onze

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— Então esta é a arma do crime, senhor Tomlinson — Harry comentou, fingindo um tom rígido, ao pegar o celular emprestado de Louis. O maior clicou no botão para acender a tela e ao ver a mensagem de Zayn dizendo "APOSTO QUE VCS ESTAO SE PEGANDO MUITO!!!!!!", Louis imediatamente puxou o celular da mão de Harry, envergonhado. — Ei, eu vi isso! Suponho que você terá que pagar uma multa por quebrar meu termo de confidencialidade.

— Ai, meu Deus — Louis colocou as mãos no rosto, envergonhado demais para encarar Harry. Zayn iria lhe pagar por este momento.

Harry atenciosamente pegou o celular novamente e gargalhou ao reler a mensagem.

— Zayn. É o seu melhor amigo, não é? Bom rapaz — murmurou Harry lentamente. Louis tirou as mãos do rosto, ainda envergonhado demais para olhar Harry, e checou o celular em suas mãos. — Deixa eu adivinhar. A senha é meu aniversário?

— Idiota — soltou Louis, sorrindo. — É o aniversário da minha mãe — corrigiu, clicando na tela e apertando os números.

O celular desbloqueou e revelou o plano de fundo, com alguns aplicativos espalhados pela tela. Louis não pôde deixar de sentir seu coração ligeiramente saliente ao ver o plano de fundo: uma foto de Harry tirada nos bastidores de seu show em Hong Kong pela sua última turnê.

— Eu gosto dessa foto — disse Harry, e Louis percebeu que foi mais para si mesmo do que para ele. O jovem não pôde deixar de sorrir com o amor-próprio que seu ídolo exalava.

Louis, de repente, se lembrou de algo.

— Ei. Acredito que você vá gostar disso — disse, saltando do sofá e andando em passos rápidos até o seu quarto.

Seu pai havia destruído todos os desenhos de seu caderno, mas ainda havia guardado, em sua última gaveta do quarto, os que ele fazia em folhas soltas. Louis só rascunhava em seu caderno quando não tinha nada para fazer ou não tinha o material necessário, apenas aperfeiçoando os que gostava. Suas verdadeiras obras de arte, no entanto, estavam todas amontoadas na sua gaveta, como seu pequeno santuário.

Sem paciência para procurar um por um e talvez (com certeza) com vontade de exibir seus talentos para seu ídolo, Louis pegou sua pasta de desenhos e correu até a sala novamente. Harry estava sentado ainda no sofá, mas desta vez com o controle da TV na mão e fazendo um pequeno bico em concentração. Louis não pôde evitar a fisgada que seu coração deu ao vê-lo ali, com calças de moletom, camisa tie-dye colorida e pernas cruzadas, parecendo ridiculamente adaptado ao ambiente.

Ele meio que sonhou um pouco, imaginando que Harry estava ali há muito mais tempo, apenas para ter a doce sensação de que aquela era sua vida rotineira.

Se aproximou novamente do sofá e sentou-se. No mesmo instante, Harry se aproximou mais dele e tocou sua perna, gerando uma pequena queimação no local pelo contato. Styles não tardou em chegar mais próximo de Louis e morder seu lábio inferior de uma forma agradável e excitante.

Após o breve contato, Louis ajeitou seus óculos, ignorou a leve fisgada em sua barriga e sorriu, sem jeito.

— Em algum lugar aqui tenho essa foto. Só preciso achar — explicou, como se nada tivesse acontecido, e abriu a pasta.

Harry tomou liberdade para pegar uma metade da pilha de folhas ali amontoadas, e seu coração foi preenchido com o mesmo sentimento de quando viu aquelas artes pela primeira vez. Pessoalmente, era ainda mais significativo a comoção que elas causavam nele. Ele podia ver, em tamanho real, tudo o que Louis silenciosamente passava para o papel: todo o amor, devoção à arte, cuidado, carinho. Harry se sentiu um pouco estonteado ao ser exuberado daquela forma com tanto de Louis, mas não sobrecarregado. Ele parecia grato ao ser transbordado daquela forma.

a arte de amar harry styles // larryOnde as histórias ganham vida. Descobre agora