Depois da pequena "travessura" de Takeo, eu fiquei exausto e já estava querendo voltar para casa. Yukio e Mitsuri resolveram fazer uma batalha de músicas, não sei quanto isso durou mas quando resolvi olhar no relógio já eram nove horas.- Gente, é melhor irmos, está ficando tarde. - Falei tentando segurar o prato que a Mitsuri ia jogar no Yukio.
- Sim, eu também acho. - Haru concordou.
- Ah não... Estava ficando tão bom.
- Yumi, tudo de legal que tinha para acontecer, já aconteceu, está na hora. Além do mais hoje ainda é sexta, tem amanhã e domingo ainda para você sair.
- Mas Nao-kun, nunca nos reunimos assim... E quando acontece é tão rápido...
- Podemos fazer isso outra vez Yumi-chan, mas agora eu também estou cansado. - Takeo mais uma vez fez charme para o lado da Yumi.
- Yamada-senpai... Já que você diz... Mitsuri, vamos.
- Sim Yumi! - Mitsuri esqueceu totalmente Yukio e pegou suas coisas se levantando.
- Yukio, eu também já estou indo... - Haru se levantou também.
- Oh, se é assim, vamos todos juntos.
Bati a mão na testa me perguntando se o Yukio era tão carente de amizade.
Levantei junto com Takeo e caminhamos até a entrada. Yukio se ofereceu para dar carona ao Haru e adiantou na frente se despedindo. Mitsuri montou em sua moto e estava quase saindo com a Yumi quando parou ao escutar alguém me chamando.- Nao? - No momento que escutei essa voz, todo o meu corpo gelou, e o da Mitsuri também deve ter gelado, pois ela demorou para olhar para trás com medo.
Narrador On
- Nao? Nao! É você mesmo, quanto tempo! - o menino correu até Nao e o abraçou sem mais nem menos, mas não foi correspondido. - Eu quase não te reconheceria se não fosse pela Mitsuri. É a Mitsuri ali atrás né? Vocês sempre andam juntos!
Nao não respondeu, ele não conseguia abrir a boca para dizer uma palavra, seu rosto assustado e suor frio correndo nele. Takeo imediatamente percebeu que havia algo errado e tocou em seu ombro chamando a atenção do outro rapaz.
- Minha nossa que falta de educação minha, eu não vi que havia outra pessoa aqui! É seu amigo?
- O que você está fazendo aqui?! - Mitsuri finalmente parecia ter despertado e caminhou até o garoto, empurrando o mesmo que ainda estava abraçando o Nao.
- Como assim? Eu fiz algum crime que não posso pisar mais no Japão?
- O que você fez deveria ser considerado crime mesmo!
- Minha nossa Mitsuri... Faz tanto tempo que não nos encontramos e a primeira coisa que você faz é agir assim comigo? Você continua tão insensível... - Fez bico massageando o ombro onde a Mitsuri o empurrou.
- Olha quem fala seu—
- Ichiro... O que... O que você... O que você... Por que...
- Eu voltei para o Japão, Nao... Já faz algum tempo, quem diria que íamos nos esbarrar, realmente coisa do destino! - Riu.
- Seu filho da puta! - Mitsuri avançou para bater nele mas Yumi correu para tentar impedi-la.
Takeo ficou parado, ele não entendia o que estava acontecendo mas percebeu que aquele garoto não agradava ao Nao, e achou que qualquer que fosse o motivo, ele merecia o murro da Mitsuri, então não interferiu.
- Mitsuri... Por favor pare... Vamos embora... - Nao tentou se mover mas ainda estava enraizado no lugar.
- AAAAH MITSURI, SANGUE!! - Yumi gritou assustada.
Realmente era sangue, mas não era tanto a ponto de chamar atenção às pessoas na rua. Mitsuri parou apenas para ver que o sangue que estava em sua mão era do arranhão que tinha feito no rosto de Ichiro.
- Minha nossa... Eu realmente precisava do meu rosto intacto... Nao-kun, você realmente deixou ela me bater, quando você ficou tão selvagem que nem ela?
Parecia que cada frase que ele falava machucava tanto o Nao em algum lugar, que ele não conseguia rebater. E isso só aumentava mais ainda a diversão de Ichiro.
- Mas está tudo bem. Depois de tanto tempo sem te ver, essa realmente é a melhor cara que você tem para me fazer agora... - Riu maliciosamente.
Não se sabe quando o Takeo se moveu do lado do Nao, nem quando seu punho atingiu o rosto de Ichiro. Foi tão rápido que todos no local ficaram atordoados, até mesmo Nao que estava pálido, parecia ter dado alguma reação.
- Que caralhos...?! - Ichiro estava tonto sentido sua bochecha que para combinar com o arranhão do outro lado, agora estava vermelha gradualmente ficando inchada.
- Yamada-senpai....?
- Yamada...?
- Takeo...?
- Eu não sei quem você é. Mas saiba que enquanto eu e a Mitsuri estiver ao lado do Nao, você não tem o direito de falar uma palavra sequer com ele. - Takeo que antes parecia estar analisando toda a situação, agora estava incrivelmente com um olhar sombrio em seu rosto.
- Quem você pensa que é... Me desculpe mas você certamente não deve saber que eu sou um amigo muito querido do Nao e da Mitsuri.
- Eu não sei que tipo de relação vocês tinham. Mas O Nao não age desse jeito com nenhum amigo dele.
- Takeo... Por favor deixe isso quieto, vamos para casa... - Nao segurou seu braço e Takeo pôde perceber que seus dedos estavam gelados.
- Tudo bem. Nosso reencontro começou com o pé errado. Está tarde e eu preciso voltar logo para casa. Nao, Mitsuri eu espero que nos encontremos novamente—
- Ichiro? Nao? O que vocês estão fazendo aqui? - Ao mesmo tempo o sorriso de Ichiro congelou e o rosto de Nao que estava pálido, ficou ainda mais branco.
- P...Pai? Mãe?
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.(Para quem não lembra, Ichiro foi o "namorado de infância" do Nao que desenvolveu um trauma nele)
As coisas vão ficar um pouco tensas agora, mas depois trarei vários refrescos de Nao e Takeo! 🍹🍋
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Se Me Odeia Tanto - Yaoi (EM REVISÃO)
FanfictionNao foi mandado para um Colégio interno com apenas 15 anos por seu pai desde que revelou sua verdadeira sexualidade, gay. Ele têm passado 3 anos no colégio aturando piadinhas homofobicas dos seus colegas de classe, principalmente do Takeo. Mas no se...