A inimiga entre nós

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HARRY

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HARRY





- Isto só pode ser brincadeira! Por favor, diga-me que é.

- Edward, eu e seu pai pensamos muito e chegamos à esta conclusão. É o mais cabível nesse caso, é o justo.

Levantei-me apressadamente e comecei a caminhar pela sala, tentando engolir a ideia na qual meus pais insistiam, dizendo que iria funcionar. Em minha concepção era impossível.

- Então vamos recapitular, - coloquei minhas mãos para trás enquanto aproximava-me novamente da mesa. - a ideia é colocar a rebelde que tentou matar-me duas vezes, desafiou e humilhou-me, e deixa claro que odeia a família real, para trabalhar conosco? Dar a ela comida, roupa, moradia e tudo isso dentro do nosso castelo? Vocês querem colocar o inimigo para dentro de casa e confiar a minha irmã mais nova à ela? Vocês conseguem ao menos ouvir a si mesmos?

- Harry, ela venceu o duelo e por muito pouco não venceu você também. - Revirei os olhos ao ouvir a frase de minha mãe. - Como seus crimes foram bárbaros, daremos a oportunidade dela redimi-los e trabalhar no castelo como dama de companhia de Elizabeth, assim ficamos de olho nela e, de certa forma, ela ganhará sua liberdade.

- Inacreditável. - ri sarcasticamente.

- Espero que não esteja indo contra a decisão que eu e sua mãe tomamos, meu filho. - Pela primeira vez na conversa, o rei se manifestou.

- De maneira alguma, meu pai.

- Ótimo, pois já mandamos chamar Guinevere e você será o responsável por dar a notícia e explicar como tudo funcionará.

Optei por não dizer mais nada, apenas sorri, recolhi a papelada sobre a mesa e as levei comigo para sala ao lado, deparando-me com a rebelde que já encontrava-se ali, muito bem vestida por sinal. Creio que a rainha já queria que ela tomasse um belo banho faz tempo.





[ ••• ]






- Por favor, acabemos logo com isso. - falei ao ajeitar-me na poltrona. - Irei direito ao ponto, Guinevere, ou devo dizer Gwen, como prefere ser chamada. Estou enganado?

Como o esperado, ela nada respondeu. Foi possível perceber o desconforto quando ouviu tais palavras. Desde que a rebelde havia chegado, comecei a prestar um pouco mais de atenção em seu modo de falar, gestos e a maneira de reagir às situações, montando uma espécie de mapa mental a fim de tentar conhecer um pouco mais dela, mas não estava me saindo muito bem.

- Continuando: já que você derrotou seu oponente no duelo e...

- Quase derrotei você. - concluiu com um sorriso vitorioso nos lábios. Desviei os olhos, suspirando.

- Quase não é derrotar. Enfim, com base no seu surpreendente desenvolvimento no Coliseu, nós iremos dar-lhe a chance de se redimir e permitir que pague a sua pena trabalhando no castelo. - sorri ao perceber seu desconforto. Ela não demorou muito para se opor.

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