a arte de amar harry styles // larry

dezoito

Boa Leitura!

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— Caro Louis Tomlinson, em nome da Universidade de Cambridge, gostaríamos de parabenizá-lo em virtude de sua aprovação na Faculdade de História da Arte, através de nosso processo seletivo. —  Louis olhou para Harry, com um sorriso. Ele já conseguia sentir suas bochechas doendo e a armação de seu óculos o pressionando levemente. — Você... Você conseguiu! Senhora Brown, nosso Louis conseguiu! 

De repente, Harry levantou-se e abraçou senhora Brown, arrancando da pobre senhora um grito surpreso, seguido de uma gargalhada. Louis não pôde evitar rir também com a cena, porque Harry era tão adorável.

— Não sou eu quem você deve abraçar, querido — ela murmurou, ofegante, provavelmente sem ar devido ao forte abraço que Harry costumava dar em todos. Quando o rapaz finalmente a soltou, ela respirou fundo e sorriu. — Vou deixá-los à sós. Harry, me avise quando for embora, eu tenho um pedaço de bolo para você — ela voltou seu olhar para Louis, e sorriu ao balançar a cabeça. — E você, meu querido. Parabéns, estou extremamente orgulhosa. Irei separar um pedaço de bolo para você também, mas quero que venha comer mais tarde com seu pai. 

Louis, assentiu, porém, sem tirar um constante pensamento preso em sua mente, desde o momento em que soube estar dentro de sua universidade dos sonhos. E quando Harry beijou-o, misturando seus sabores, desejos e sentimentos mútuos, Louis teve certeza de que aquele pensamento era o certo, pois ele já tinha tudo o que precisava: naquele mesmo dia, iria embora com Harry para Londres. Sem olhar para trás.

Mordendo o lábio inferior de seu ídolo, Louis sentiu o frio na barriga delicioso ao se imaginar encarando uma nova vida, uma nova realidade onde poderia finalmente ser livre. Ele queria beijar seu namorado em público, tocá-lo, abraçá-lo e se declarar abertamente sem ter nenhum impedimento. Queria pintá-lo e desenhá-lo mais vezes, com roupas, nu, em posições nunca capturadas antes por fotos. Queria acompanhá-lo em premiações, eventos, observá-lo nos backstages de shows e gritar por ele. Louis queria a liberdade que sempre almejou em sua vida, com o homem que amava, e seu coração mal cabia em seu próprio peito de tanta felicidade ao saber que sim, ele conseguiu, e seu ponto de partida era naquele exato instante.

— Eu vou embora com você hoje, amor — sussurrou, então, como se fosse o pequeno segredo deles, à boca de Harry. 

Instantaneamente, seu namorado afastou-o e segurou sua cintura firmemente, com os olhos verdes arregalados em surpresa.

— O que?

— Hoje. Eu saio daqui hoje. 

— Louis...

— É o que eu quero — interrompeu o rapaz, decisivo. — Não tenho mais nada a perder, Harry. Continuar mais algumas semanas é apenas adiar o inevitável — justificou, num tom mais suave. — Não tenho nada a perder — enfatizou.

Harry desviou o olhar. Deus sabe o quanto ele queria ouvir Louis finalmente dizendo que eles poderiam estar juntos, mas fora pego de surpresa. Faltava tão pouco... O ato impulsivo de Louis realmente daria certo? Não seria melhor esperar o tempo certo? 

Ele voltou a olhar Louis, com seus olhos brilhando em expectativa por trás da armação quadrada dos óculos. Seu lindo Louis, com a franja bagunçada e lábios vermelhos pelo beijo de minutos atrás. Harry mal via a hora de ter seu final feliz com ele, portanto, qualquer ato impulsivo valeria a pena se, no fim, ele alcançasse seu tão desejado conto de fadas. Mas, mesmo que seu coração gritasse para correr e arrumar logo as malas do rapaz pois seu pai chegaria em poucas horas; sua mente freava todas as suas ações.