Descascando feridas.

8.6K 778 160
                                    

"Não tenho nada a perderJá sofri o que tinha a sofrerNada a perderNão tenho mais nada a dizerNada a perder

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

"Não tenho nada a perder
Já sofri o que tinha a sofrer
Nada a perder
Não tenho mais nada a dizer
Nada a perder."

Nada a perder- Fernando Daniel.

Cheiro meu corpo, com a intenção de perceber algum odor ruim. Não percebendo cheiro algum, ponho uma camisa cinza e calças jeans, junto com sapatos pretos que amarram.

Pego as chaves do carro antigo de Ben e decido ignorar o mal presságio que me aparece.

Vejo as escamas secas em minhas mãos e penso sobre ir ao mar, porém decido fazê-lo outro dia, me transformar em sereia doía e, aparentemente, eu iria me atrasar para a escola, caso entrasse no mar.

Saio da casa e entro no carro, dava trabalho lembrar de todas as regras humanas, mas era rápido para a locomoção... Embora nem tanto quanto nadar.

Paro o carro junto dos outros e desço, logo um humano não identificado do gênero masculino, surge de repente e para em minha frente.

- Olá, eu sou o Tyler, esses são Mike, Ângela, Jessica, Lauren e Erick.- Ele diz, em um só fôlego.

- Ela me conhece, eu dei as boas-vindas na entrada.- Erick, o humano do outro dia fala e sorri.

- Olá, a todos. Eu sou Ryn.- Falo os olhando brevemente.

- De onde você veio? Seus olhos são lindos.- A humana, Jessica, diz e agarra meu braço, me puxando para dentro da enorme construção, chamada escola.

- Eu vim de longe.- Digo hesitante e saio do toque da humana.- Não costumo tocar as pessoas, desculpe.

- Claro...- Ela responde e interrompe a frase quando Rosalie, a loira, chega em nossa frente.

- Acho que devemos conversar sobre ontem, não acha?- Ela pergunta, sorrindo gentilmente.

Vagueio meu olhar próximo a Rosalie e vejo sua família nos encarando.

Eu seria obrigada a confiar neles, e se, tudo desse errado... Eu iria para o atlântico e só voltaria quando fosse seguro.

- Eu gostei muito de conhecer vocês, até logo.- Digo, acenando com a mão esquerda e vou atrás de Rosalie.- Vamos conversar em um local público, eu prezo e temo pela minha segurança.

- O quê quer dizer? Não vamos te machucar.- Ela diz e sorri, tentando me passar calma, porém eu sinto sua preocupação e receio.

- Então conversaremos na minha casa, ou algum lugar próximo ao mar.- Falo, já traçando um plano em minha mente.

- Onde é sua casa, digo, onde você mora?- Ela pergunta.

- Em La Push, na reserva.- Respondo e aceno para a família de Rosalie, sorrindo falso.

Um romance entre raças.Onde histórias criam vida. Descubra agora