doze

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Boa leitura!

***

— Nesse aqui, o concurso era sobre escrever um conto de fadas. Foi último ano do primário, eu tinha onze anos — Louis apontou para o troféu ao seu lado. Ele sorriu ao lembrar de si mesmo, mais novo, escrevendo firmemente sobre uma folha a ideia que acabara de ter, com o lábio inferior preso entre os dentes e o óculos caindo por seu nariz. — Eu levei o rascunho para a escola, para terminar no intervalo. Quando voltei para buscá-lo, meu armário estava entreaberto e meu rascunho tinha sumido.

Harry inclinou-se para frente, para encarar Louis, com os olhos arregalados. O menor riu.

— Você foi roubado?

Eram quatro da tarde e eles estavam deitados no chão da sala, seminus e rodeados de desenhos, há exatamente uma hora. Louis tinha sua cabeça apoiada no bíceps de Harry que, por mais que estivesse totalmente dormente, não ousou tirá-lo dali nem por um instante. Suas pernas estavam emboladas uma na outra, numa quentura e conforto que eles nunca sentiram antes. Se pudessem, congelavam aquele momento por toda a eternidade.

— Acontece que eu ganhei o concurso de escrita no ano anterior, então um pequeno trapaceiro me roubou para poder usar meu texto e ganhar o concurso — explicou Louis, sorrindo e passando os braços pela cintura de Harry. — O prêmio era um troféu e cem libras.

— Oh. Isso explica muito. Eu também trapacearia para ganhar cem libras.

— Você é realmente uma má influência, Styles — murmurou o menor, contendo um sorriso. — Vá embora da minha casa agora.

Ele ameaçou se afastar, mas Harry possessivamente apertou seu braço em torno de seu pescoço e puxou-o para perto de novo. O maior virou-se de lado e passou seu outro braço pela cintura de Louis, agora o prendendo completamente. Tomlinson sorriu e plantou um beijo nos lábios de Harry, numa doçura que fez o ídolo querer derreter.

— Eu acabei por conseguir provar que o texto era meu, juntei um monte de provas. Acredito que foi ali que comecei a me apaixonar por investigação e virei um fanático por Agatha Christie — continuou a falar Louis, percebendo que a atenção de Harry estava totalmente voltada para si.

Ele amava ter a atenção de seu ídolo, e percebera isto apenas naquela tarde, quando os grandes olhos verdes de Styles estavam pregados em seu rosto conforme ele divagava sobre sua vida e acontecimentos aleatórios. Harry parecia realmente atento e ouvindo tudo o que ele dizia, o que deixava-o com uma queimação no estômago por parecer tão importante. 

— Eu acho que nunca li Agatha Christie — confessou Harry, dando de ombros.

 Louis o olhou indignado. 

— Agora é sério, vá embora da minha casa.

— Você não seria idiota de me deixar, hum? — Harry sussurrou, convencido, e Louis não conseguiu conter um sorriso bobo. — Sabe quantas pessoas queriam estar no seu lugar, Louis Tomlinson de Doncaster?

Harry esfregou seu nariz pelo pescoço do menor, sentindo seu cheiro doce misturado com suor. Ele sentiu o fã se arrepiar sob o toque e sorriu.

— Estou estragando o sonho de algumas meninas — riu, abafado, perto da orelha de Harry, enquanto o maior continuava a cheirá-lo.

Harry beijou seu pescoço delicadamente e se afastou da pele do rapaz, apenas para subir seu olhar e encarar o maravilhoso mar azul à sua frente, separado de si apenas pelas lentes de óculos.

— Oi. — Murmurou Harry, com um sorrisinho sem dentes que revelava suas covinhas.

— Oi — respondeu Louis, bobo demais para falar qualquer outra coisa, imerso no seu perfeito sonho adolescente.

a arte de amar harry styles // larryWhere stories live. Discover now