Embaixo da água.

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"O principal motivo da guerra é a paz

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"O principal motivo da guerra é a paz."

— Sun Tzu.

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O cardume entrava, junto a mim, no lago congelado. Sentindo cada osso de meu corpo se quebrar e realocar, lembro-me da frase que Alistair me dissera com imensa tristeza.

"Eu tentei salvar a Donna, porém ela me mandou salvar nossa filha e... No final, eu acabei perdendo ambas".

Nado em frente, guiando o cardume abaixo da grossa camada de gelo. Olhando para cima, vejo nossos aliados sobrepostos na superfície. Em silêncio e com pouca movimentação, o cardume avista os inimigos se alinhando no lado contrário do lago.

Vejo que trouxe testemunhas.— Uma voz esganiçada e ameaçadora se faz presente no lado Volturi.

— Aro, que bom revê-lo, velho amigo.— Carlisle diz cordial, e um tanto falso.

Me distraio em meio a conversa, quando o canto de Alecsander soa em minha mente. O plano é recitado várias vezes na mente do cardume. Edward, Emmett, Jacob, Bella e Reneesme caminham em direção aos Volturi. Nadamos seguindo o grupo que se move em direção aos inimigos e paramos, encarando os reis de baixo.

— Bella, a imortalidade lhe caiu bem.— O Volturi diz. Ficamos em alerta quando o Volturi toca na criança e, solta sua mão, gargalhando.— Metade mortal, metade imortal. Gerada no útero dessa recém-criada quando ainda era humana.

— Isso é impossível.— O outro Volturi diz, logo sendo interrompido.

— Acha que mentiram pra mim, irmão?— O Volturi de antes pergunta, de forma ameaçadora.

Os nossos se encaminham para onde o restante de nossos aliados se mantinham e então, Edward cai de joelhos sobre o gelo. Procuro o problema com meus olhos, e me sinto aliviada quando Bella tem tudo sobre controle.

— Aquela foi a criança que você viu?— O Volturi que fora ameaçado por um dos seus, pergunta para uma mulher parecida com as Denali.

— Eu não tenho certeza... A criança está maior!— A vampira diz.

Uma movimentação se faz presente sobre nós e a vampira sussurra um pedido de desculpas, alguém do nosso lado bate os pés diversas vezes e eu compreendo o que deveríamos fazer.

Tomando impulso, atravesso a grossa camada de gelo e vejo surpresa tomar a face dos Volturi.

— Fuja, Denali.— Digo, forçando meu lado selvagem, enquanto olho para a loira que se desvencilha das mãos dos inimigos.

Grito, chamando a ajuda do cardume e vejo os Volturi que seguravam a Denali, afundarem. Logo, duas cabeças voltam ao solo, uma loira feminina e uma morena masculina. Ambas as cabeças de porcelana rodopiam pelo gelo e param em frente os reis.

— Como ousam, seus...— O Volturi de cabelos loiros Chanel dá indícios de uma ameaça, porém é interrompido pelo tal Aro.

— Não temos motivos para brigar, ao menos por enquanto.— Aro diz, olhando para a minha direção, enquanto sorria de forma sinistra. Menos de um segundo, ele dá um gritinho agudo e afeminado, olhando para uma certa direção.— Alice.

Olho pela mesma direção que o vampiro olha e Alice vem, junto de Jasper. Eles me olham por breves segundos e se encaminham para os Volturi.

— A criança não será um problema, deixe-me mostrar.— Alice fala, sendo barrada por dois vampiros Volturi.

A voz de Alice soando em meus ouvidos, me fazia sentir mal por um instante. Rapidamente, volto pelo grande buraco que eu havia feito na grossa camada de gelo. Fico embaixo da água junto do cardume e então vemos os Volturi indo embora. Aro fica para trás e fala algo incoerente e olha para baixo, como se me visse através do gelo.

O cardume sobe para a superfície com os dois corpos sem cabeça. Nossos aliados parecem se surpreender ao nos ver se transformar em algo mais humano, Bejamin me cobre com um cobertor, tirado da mochila que o mesmo havia mantido em meio a floresta.

— As sereias mataram os irmãos Volturi. A guarda não vai deixar isso barato.— Vladimir diz, fazendo-me bufar.— Dane-se. Queimem logo Jane e Alec e vamos embora.

Todos parecem aliviados, como se um grande peso houvesse sido retirado de seus ombros. Minha mente trabalhava com lentidão e todas as partes do meu corpo pareciam queimar. As Denali param em minha frente e sorriem.

— Obrigada por salvar a minha irmã, Ryn.— Tânia fala, sorrindo amplamente.

— Foi um trabalho de todo o cardume.— Murmuro, sorrindo minimamente. Amy aparece ao meu lado e põe a mão em meu ombro, ela aponta centro do meu peito e depois faz um sinal de ok com a mão, me fazendo sorrir.— Bom, se é pra mim levar todo o crédito... Devo dizer que só salvei a irmã Denali por causa dos seus lindos cabelos amarelos.— Brinco, fazendo as três irmãs loiras me abraçarem. Vejo Jasper e Alice me olhando e vindo em nossa direção. Peço licença para as irmãs e vou para perto de Bejamin e o cardume.

— Não é preciso ser um empata pra saber que os seus sentimentos estão uma confusão.— Bejamin diz, me fazendo resmungar.— O que foi?

— O plano era o cardume atacar de trás e matar um por um, de forma silenciosa e rápida. Mas deixamos os nossos inimigos fugirem.— Falo com irritação na voz e um enjoo horrível.

—— Ganhamos hoje e não perdemos ninguém. É uma vitória, esqueça esse plano, Ryn.— Bejamin diz de forma calma.

— Está errado!— Grito, chamando a atenção dos vampiros presentes e Ben, surpresos.— Eles vão voltar. Ganharmos isso hoje, não quer dizer que não podemos estar mortos em breve.

— A alfa está inquieta. Há algo de errado.— Alexandra fala, se aproximando de mim.

— Ou há algo de certo.— Alecsander contradiz a irmã. Ele se aproxima de mim e eu recuo, desviando o olhar.— Ryn, você...

Meu coração começa a palpitar e eu começo a hiperventilar. Corro em direção ao buraco em meio o lago, soltando o cobertor em meio o caminho. Me lanço dentro da água fria, não sem antes ouvir os arfares surpresos dos alí presentes quando Alecsander concluí sua frase.

— Está grávida.



Capítulo sem revisão.

Um romance entre raças.Where stories live. Discover now