmente enquanto dá estocadas lentas e ritmadas.

— Vamos para o chuveiro.

— Uhum.

Tiozão & Tavinho (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora