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Harry Styles ficava lindo sob a cor rosa.

Puf. Harry Styles ficava lindo de qualquer forma. Qualquer. Forma.

Chegava a quase ser crime, Louis Tomlinson pensava. Ele até fez, uma vez, uma lista com todos os crimes cometidos por Harry Styles e sua perigosa beleza.

*

CRIMES DE HARRY STYLES — PARTE UM

A) A forma como seus cabelos escuros longos e cacheados caíam sobre seus ombros e o modo como ele ficou estupidamente bonito quando teve que cortar as madeixas para fazer um filme;

B) A forma como seus olhos verdes sempre pareciam mudar de acordo com a luz ambiente; contudo, nunca perdendo sua beleza e fulgor;

C) A forma com que sua pele lívida dava um destaque enorme para sua boca rósea e suculenta totalmente convidativa implorando por um beijo;

D) Suas pernas compridas e magras que lhe davam um ar elegante e matava modelos ao redor do mundo de inveja;

E) Tudo, tudo e tudo.


A lista continua.

*

Era ridículo, mas Louis amava.

Terminou de passar o pincel com tinta rosa arroxeada, olhando satisfeito para seu trabalho. Harry havia usado esta foto em seu perfil por alguns meses, e Louis, quando o viu mudá-la, quis fazer uma homenagem e teve sua mão formigando ansiosa, pronta para começar um novo desenho sobre sua pessoa preferida de todo o mundo.

— Lou, querido — a voz de seu pai, Mark, preencheu o quarto num tom doce e tranquilo. Tomlinson olhou para cima e ajeitou seus óculos de grau, dando um sorriso preguiçoso para seu pai, que permanecia parado no batente da porta. Ele vestia seu horrível uniforme do trabalho e seu crachá caía até o meio de seu peito, com os dizeres "COMO POSSO AJUDAR?" e "FUNCIONÁRIO MARK" logo abaixo. — Harry Styles, novamente?

— H é bonito demais para não ser expresso na arte, pai. Às vezes, me arrisco dizer que ele é a própria arte. — comentou, despreocupado, em simultâneo, que brincava com o lilás formado no pote de água, mexendo o pincel de um lado para o outro e observando as ondas se formarem.

Sentiu o colchão afundar à sua frente e foi tirado de sua pequena bolha ao ver seu pai analisando o desenho de forma concentrada, uma mão no queixo formando um pequeno bico, os óculos de grau deslizando por seu nariz e uma mecha de seu cabelo recém-aparado caindo em seu rosto pálido. Era seu horário de almoço, e ele sempre preferia andar os quatro quarteirões que separavam a casa do mercado em que trabalhava do que almoçar por lá.

— É bonito. Porém — começou Mark, seu olhar deixando o desenho e se concentrando em seu filho. —, você poderia começar a focar seu talento em outras coisas. Claro que pode continuar com Harry, mas há tantas outras paisagens bonitas. Veja só.

Ele pegou as mãos de Louis e tirou-o da cama, puxando-o por todo o quarto até chegarem à janela do pequeno cômodo, a qual possuía uma vista da paisagem da rua. Era uma tarde de abril agradável, o sol estava brilhando lindamente no céu azul sem qualquer nuvem para atrapalhá-lo e, abaixo dele, as casas impecáveis com seus jardins bem cuidados e ruas padronizadas formavam uma bela maquete de tão perfeitas que pareciam. Era realmente uma linda paisagem, digna de uma pintura ao seu nível, mas não atraía tanto o rapaz quanto os maravilhosos olhos esmeraldinos que amava observar e logo depois passar para o papel, mesmo que sem sua cor marcante.

a arte de amar harry styles // larryWhere stories live. Discover now