O que não te contaram sobre Madam Spellman 🔥❣⚘

4.5 - I Put a Spell On You 🔥❣

Continua...

2h55mim...

Zelda saiu do abraço de Mambo Marie soltando um suspiro pesado, tendo a certeza de que não pegará no sono tão fácil depois de toda a movimentação com Lilith no jantar de horas antes. Apertando o laço do robe da camisola vinho, ela dá uma última olhada na namorada, que está em um sono profundo e sereno, antes de sair em busca de algo para beber e fumar.

Seus pés descalços reagem ao chão frio de madeira quando ela atravessa o corredor do andar de cima, mas Zelda não se importa, afinal logo estará aquecida pelo fumo e a bebida. No meio da escada, seu corpo para, sua mão esquerda apertando o suporte de madeira e olhos verdes encarando a porta de entrada onde teve os lábios macios e tentadoramente encarnados de Lilith contra seu pescoço, causando sensações que a ruiva deseja eternizar.

Saindo do transe e balançando a cabeça para tentar concentrar-se em outra coisa. A Spellman caminha para seu armário de bebidas escolhendo algo bem forte para acalmar suas entranhas.

Respirando o silêncio quebrado apenas pelo som da noite e o barulho do líquido alcoólico cor âmbar preenchendo o copo, a matriarca simplesmente não entende o que vem acontecendo com ela em relação a Lilith, sua rainha. Em sua postura controlada, é simplesmente um absurdo o seu comportamento eufórico e carente em apenas indícios da presença da morena. Encarando agora o cemitério coberto de neblina e o escuro da noite, iluminado pela luz da lua, sentada em sua varanda, a suma sacerdotisa conclui que sem dúvidas a mãe dos demônios é uma perigosa exceção em sua vida. Eu nunca vou conseguir resistir a ela. O pior é que Zelda gosta disso, gosta de ser controlada por Lilith, gosta do poder que emana de Lilith. Tudo na morena é tão arrebatador. Como um feitiço... Uma maldição... Ou um veneno. Maldita seja! Ela, simplesmente, não quer que isso pare.

A fumaça do cigarro mistura-se com o ar noturno quando Zelda o solta de seus pulmões, seus olhos se fecham com a sensação de aquecimento espalhando-se por seu corpo.

— Insônia, minha doce bruxa? - a voz de Lilith chegou aos ouvidos da ruiva que se recusou a abrir os olhos enquanto respondia, por pensar ser uma alucinação de sua cabeça.

— Sim...

— Bem... Temos que resolver isso. - a dama negra respondeu com um sorriso divertido nos lábios, gostando de ver que a mulher está longe de saber de sua real presença.

— E você acha que eu não tenho tentado? Você jogou um feitiço em mim.

— Não, não, minha linda bruxa. Você jogou um feitiço em mim.

— Isso explica muita coisa. Estamos enfeitiçadas uma pela outra então.

A gargalhada lenta de Lilith inundou os ouvidos de Zelda que se pegou sorrindo também ainda de olhos fechados.

— O que você sugere para resolver esse problema? - a rainha do inferno continuou, alimentando os pensamentos da bruxa, seus lábios curvados em um sorriso perfeito, ao mesmo tempo em que seus olhos azuis não cansam de admirar a linda mulher a alguns metros de distância, sentada majestosamente no banco de madeira da varanda, pensando está alucinando a situação, banhada lindamente com a luz da lua em suas feições de olhos fechados, vestida graciosamente a uma camisola vinho longa, com detalhes rendados no decote e escondida por um robe na mesma cor.