O beijo

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Por Adrian:

Eu não posso acreditar que amo ela! Eu me nego a acreditar nisso! Isso é impossível! Ela gosta do Luka! Olha pra mim e para o Luka! Ele é todo descolado e não tem um pai problemático como o meu. Sem falar no Chat... minha vida é totalmente problemática. A Mari não vai ser louca de gostar de alguém como eu.

- Não dormiu a noite toda. Quer falar sobre isso? - disse blagg enquanto eu arrumava minha mochila.

- Não! - digo aflito quase cedendo a minha súbita vontade de bagunçar o cabelo que acabei de arrumar.

- Marin... - encaro ele com uma expressão assassina e ele recua com um sorriso forçado. - Tudo bem... tudo bem...

No pátio da escola me via procurando marinette com os olhos volta e meia. Uma veia quase explodiu quando a avistei chegar com Luka e dar a ele um beijo na bochecha. Esse tipo de coisa é permitida agora? Isso é uma escola, por favor! Eles sustentaram o olhar até que Luka disse algo. Deve ter se despedido. Ela está corando! Por que está corando?

- Adrian! Amigão! - volto minha atenção para Nino.

- O quê? - digo confuso.

- Tá encarando a Mari por mais tempo do que o normal hoje. - disse ele e meus olhos saltam surpresos com o que escutei.

- Eu a encaro? Desde quando? - agora parecia preocupado.

- Desde que se conheceram. - pausou- Então você olha para ela e quando ela percebe, tropeça em algo, você sorri como se ela fosse a pessoa mais meiga do mundo então ela fica vergonha porque você a viu tropeçar. - ele parecia certo de tudo o que falava.

- Eu nunca notei isso. - desvio meu olhar para Mari e percebo que ela já estava me olhando. Ela tropeçou nas próprias pernas e segurou o ombro de allya que não se surpreendeu com o quase tombo da amiga. - acho que você tem razão. - suspiro não contendo um sorriso ao vê-la se esconder atrás da amiga.

- Gosta dela? - ele me perguntou do nada.

- Pode ser que sim, mas não tenho certeza se gosto o suficiente dela para arriscar estragar nossa amizade tentando isso. E mais... Ela nem gosta de mim desse jeito até onde eu sei. - digo e vou na frente com as mãos no bolso e carregando um olhar desanimado.

Mais tarde encontrei uma carta na minha mesa. Eu costumava sentar com Nino, pensei que era um recado dele, mas não era. A letra era definitivamente da marinette embora também lembrasse à da Lady bug. Sou suspeito pra falar, Já que eu a vejo em todos os cantos... Maldito amor esse que sinto pela minha joaninha.
Estava escrito na carta: " Me encontre na praça depois da aula por favor." - o que será que ela quer me dizer? Eu tinha feito alguma coisa errada? Só indo logo para tirar essa dúvida.

Chegando lá a ví sentada em um banco na sombra. Olhava para o chão com uma expressão séria.

- Mari? Oi! - coloco minha mão em seu ombro e ela se levanta num impulso.

- A-ah, oi Adrian! Você veio.

- Parecia importante. O que aconteceu? - ela desviou os olhos por alguns segundos até tomar coragem e olhar em meu olhos. As vezes esqueço o quanto os dela são azuis. Mari é realmente bonita.

- Eu... Vou dizer algo. Por favor, não fique chateado comigo! - engoli o seco esperando o que vinha a seguir. - é que eu gosto muito de Você! - sua expressão era determinada. - dei um sorriso.

- Eu sei que você gosta de mim. Você também é minha melhor amiga, marinette! É a garota mais legal que já conheci. - coro um pouco, mas não consigo evitar. Ela é tão fofa por me chamar aqui só pra dizer isso.

- E-eu... - ela suspirou e percebi que não encarava mais meus olhos. O que tinha no meu rosto? Para onde ela estava olhando? - t-talvez você entenda assim... - suas mãos se aproximaram de meu rosto. Acariciou minha bochecha e em seguida direcionou meu queixo para baixo. Ela estava próxima demais. Senti que nossos rostos estavam prestes a se encontrar. Mas o que seria isso? Ela... E-ela vai me beijar? Minhas bochechas coram bruscamente. Meu coração está disparando como louco. Quando ví já estava encarando os lábios dela que em seguida se uniram aos meus. Seus olhos estavam cerrados, e os meus, perdidos e prestes a se render. Fechei-os e esperei aquele Celinho com sabor de morango acabar... Seria uma alucinação? Isso é real? Sim, é! Estou sentindo os lábios da minha princesa. Ela gosta de mim desse jeito. Era disso que ela estava falando afinal. Se declarou e eu, tapado, não entendi. Bom, pelo menos isso me rendeu esse momento. Mas o que vou fazer quando isso terminar? Eu não tenho nem palavras.

- E-eu... Estou i-indo... - disse quando se afastou. Colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha e já ia saindo. Segurei-a pelo pulso instintivamente.

- Não quer ouvir o que eu tenho à dizer? - Perguntei e ela negou com a cabeça. - Por quê?

- Eu sei o que você vai dizer, Adrian... E eu não estou pronta pra escutar ainda. - acabei deixando-a ir. Ela estava certa, eu precisava desse tempo para pensar.

Tentei te esquecer: MiraculousWhere stories live. Discover now