Grand Prix - (Haikyuu x Leitora)

Kita Shinsuke - Pt.2

Depois que o Atsumu "descobriu" sobre o meu pequeno segredo ele cada vez mais deixava tudo mais óbvio. Entretanto a gota d'agua foi quando misteriosamente eu acabei presa com o capitão dentro da sala do clube.

Suspirei alto – Esses pestinhas me pagam.

Kita estava do meu lado oposto, já estava vestido para o treino embora não tivesse saído da sala pra ir para o treino.

-Aparentemente eles nos trancaram aqui – falei para o capitão e ele pareceu levemente curioso o rapaz andou até meu lado e puxou a porta constatando ele mesmo que estava fechada.

-Imagino que tenhamos que fazer alguma coisa para podermos sair – ele disse – Alguma ideia?

Meu coração estava batendo forte e eu senti meu rosto ficar levemente quente, não tinha mais de um palmo de distância entre nós dois - Me desculpe – eu desviei dele e coloquei alguma distância entre nós.

-Provavelmente os meninos fizeram isso por minha causa. – fui até a janela onde podia observar os campos da escola. Eu sabia que eles estavam planejando algo quando Atsumu não conseguia segurar o riso.

Era uma boa oportunidade, mas mesmo assim não era natural. Não sei se o que eu sentia era medo de ser rejeitada mas sim de perder a proximidade que eu tinha construído durante os três anos estudando juntos.

-E então? – ele cruzou os braços, claramente esperando alguma resposta.

Bom, se desse errado pelo menos eu tinha uma desculpa e poderia culpar meus primos por terem forçado uma situação.

-Hum... Kita... Eu g-

Um estalo e Aran entrou pela porta –Que diabos estava trancada a sala? Oh Shinsuke e... [Nome]?

Sem falar nada eu apenas fugi da sala deixando dois garotos bem confusos para trás, era tão embaraçoso.

Passei alguns dias evitando os gêmeos, isso até eles aparecerem na minha casa e pedirem desculpas. Também fugi de Kita por alguns dias a minha sorte era que nós sentávamos distantes um do outro nas aulas então eu conseguia fugir rapidamente.

Era véspera da viagem de Atsumu para Tóquio, para o acampamento nacional e os meus pais me obrigaram a entregar um amuleto de boa sorte para ele.

Estava esperando perto da entrada da escola, tinha mandado uma mensagem avisando. Se eles não tivessem me trancado com Kita aquele dia eu provavelmente estaria esperando no ginásio mesmo.

Já estava bem frio e eu podia imaginar que a neve começaria cair em breve.

-Até quando você vai fugir de mim? – ah, aquela voz. – E não diga que não está.

-Até eu ter coragem de falar o que eu já devia ter dito a muito tempo – respondi sem sequer virar o rosto na direção de Kita – Embora eu acredito que você já saiba. Você é inteligente Kita e além disso... Os gêmeos não são discretos e nem sabem guardar segredos.

Virei meu rosto para ele a ponta do seu nariz estava levemente vermelho por conta do frio e ei podia ver que ele estava com um moletom por debaixo do agasalho da Inarizaki.

-Mas mesmo assim, eu gostaria de ouvir de você.

Um vento gelado soprou – Ouvir "eu gosto de você" de uma garota patética como eu? Chega a ser cruel as sua parte.

Senti uma única lagrima escorrer pelo meu rosto e o garoto da minha frente levantou a mão e secou ela delicadamente – Não, eu quero ouvir da garota que eu gosto que ela retribui meus sentimentos.

Ele manteve a mão no meu rosto o tempo todo enquanto falava, e seus olhos encaravam os meus com intensidade e ansiavam pela minha confissão.

-Eu gosto de você... Shinsuke.

A mão que estava na minha bochecha migrou para o meu queixo e ele levantou meu rosto levemente enquanto se inclinava na minha direção, nossos narizes de tocaram de leve – Fico feliz, porque eu gosto de você também... [Nome].

O capitão encostou os lábios no meu, sua mão foi pro meu pescoço e seu braço livre circundou pela minha cintura me puxando mais pra perto. Para alguém certinho como ele, com certeza tinha sido um movimento bem ousado.

Foi quando eu ouvi um protesto de longe que eu soube que estávamos sendo espionados. Ele sorriu e se afastou em seguida beijando a minha testa.

-Conversamos depois.

Ele podia ser o mais sensato dos garotos, mas continuava sendo uma raposa como todos os outros.