Juntinhos

851 73 12
                                    

Adrian:

Kyoko tinha passado dos limites insinuando que eu e Mari estamos saindo. Fiquei sentido por Mari se sentir mal com o que aconteceu.

- Eu só queria saber se eu tinha sido trocada tão rapidamente. - disse ela sem mostrar expressões.

- Não, não foi. - pausei - Eu sei que foi do nada, mas como eu disse, não tenho certeza dos meus sentimentos e não quero continuar insistindo. E talvez eu realmente goste de alguém... Mas não é a Marinette.

- Obrigada pela sinceridade, Adrian... E também sendo sinsera, eu preferia que fosse a Marinette, apesar de tudo, a garota por quem você me trocou. - fico espantado e a vejo se levantar e sair.

Ok, agora estou confuso. Kyoko apoia Marinette e eu como um casal? Isso é tão confuso!

Decidi procurar Mari pela cafeteria. Percebi que ela estava diferente, um tanto para baixo. Deve estar assim pelo que aconteceu à pouco. Expliquei a ela o que aconteceu, mas ela continuou com aquela carinha desanimada. Sua fala era fria também. Afinal, insinuar que somos um casal a deixou tão abatida assim? Será que ela entraria em depressão se eu a beijasse? Nossa, tenho que resolver isso! Tomara que o filme seja muito bom!

Sala de cinema:

- Essa pipoca é muito boa! - digo puxando assunto e ofereço.

- Obrigada! - pegou um pouco e olhou para a tela.

O filme era engraçado, demorou pra eu escutar uma gargalhada de Mari, mas escutei. Depois ela deu uma pausa então a observei de beira de olho. Os olhos dela estavam cheios de lágrimas e elas caiam sutilmente enquanto a mesma olhava fixamente para o telão.
Senti algo no meu estômago e um aperto no peito, algo impossível de descrever. Todas as vezes que a vejo chorar me sinto péssimo, como se eu tivesse falhado em protegê-la. Mas a pergunta é: Por que ela está chorando? Será que é pelo mesmo motivo da última vez quando Chat a consolou?
Que tipo de linha de pensamentos eram estes que a fizeram querer cortar minhas fotos?

Coloco meu braço ao redor de seus ombros e a puxo inclinando sua cabeça no encaixe de meu pescoço. Ela parece estar surpresa com minha ação, mas não recua. Quando finalmente se rendeu à nossa proximidade a senti se acomodar. Sua cabeça apoiada em meu peito dava-me a oportunidade de sentir o cheiro suave de seu cabelo. Parecia morango. Eu gostei do perfume e também da sensação de a ter em meus braços. Reparei como sua pele era macia, suas mãos eram pequenas e se eu procurasse seu rosto apesar do ângulo, via grandes olhos azuis cintilantes. Ela não estava mais chorando silenciosamente, na verdade agora seu rosto tinha uma expressão calma, e fiquei feliz por isso. No entanto não era motivo para me afastar. Agora que sei como é legal abracá-la vou tentar mais vezes. São poucas as vezes que abraço alguém já que meu pai é muito frio e os empregados estranhariam esse comportamento. Me sinto sortudo por ter alguém como a Marinette na minha vida.

_________________________________________

Enquanto Adrian e Marinette assistiram o filme Tikki e Blagg aparecem sorrateiramente do casaco e da bolsa de seus portadores. Blagg pisca para tikki que sorri segurando as bochechas. Em seguida ela solta um beijo para seu gatinho e ele segura o peito suspirando e voltando para o casaco de Adrian. Tikki faz o mesmo é se esconde novamente na bolsa de Marinette.
_________________________________________

Assim que o filme terminou fiquei sem reação. Não queria me levantar e sair de perto dela. Logo a mesma se afasta e me entristeço.

- O-obrigada! - disse um pouco baixo desviando o olhar.

- Um abraço sempre ajuda.

Tentei te esquecer: MiraculousWhere stories live. Discover now